Convivência

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NOTAS DO AUTOR:

~*Yo, Minna!

Mais uma loucura da minha cabeça!

Espero que gostem =)

Boa leitura!*~

Obs.¹: Todos os capítulos possuem exatamente 1.000 palavras e serão apenas 12 capítulos que serão postados.

Obs.²: Não esqueci das KakaSaku e da ItaSaku, logo logo será a vez delas.

Obs.³: Apenas a edição dos banners dos capítulos e da capa são minha. Os créditos das artes são dos fanartistas. Não sei quem são todos, mas algumas fanarts pertencem a Bloom.

Obs.⁴: As frases do banner que estão em japonês com a tradução embaixo são da música Synchronicity – anime Tsubasa Chronicle – e serviu de inspiração para essa fanfic inteira, tanto que cada capítulo possui um trecho diferente e condizente com o capítulo.

[...]

CAPÍTULO 1

CONVIVÊNCIA

— Naruto! Estou avisando: contrarie a enfermeira mais uma vez e juro que vou garantir que não consiga mais abrir essa boca!

Sakura vociferou, lhe dando o típico cascudo que o fazia lamentar tirá-la do sério, mas o que poderia fazer? A enfermeira queria banhá-lo! Uma mulher queria banhá-lo! Como poderia concordar com uma coisa dessas?!

— Desculpe, Sakura-chan! Mas-...

— Não quero saber de desculpas! Ela só está fazendo o trabalho dela, idiota! — a Médica-Nin esbravejou e respirou fundo em seguida, numa tentativa de controlar a raiva — É tão difícil para você colaborar uma única vez na vida?

O tom cansado sinalizou de que ela estava no limite e ele se perguntou se o cansaço era só culpa dele; há poucos minutos, viu quando ela passou por sua porta com a cabeça baixa e os olhos lacrimados, antes de ela ouvir os berros dele e da enfermeira que cuidava dele.

Algo não estava certo, disso ele tinha certeza, por mais que ela tentasse esconder.

— Está tudo bem, Sakura-chan? Você não parece-... — a voz preocupada não conseguiu continuar a frase, principalmente quando ela levantou as belas esmeraldas e o encarou com tanta surpresa.

Só engoliu a seco e num tique nervoso começou a piscar, desviando o olhar do dela conforme coçava a cabeça numa tentativa de acalmar-se.

— Estou bem.

Ouviu-a responder e o tom cansado o fez olhá-la novamente.

Ela estava mentindo, como mentia quando queria se esquivar de qualquer situação que mostrasse o quão vulnerável estava, mas, como sempre, ele também mentiu, assentindo e sorrindo para demonstrar que acreditava.

Era só o que podia fazer, porque ela parecia cada vez mais inalcançável.

— Soube que a velhota está trabalhando junto com você numa prótese para o meu braço... está tudo certo? — perguntou, tentando dispersar o clima pesado e a áurea depressiva dela.

Por sorte funcionou. O rosto dela iluminou e um pequeno sorriso alegre surgiu nos lábios rosados e, para seu azar, convidativos.

— Sim! Acredito que dentro de dois meses conseguiremos transplantá-los em vocês-...

A frase foi bruscamente interrompida por ela mesma e então soube qual era o problema: "vocês", que envolvia Sasuke e ele. E se ela estava ali, conversando com ele, então o problema era o outro. Observou-a desviar o olhar, desconcertada, e mirá-lo no chão, pensativa.

Ele estava prestes a dizer alguma idiotice para animá-la quando ela mesma espantou a tristeza e levantou a cabeça, forçando um sorriso que fechava os olhos, de tão exagerado; falso.

— Você ficará novinho em folha depois disso.

O silêncio pairou. Era tão raro que o assustava e, pela expressão dela, o sorriso forçado desfazendo-se, assustava-a também.

