5- Porão

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Mesmo que a masmorra tenha chegado à noite, as pessoas ainda estavam preocupadas, não era a primeira vez delas lá porque era a minha, pareciam muito mais assustadas do que eu.
Eu honestamente não entende o que aconteceu, dos dois lados.
Eu por confiar no palhaço e ele ser tão querido de repente e do nada ainda psicótico. (Acho que errei desde o início, mas o roteiro precisa continuar.)

O lugar não era muito confortável para dizer o mínimo, também havia pedaços de cadáveres, sangue, sujeira por toda parte, e a noite toda eu não preguei o olho e as pessoas também não, todo mundo estava muito quieto mas me perguntaram por que eu fui lá e eu respondi baixinho para que o Buggy não ouvisse.

" A tripulação me acusou de ser uma aberração, ladrona... e também de... dormir com 'ele'"

" ... "

" Eu sei, é estúpido, eu só..."

" ...eles te chamaram de aberração?"

" Sim, eu me defendi, acho que errei"

" ... por Deus. Diga-me que você não os chamou de aberração na frente dele?"

" ..."

" Você realmente tem muita sorte de estar viva e inteira depois disso, é melhor ficar longe."

Nossa, agora eles também... me excluíram, eu até tentei ajudá-los, fiquei sozinha de novo...
Dois dias se passaram e eu estava isolada, ainda sem comer e dormir, mas não me sentia completamente sozinha. E uma noite o Buggy entrou, me viu e me tirou de lá, ele me disse que eu tinha prometido uma coisa a ele e não sei o que...

" Abra as malditas portas! agora!"

As pessoas apenas assistiram com medo, pensando que seriam os próximos a morrer, prontos para orar e parar de sofrer. Mas assim que o palhaço entrou, ele caminhou em minha direção, parecia muito bravo naquele momento, eu estava muito descuidada e sem forças, ele agarrou meu braço com força e me tirou de lá.

" Você!... você me deve uma coisa, prometeu uma coisa e vai cumprir..." Ele havia colocado novamente sua voz viril, aquela voz que quando você ouvia você amava e assustava ao mesmo tempo.

" ..."

As pessoas também rastejaram para sair, implorando para serem libertadas, jogadas no mar para escapar e fingindo que isso nunca aconteceu, mas o palhaço não deixou nenhum sair, ignorou todos. E na última coisa ele sussurrou algo como 'ela tem algo que eu quero'.
Ele me levou para um lugar isolado, tirou algo atrás de mim, nas minhas costas, era literalmente uma parte dele, nesses 3 dias estive acompanhada da mão dele, ele me disse que não poderia fazer nada sem ela e que supostamente nunca a havia devolvido e que só devolveu o braço. Além disso, ele disse que ia tentar me 'consertar', quando disse que eu juro que estava morrendo de medo, algo clicou na minha cabeça, as pessoas que me disseram como era possível que ainda estivesse completa, aquele que é psicopata, os mortos, os pedaços de corpos, e ele me dizendo que ia me consertar... Antes que eu percebesse, depois que ele me disse essas palavras, eles agarraram minha mão novamente e me levaram para a cozinha, onde não havia mais ninguém... apenas algumas facas enormes, muito afiadas e super manchadas de... sangue.

Circus ( Buggy × Leitora)Where stories live. Discover now