Meu odioso vazio,
Não tão vazio, não tão silenciosoEu te chamo de vazio, mas você é algo mais, um tipo de cancro apodrecido crescendo dentro de mim
Às vezes a alquimia consegue te vencer
Mas o Vazio sempre volta.
Não há nada de bom a crescer em mim,
Minhas flores estão podres e meus galhos não florecem como eu queroAmaldiçoado vazio,
O que são corações partidos, decepções, frustrações em comparação a você?Você é tão barulhento, eu te odeio tanto, tanto, tanto, tanto...
Eu me odeio tanto.
Você me faz eu me odiar,
Enquanto eu deveria ser meu melhor amor.Você é vazio, limbo, câncer, doença, monstro, perseguidor, sanguessuga.
Eu não quero morrer por dentro,
Mas você tem me assassinado todos os dias um pouco.Meus míseros sonhos parecem definhar
Você os tira de mimEssa infecção nunca vai sarar, não é?
Você sempre vai lutar para me destruir, e com que forças eu lutarei de volta?
Você é um monstro sussurrante invisível sempre agarrado ao meu pescoço
Eu já estive em poços mais fundos, e o medo de voltar pra eles parece ás vezes menor que o medo de me perder dentro de você.
BINABASA MO ANG
DESPEDAÇOS
Non-FictionMonólogos, poemas, poesias e semelhantes carregados de melancolia e às vezes uma pitada de esperança. Conjunto de poesias, monólogos, one-shots e/ou contos.