O que aconteceu?!

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Raphael Veiga.
São Paulo, Brasil.

Milena correu até minha cachorra assim que entramos na minha casa.

- Belinha! Que saudades.- Ela disse a pegando no colo.- Seu pai ta cuidando bem de você?

- Ela ta sendo mais bem cuidada do que eu.- Falei e ela me olhou desconfiada.

- Vou soltar ela no seu jardim, depois eu caminho com ela.- Milena disse e eu me sentei no sofá.

Uma sensação ruim me atingiu, mas eu não me senti entranho. Os dias estavam sendo assim, eu fingia que estava tudo bem e desabava em casa sozinho.

- Cachorra solta com sucesso, agora temos que pensar em algo pra fazer.- Milena falou e eu tentei mudar meu rosto antes que ela visse.- Que cara é essa?

- Não é nada. Podemos ver um filme se você quiser.

Ela ficou me encarando provavelmente pensando se deveria insistir nisso ou deixar de lado como eu venho fazendo. Milena apenas soltou um suspiro e se sentou ao meu lado.

- Uma hora você vai ter que falar, Veiga.- Ela falou e eu senti meu corpo tenso.- Podemos ver um filme mesmo, pode ser de romance?

- Ta otimo.- Eu disse e ela agradeceu.

Milena sabia me ler melhor que eu havia imaginado, eu não quero preocupar ela com meus problemas mas ela esta certa, uma hora ou outra eu vou ter que me abrir.

Ela se deitou em mim praticamente e se aproveitou da minha boa vontade me usando como travesseiro.

O filme era legal e Milena cantava algumas músicas que apareciam.

- Voce pegaria uma coca pra mim no final de um jogo importante que estivessemos assistindo?- Ela perguntou e eu fiquei quieto.- Raphael!

- É dificil responder isso.- Falei rindo.- Se você estivesse precisando muito eu pegaria.

- Bom saber.- Ela falou e voltou a atenção pra televisão.

Eu um momento de distração eu alisei sua perna com a minha mãe e escutei ela rir baixinho.

- Você ta arrepiada, tem cócegas?- Perguntei e ela sorriu maliciosa.

- Estou definitivamente sentindo outras coisas.- Ela falou e me deu um beijo na bochecha.- O que acha de irmos la pra cima?

- Não posso.- Falei jogando a cabeça pra trás.- Meu médico disse que preciso evitar qualquer esforço com a perna.

- Que médico malvado.- Milena brincou.- Teremos mais chances, não vou sair daqui tao cedo.

- Obrigado.- Falei.- Espero não te dar trabalho.

- Não vai.- Ela disse e me beijou.- O que acha que eu fazer pastel de nata?

- Acho uma ideia incrível.- Fui sincero.- Mas só vou poder olhar.

- Tudo bem, você não daria conta.- Ela zombou e eu revirei os olhos.- Vou sair comprar os ingredientes, até daqui a pouco.

- Vai com o meu carro.- Falei e ela concordou.

Enquanto ela não voltava eu fiquei passando de canal, procurei filmes, mas o tédio não passava. Resolvi mexer no celular mas logo desliguei porque onde eu abria estava o video da minha lesão.

Tentei me levantar e andar um pouco mas uma dor insuportável me atingiu e eu soltei uma reclamação.

Quanto tempo isso vai durar? Não posso parar minha carreira, temos jogos importantes.

Bᥱιjᥲ Fᥣ᥆r; Rᥲρhᥲᥱᥣ VᥱιgᥲWhere stories live. Discover now