#23- bebezão

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Adrienne nunca foi acostumada a cuidar de crianças, mas pensava não ser tão difícil.

–Adriennee!!

Bom, com o curto momento que teve cuidando de seu namorado pode descobrir que estava enganada.

Marin conseguia ser um bebezão extremamente carente quando estava doente. Seria fofo se sua pasciência já não estivesse estourado a tempos.

Tendo que respirar fundo para controlar-se, a loira pegou o prato de sopa fumegante, equilibrando pelos degraus até chegar no quarto do rapaz, se deparando com o mestiço esparramado em sua cama.

– Sério Marin?

– princesa.– disse em ternura ao vê-la até que seus olhos pararam no prato que ela segurava. Entortou o nariz– isso é o mesmo que veneno.

– É só sopa. Ande, sente-se.

– Nunca é só sopa quando é feita pelo meu pai.– retrucou afundando a cara no colchão– Ele segue a receita da família.

– Ande logo, prometi a sua mãe que faria você terminar tudo antes que ela chegue da farmácia com seu pai.

Marin fechou os olhos, as pálpebras pesadas se virando para o lado.

– Não vai se safar fingindo que está dormindo.

Ele Resmungou e se escondeu dentre os lençóis e Adrienne começou a considerar se foi a trouxa da vez para cuidar do bebezão ali. Conserteza, Sabine e Tom usaram a farmácia como desculpa, e ela estava descobrindo o porquê disso.

– Marin, Vamos logo ande com isso, antes que eu tenha que faze-lo tomar essa sopa a força!

– Não brigue comigo no meu leito de morte, My lady.

Adrienne cruzou os braços ao deixar a sopa na cômoda, a veia em sua testa começava a aparecer. Era domingo, Marin havia adoecido na sexta após a chuva, e desde já, Adrienne já havia dado adeus a sua pasciência que já não era muita.

– Eu lhe disse para sairmos da chuva. Quem manda inssistir em recriar as cenas do "diário de uma paixão"?

– Denada. Sem mim, não teríamos realizado o seu sonho.

Outra coisa que a loira percebeu. Marin doente era o mesmo que não ter filtro. A dor e o corpo mole o incomodava a ponto de ficar agitado e falar tudo oque pensa. Ele fica irritado com facilidade e mais "sincero" por assim dizer. Mas também é extremamente e irritantemente fofo

– Desde quando você banca a fada madrinha?

–Enviei meu currículo pra lá quando te conheci– disse estendendo sua mão para fora da cama a chamando como uma criancinha pedindo o colo– Acho que fico muito bem com azas.

Adrienne revirou os olhos em meio a um sorriso ao retirar as cobertas do rosto emburrado e vermelho de seu namorado. Levou a mão até sua testa o vendo encolher os ombros com o contato, se surpreendendo com a temperatura.

– Você está queimado!

– E você congelando– disse voltando a se encolher devido a mão gelada. Mas não deixou de segurar a mão dela por debaixo das cobertas– Por que não vem e deita aqui?

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