Rivalidade

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Bárbara se remoía de ódio por dentro, suas atitudes não haviam sido as melhores e com certeza haviam decepcionados muito; de fato isso não era a estréia de que ela esperava.

Fazia alguns dias desde da estreia e ela lidava com o peso de suas ações, como agora que via Bartô adentrar a academia e vir atrás dela.

Engoliu em seco o medo que sentia da reação do mais velho que se aproximava com rapidez em seu olhar a fazia com que se sentisse pequena novamente, como se fosse uma criança que tivesse feito alguma besteira, o que não deixava de ser verdade.

— Podemos conversar, Mi hija? — Perguntou ele com rigidez.

— Claro — Respondeu a menina com medo e se sentou no tatame do chão, olhando para o mesmo e evitando o olhar do mais velho. — Sei que está decepcionado comigo, eu realmente sinto muito por isso.

O mais velho sentou-se ao lado dela, mas logo se arrependeu ao pensar na dificuldade que seria levantar, já que bom ele não era mais um jovem e sim um senhor cujo a velhice lentamente vinha atrás dele.

— Eu não estou decepcionado com você por conta de ter batido em meu filho ou por ter estragado a sua estreia — Naquele instante a mulher se questionou qual seria o motivo, já que não via motivos para sua decepção a não ser aqueles — Me decepciona que atacaras a la chica cuando sólo estaba allí para ayudarte. Te dio la mano para que te levantaras y aun así la tiraste al suelo.

Eu estou decepcionado porque você atacou a menina quando ela somente estava ali para lhe ajudar. Ela lhe deu a mão para você se levantar e no entanto você a jogou no chão.

O senhor disse ao olhá-la e tudo que a menina fez foi escutar calada a bronca que logo iniciava e demoraria a ser cessada. Bartô respirou profundamente enquanto continuava a dar a bronca, odiava dar broncas em seus filhos.

— Sabe que tem que arrumar isso, certo? Ela te estendeu a mão, Mi hija. 

— E em troca eu a dei um tapa em sua face — A menina de cabelos dourados disse enquanto sentia a culpa iniciar em seu peito.

O senhor buscava lhe mostrar as consequências de seus atos e de uma forma que lhe mostrasse aprendizado para que a mesma não cometesse os mesmos erros novamente.

No final desta conversa, viria de Bárbara se cometeria o mesmo erro ou se tiraria uma moral daquela história.

— Precisa ser rápida e pensar no que irá fazer, aliás não demorará muito para que que a imprensa queira vocês duas lutando uma contra outra. — Disse enquanto levava as mãos aos cabelos dourados da filha — a questão é que vai de você escolher lutar ou juntar contra ela, Pero independientemente de tu decisión, pedirás perdón a la mujer, ¿me oyes?

Mas independente de sua decisão, você irá pedir o perdão da mulher, ouviu? 

Bárbara engoliu em seco enquanto seu ego diminuía após a bronca, ela costumava a pensar com cautela e tomar atitudes que se adequam a situação, no entanto quando se tratava de Amélie, Bárbara não conseguia pensar em nenhuma resposta que não envolvesse uma luta contra ela.

Suspirou profundamente enquanto passava as mãos pelos cabelos dourados e concordava com o senhor.

— Claro, eu irei fazer isso. Si así consigo tu perdón, entonces lo haré.

Se assim eu obterei o seu perdão, então eu farei.

— Recuerda, no me debes el perdón a mí ni a Amélie, te lo debes a ti mismo; no puedes reparar un recipiente vacío cuando ya está hecho pedazos.

 Lembre-se, não me deve o perdão ou o perdão de Amélie e sim de si mesmo, não dá para consertar um vaso vazio quando ele já está em pedaços.

As palavras se concentraram na mente da mulher mais nova que assentiu com cautela, o senhor se levantou e a ajudou a se levantar.

Los Hermanos Castello - MilovierOnde histórias criam vida. Descubra agora