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A cada dia que passa mais odeio esse lugar.
estou sentada em meu lugar favorito daqui, não que ele seja bom, mas é escuro e ninguém vem aqui da para tentar colocar a cabeça no lugar, mas só tentar, nessa confusão é quase impossivel ainda mais quando você sabe que a policia esta ao redor do bairro.

Deito, fecho os olho e depois abro olhando diretamente pra constelação de Orion, se eu estivesse em uma nave indo pro espaço tudo seria mais facil, mas infelizmente não é possível.

Mentalizo pela milionésima vez o do porque estou, ou melhor, estamos em perigo.
A um pouco mais de um século atrás a terra teve uma guerra nuclear, oque afetou os genes das pessoas que participaram dela e as que estavam perto, ou seja, uns 70% da população, na epoca isso deu reações esquisitas nas pessoas as hoje em dia apesar de os descendentes terem esses genes eles não apresentam nenhuma ameaça, mas nem tudo são flores, o governo ordenou o exterminio de todos os incorretos (como as pessoas com essa mutação genetica são chamadas).

Meu nome é Halley Altair Parker, eu sou incorreta, e como todos os incorretos eu tenho uma pequena marca de nascença na testa oque mostra que somos incorretos, basta a policia vê-la que disparam o gatilho.
Eu odeio viver aqui.
Ouço um farfalhar nas folhas e pulo de susto pensando que pode ser alguém, mas logo consigo ver que só são minhas amigas.

- Viu sabia que ela estava aqui. - diz Rachel.

- Verdade. - Diz Ally segurando uma lanterna.

Levei um susto mas foi bom, pelo menos me deixou eletrica, as ainda assim poderia dar um soco nelas pelo susto.

Não sei como minha irmã não veio junto.

- Que susto, oque estão fazendo aqui? Deveriam estar em casa não ouviram que a policia está na cidade?

- Batemos na sua porta mas voce não estava la então achamos que você deveria estar aqui. - murmura Ally.

- Rachel! Você nao escondeu a marca!

Ficou maluca? Bote agora o cabelo em cima, quer termina como a Mayle? - Rosno de preocupação, se a policia ver que somos incorretas vão nos matar, e mesmo que ela não esteja aqui agora é arriscado.
Normalmente não fico tensa assim, mas hoje é um caso a parte por causa de a polícia estar ao redor.

- Pelo menos eu não sou uma cobra. - Diz Rachel na defensiva.

- Ela tem razão - Diz Ally apontando pra Rachel, ela tem um ponto.
- Vocês entenderam, vamos pra casa.

Ao chegar em casa a primeira coisa que faço é esconder a marca de Rachel, Aqui todo cuidado é pouco.

Apesar de nós arriscarmos muito, porquê somos totalmente inquietas e não conseguimos ficar paradas.

Sento e ligo a TV para ver as noticias e vejo caos, a maior parte das reportagens mostra a policia atrás dos incorretos, não que isso seja novidade, só passa isso na TV o dia inteiro.

- Halley desliga isso, oque deu em você hoje? Você está mais paranoica que o normal. - Diz Ally, oque eu deveria responder? Nem eu mesma sei.

- Eu não faço ideia, deve ser por causa da batida que teve ontem. Não podemos fazer outra coisa pra distrair? Quem quer fazer uma pipoca e ai a gente assiste um filme e finge que vive em um lugar normal?

E aí a gente lembra que nosso gênero de filme favorito é ficção e distopia, então é meio irônico.

- Jogos vorazes pela milésima vez? tô dentro. - Diz Ally

- Eu apoio, descobri um metodo louco de fazer pipoca quem quer ver? - Diz Rachel, Automaticamente meu medo aumenta, e dessa vez não é da policia.

- Lá vem... - sussurra Ally no meu ouvido.
- Vamos, Halley pegue o secador de cabelo.

Ao chegar na cozinha ela pega papel aluminio e coloca milho de pipoca dentro junto com manteiga, segundo ela se deixar o secador de cabelo no nivel mais quente por um tempo no milho ele vai estourar.

- Rachel ja passaram 3 minutos e a pipoca não estourou. - Murmura Ally.

- Calma está tudo sobre controle... Ai minha mão. - Tinha que ser Rachel.

- Se queimou de novo? - Digo.

- Sim... - Tipico de Rachel.

Se passam mais 5 minutos e Ally grita:
- O papel aluminio ta derretendo no milho! pelo menos alguma vez na vida?

Tinha que ser, em qual dia nós 3 não fizemos burrada? Tentamos abrir o papel aluminio mais ele fica todo grudado no milho...

- Tudo sobre controle não é Rachel? Vamos fazer pipoca do jeito convencional.

E ai a gente finalmente vê o filme e mando elas irem pra casa com cautela, Deito pra dormir e vejo que minha irmã ja está dormindo, Dou um beijinho na testa dela e vou dormir.

Acordo de madrugada assustada com o barulho da rua, olho pela janela e vejo uma correria, e escuto barulho de tiros. droga, penso, uma batida, _de novo? Dois dias seguidos Penso.

Levanto em um pulo e acordo Krystal com pressa.

- O que foi Halley? devem ser 3 da manhã ainda! - Diz minha irmã.

- Sem tempo pra enrolação, Dia de batida levanta rapido esconde a marca, e fale baixo.

Pego rapidamente a base e cubro a marca da Krystal, e a minha, saio pela porta dos fundos correndo para a pedra (Sim, o lugar que eu estava no inicio).

Realmente espero que ally e Rachel estejam se escondendo também.

Vejo policiais de longe e vou andando em meio as árvores segurando a mão de Krystal tentando fazer o maximo de silencio possivel, vejo um incorreto levar um tiro e caindo no chão morto e automaticamente gelo de medo, entro no caminho e chego a pedra.

- Krystal está bem?

- Sim, só com sono e saudade da minha cama, ela é cama uma bem quentinha, aqui está frio de mais.

- Haha se fosse você dormiria aqui mesmo, me pergunto pra onde Rachel e Ally foram, tem alguma noção? A cidade não tem lugares muito seguros.

- Não sei, quanto tempo acha que vamos ficar aqui? Queria que as batidas fossem só batidas normais e não um massacre na rua e gente morrendo.

- Eu também, mas infelizmente a gente não tem tudo o que quer, não pensa muito nisso, finje que tá fazendo um clipe de música aí se distrai e tenta dormir um pouco.

- Tá bom, boa noite mana. - Diz Krystal.
Eu fico mais um tempo acordada vendo as estrelas e pensando um pouco,logo durmo também.

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