𝟏𝟔 | 𝐓𝐈𝐍𝐈, 𝐓𝐈𝐍𝐈

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— Ah, Joaco — forço um drama. — És complicado.

— Viene aqui — ele me chama, sentando-se na beirada da cama, vestindo uma peça de roupa qualquer que cubra sua virilha, e colocando as pernas pra fora.

Obedeço sem nem questionar ficando no meio de suas pernas enquanto sua mão se acomoda perfeitamente em minha coxa descoberta, mantendo uma carícia necessária enquanto me encara e tenta a todo custo me decifrar.

Ele quer saber o que há de errado comigo. Eu quero tentar esquecer o que há de errado transando. E acabou. Não quero conversar sobre isso.

— Ahora, háblame a mí, rubia. — Seu olhar é intenso demais para que eu possa resistir. — Dime lo que pasó para que te escapes de la cama tan rápido.

Seguro o rosto de Joaco e o analiso, não da forma como costumo fazer que é quando estamos transando e eu o acho gato e gostoso pra caralho. Sempre me orgulho de ter um homem como ele me fodendo. Contudo, não o enxergo assim nesse momento.

Eu o enxergo diferente. Porra, ele tem um rosto lindo, os olhos que hipnotizam qualquer uma, incluindo eu. Mas, por baixo de todo esse charme e bobice há um homem preocupado. Há um coração sensível e alguém disposto a encontrar o amor verdadeiro. Alguém o que o ame por inteiro. Que enxergue seus defeitos e queira ficar. Que perceba que ele é incrível mesmo tendo suas próprias questões.

E eu me pergunto, será que eu sou essa pessoa?

Porque eu vivo no meu próprio caos interno. Tenho questões muito complicadas que nem eu estou disposta a resolvê-las e que nada inclui Joaco.

Será que mesmo assim ele é meu destino? Por isso que ainda estamos, mesmo depois de anos, relacionados um ao outro? Por que se ele for o meu destino, o que me faz estar presa a outra pessoa também? Por que eu vivo nesse conflito de emoções?

Ignoro o pensamento. Não vale a pena alimentar uma paranoia sem sentido.

Respiro fundo mais uma vez antes de desabafar com meu melhor amigo as merdas que ando fazendo:

— Okay. Pero tienes que prometerme que no me julgarás.

— Ah, no! — ele protesta, em indignação, abaixando a cabeça e encostando a testa sobre minha barriga. — No puedo creer que transarte con Veiga otra vez.

— Nooo... — nego de imediato, erguendo sua cabeça para que possa me olhar nos olhos. E é aí que eu erro pois não vou conseguir mentir olhando em seus lindos olhos que estão mais esverdeados que o comum hoje. — Bueno, no foi exactamente un...

— Isabella — ele agarra minha cintura com as duas mãos e me aperta. — Diga-me que estabas bêbada otra vez. Diga-me!

— É... no estaba...

— Mierda, Isabella! — Ele fica nervoso. Fica tão puto que seu rosto muda de cor. — Carajo, no puedo creer que tenha sido tan estúpida de novo e sem desculpa esta vez, já que no estaba sob la influencia del alcohol.

— Joaquin, eu não transei com o Veiga! — Minha vez de ficar nervosa, falando português mesmo. Minha capacidade de juntar os dois idiomas na hora da raiva é muito maior do que qualquer coisa. — Porra. Não rolou sexo, se é essa a sua indignação. A gente só... só se beijou porque... porra, não tem motivo pra beijar outra pessoa a não ser...

— Tesão. — Ele responde por mim, bufando. — É, eu sei.

— Então... — Seguro seus ombros e tento manter a voz calma, mesmo que a situação já esteja descontrolada o suficiente. — Vai ficar com ciúmes mesmo? Você que quis saber o motivo de eu estar estranha.

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