fim de tarde

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"A saudade invade
Chama por você
Mais que uma vontade
Chega a ser loucura"

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Ricardo estava deitado no sofá de sua casa olhando para o nada. Seus pensamentos só o levavam para o mesmo lugar, Sandro. Essa era a resposta para todos os seus pensamentos do momento.
Até alguns dias atrás o paulista queria mata-lo e agora o leva pra casa, e o pior, ele aceitou como uma garotinha apaixonada. Sem nem exitar, é como se ele esperasse esse momento a vida inteira, o garoto que ele provocava sem querer (ou querendo), o levando para casa.

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"Normalmente os príncipes não são levados para casa pelas princesas"

"Príncipes não moram em casas Ricardo, e muito menos no Brasil"

"Mas as princesas pelo visto sim"

Ricardo da um sorriso provocativo

"Sem noção"

"Você que me faz perder a noção"

"O que você tem hoje?"

"Eu que te pergunto. Você se ofereceu pra me levar pra casa e eu que tô estranho?"

"Eu tô' sendo educado! Você me levou pra festa e pra casa aquele dia da praça... Eu queria retribuir o favor"

" Nada de retribuir o favor boneca, eu faço com gosto"

"Não sei como consegue"

O loiro olha com dúvida para o paulista, que vira o rosto para o lado constrangido

"É que sei lá... as vezes eu sou meio bruto contigo' "

"Me acostumei já"

"Você tá me tratando melhor esses dias. Cê', já tentou explicar mas eu ainda não entendi, por que quer se aproximar de mim? Tão do nada. Até alguns dias atrás eu queria te meter um soco e agora vou pra praia com você, não tá' fazendo sentido nenhum"

"Acho que eu tô ficando louco..."

O carioca ri mas continua

"Nem eu tô' entendendo direito pra falar a real. Eu tinha começado a me sentir mal por te deixar com raiva,aí quis te mostrar que eu sou legal. Agora eu nem tô sabendo mais. Cê' me confunde um pouco. É tipo uma caixinha de surpresas, quanto mais eu vasculho mas coisas eu encontro. Eu só tô' querendo vasculhar mais porque gostei dessa caixinha..."

O paulista olha para Ricardo por um tempo, suas bochechas estavam levemente vermelhas. Ele não conseguia responder, não vinham palavras, só a vontade de ficar olhando para o carioca andando ao seu lado.

" Obrigado... você é legal Ricardo. Eu sei que é mais que um saco de pancada"

"Posso te abraçar?"

"Nem pensar"

O caminho continua tranquilo. Dessa vez sem muita conversa e nenhuma briga, eles só aproveitaram a presença um do outro. Ambos estavam confusos em relação a tudo

Ricardo para na frente de uma casa no fim de uma rua na qual tinha guiado Sandro para chegar.

"É aqui meu cafofo"

"Não é tão ruim"

"Quer entrar?"

"Deixa pra próxima, tá' um pouco tarde"

Chega De Marra!Where stories live. Discover now