Kim Jongin é o príncipe rebelde da segunda família mais importante do país e próximo na linha de sucessão ao trono, mas odeia tudo que a realeza representa. Sua lista de transgressões é extensa: vomitar em banheiros públicos, orgias em quartos de ho...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Para o deleite de Jongin, as aulas matinais maçantes de Latim e Relações Internacionais foram canceladas. Seria impossível sobreviver a duas horas de teorias enfadonhas depois da noite terrível que teve ontem.
Jongin não se lembra dos detalhes de como a noite terminou, mas tem a recordação nítida de brigar com Kyungsoo na piscina, cambalear no escuro e esvaziar sozinho o que restou da garrafa de vinho à beira do Canal.
Não bebeu o suficiente para estar de ressaca.
Então, por que sente tanta dor de cabeça?
A Sra. Kang o aguarda nos portões de entrada. Ao passar por ela, a mulher apoia seus dedos longos e pálidos em seu traje de luto, expressando um pesar genuíno.
— Seu motorista está aqui para buscá-lo, Sr. Kim.
É verdade. Um grande automóvel preto e lustroso o espera estacionado na calçada.
Ele puxa a maçaneta prateada sem pensar duas vezes, esperando ser recebido pelos olhos de Rahim encarando-o pelo retrovisor interno. Para sua surpresa, ele não está sozinho no banco de trás.
— O que ele está fazendo aqui?
Ao seu lado, escorado na outra janela, Junmyeon bufa. Seu primo nem se dá ao trabalho de olhar para ele.
— É o protocolo. A Segunda Família só pode enviar oficialmente dois carros — responde, com aquele tom de soberba tão próprio dele. — Nossos pais foram juntos no outro.
Jongin revira os olhos e observa o reflexo de Rahim pelo retrovisor. As horas extras de sono lhe fizeram bem.
Seus cabelos estão mais compridos e os cachos começando a alcançar a testa. A pele marrom-clara parece mais brilhante e saudável. A barba também cresceu, dando-lhe um aspecto mais másculo e charmoso. Ele parece mais velho.
— Senti sua falta, Rahim — diz Jongin, escorregando no banco de couro. — Sentiu minha falta?
— Claro, Sua Alteza Real — responde ele, fria e educadamente. Seu sorriso soa falso.
Não, ele não sentiu.
Rahim deve estar apreciando a conveniência de não precisar perseguir jovens príncipes em boates, negociar com paparazzi ou limpar vômito do banco traseiro nas primeiras horas da madrugada.
Jongin ainda pode providenciar a última parte.
O movimento do carro o está deixando enjoado.
Rahim não é seu amigo, ele diz a si mesmo. É apenas seu guarda-costas. E Jongin, afinal, é o príncipe da Segunda Família. Por que ainda espera que as pessoas sejam honestas com ele?
No mundo em que vive, poucas pessoas falam o que realmente pensam.
Rahim faz uma careta ao espiar pelo retrovisor. Estão sendo seguidos por carros de repórteres e paparazzi motorizados. Por sorte, seu guarda-costas foi treinado em direção evasiva. Ele os despista com certa facilidade e estaciona perto dos grandes portões abertos da Igreja Católica de Gyeonggi.