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Fomos para a mansão, não conseguia esconder meu sorriso em meus lábios. Caramba, é difícil de acreditar que depois de tantas tentativas conseguimos pegar o Abelardo. Assim como todos os outros garotos, Mário gostava de correr, praticamente voar. Como dizia minha mãe, ele tem o pé pesado. Mesmo assim demorou um pouco pra chegar á mansão do Paulo, a antiga mansão do Abelardo ficava do outro lado da cidade. Sim, antiga. Porque agora só resta os destroços, assim como ele deixou a minha.

- O que vamos fazer quando chegar na mansão? – Mário perguntou parando, o sinal tinha ficado vermelho. Ele não é idiota como o Paulo que passa todos os sinais.

- Não sei vocês, mas eu vou dormir. Não dormi quase nada. – disse me afundando ainda mais no banco. Se demorasse mais, dormiria ali.

- Não dormiu por quê? E além do mais, você apareceu com a camisa do Paulo hoje mais cedo, alguma coisa aí tem. – riu malicioso.

- Não tem nada, Mário. – rimos.

Quem ainda não sabia que eu estava que, digamos, tendo um "caso" básico com o Paulo?

- Se você diz. – deu de ombros. – Estamos chegando. – ele disse depois de um tempo.

Dei graças a Deus por estarmos perto. Logo já avistávamos a enorme mansão do Guerra, os garotos e os carros dos capangas já estavam lá na frente, agora passavam pelos portões, alguns capangas ficaram fora, em seguida entramos também. Mário estacionou perto do carro dos garotos e vi uns capangas arrastarem Abelardo para o galpão. Depois cuidamos dele, agora só preciso dormir. Saí do carro sentindo minha bunda doer, ficar na mesma posição não é legal. Entrei junto com o Mário e os restos dos garotos estavam numa alegria só na sala, Mário se juntou a eles. Fui para a cozinha, tomei água e caminhei em direção à escada bocejando.

- Ei garota, volta aqui! Vamos comemorar! – disse Jaime me chamando.

- Vou comemorar dormindo, isso sim! Falow. – respondi e subi as escadas.

Cheguei a meu quarto, e realmente esperei que Pietro já estivesse acordado, pois já se passava das 8 horas da manhã, mas fiquei surpresa em ainda vê-lo dormindo na cama, todo esparramado, o dono do pedaço. Não nega de quem é filho. Ri fraco, guardei minha arma em uma das gavetas e fui tomar um rápido banho. Coloquei um shortinho, e uma regata, fui até a cama e coloquei Pietro mais para o lado e me deitei, encarei meu bebê e dei um beijo em sua testa. Fechei os olhos esperando o sono me pegar totalmente.

- Mamãe... – ouvi Pietro me chamar baixinho, ué, ele não estava dormindo? Abri os olhos e o encarei.

- Oi, meu amor. – o puxei pra perto de mim, encostando sua cabeça em seus seios.

- Tá com soninho, mamãe?

- Sim, eu estou. – ri fraco.

- Eu naum to, quelo assistir desenho. Dexa?

- Claro, mas eu vou dormir, certo? – ele concordou com a cabeça.

Liguei a TV e coloquei no seu canal preferido de desenhos. Era desenho o dia todo. Fiquei acariciando os cabelos do Pietro, e quem acabou dormindo foi eu. Acordei com Pietro me chamando, ele estava com fome, e já era quase meio dia, sem falar que ele não havia tomado café, que ótima mãe eu sou. Dei um banho nele, e depois tomei o meu, e nem sinal da abençoada da Valéria. Desci com o Pietro em meus braços enquanto ele brincava com meus cabelos úmidos, já da escada podia-se sentir o cheirinho da comida da Rose.

- Pensei que não estivesse mais viva, desde ontem que não te vejo. – Valéria dramatizou ao aparecermos na sala.

- Eu estava dormindo. – me defendi. – Vamos comer? – todos concordaram com a cabeça e fomos para a cozinha, onde nos deliciamos da comida de Rose.

Dangerous Life - Paulicia Where stories live. Discover now