A troca de olhares permaneceu por algum tempo e ele se viu encurralado pela preocupação. Só se perguntava o que Sasuke havia feito para deixá-la naquele estado. Por pior que fosse, era fato: Uchiha Sasuke não fazia bem à Sakura, muito pelo contrário. Sempre a magoava, intencionalmente ou não. Bastava estar presente no lugar, no coração ou nos lábios dela, para que a alegria radiante e contagiante desaparecesse, dando espaço a sentimentos que ele sabia que a machucavam.

— Sakura-chan-...

Começou, mas ela se afobou em fugir das perguntas que ele estava prestes a fazer para descobrir o que o melhor amigo e também o maior responsável de sua raiva fez.

— Preciso ir. Tenho uma reunião daqui a pouco. Por favor, cuide-se, sim? E não dê trabalho as enfermeiras, elas só estão fazendo o trabalho delas. — disse apressada, já acenando e avançando passos até a porta.

— Espere. — pediu e ela cessou os passos antes de sair do quarto em que estava. Engoliu a seco e hesitou diante da aceleração repentina do coração ao ter a atenção dela voltada exclusivamente para si — Você-... você vai voltar?

Ela pareceu pensar, mas não demorou a lhe presentear com outro pequeno, mas significativo sorriso.

— Sim. — Sakura respondeu, olhando-o nos olhos como poucas vezes olhou; havia uma amistosa intimidade, talvez nostálgica, e então ele soube, ela realmente voltaria.

— Certo... então-... então ficarei esperando, Sakura-chan. Até mais! — ele disse, desconcertado.

Sakura o desarmava, tirava dele apenas o melhor do que ele tinha, desde de sempre.

Ela ainda lhe ofereceu um sorriso um pouco mais extenso do que o anterior e acenou delicadamente, levemente rubra.

Tão adorável... que doía.

— Até mais...

Ele a observou deixar o quarto e sentiu os próprios lábios esboçarem um sorriso quando o choque por vê-la tão calma e aberta passou.

E ela realmente voltou. Diariamente, às vezes um pouco mais tarde do horário habitual, ou até um pouco mais cedo, mas ela sempre o visitava. Levava-lhe obentō que ela mesma preparava ou frutas quando não conseguia tempo para fazê-lo, no intuito de tirar-lhe o vício no Lámen do Ichiraku. Ah, quando ela descobriu que ele subornava as enfermeiras para que lhe comprassem e levassem clandestinamente Lámen, foi o fim de um paraíso, mas também a construção de outro. Até mesmo o Lámen do Ichiraku poderia ser superado pelo obentō que Sakura fazia especialmente para ele... e que, às vezes, quando ela estava com tempo, até lhe servia, com direito a sorrisos tímidos, mas tocantes cada vez que ele abria a boca para receber a refeição na boca.

Atentamente ele observava que, a cada dia que passava, conseguia fazer Sakura ficar por mais tempo. Claro que ele puxava assunto ou até mesmo inventava alguma dor para que ela tivesse que investigar através de exames e ficasse, mas já era alguma coisa. No fim, qualquer coisa valia a pena para vê-la sorrir.

Sasuke não parecia mais um problema, ao menos ela não parecia mais triste como havia ficado àquela vez, e ele, inevitavelmente, se perguntou se era porque ela não o via mais. Contudo, não perguntou. Trazer à tona coisas que a faziam lembrar do seu concorrente não era uma burrada que estava disposto a fazer.

— Estou olhando aqui... os resultados dos seus últimos exames mostram uma recuperação muito boa. Vou pedir mais alguns, para termos certeza, mas acredito que amanhã mesmo receberá alta.

— Alta? — perguntou, aturdido.

De repente odiou sua boa saúde.

[...]

NOTAS FINAIS:

Gostaram?

É só o começo, hein!

Comentem se puderem, estou em território desconhecido, preciso saber se estou acertando.

Até a próxima!*~

DakishimeruWhere stories live. Discover now