Capítulo 04

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A casa na Rua Cornélia era tudo o que Diana sonhou, e um pouco mais, na opinião da garota. A rua era tranquila que nem parecia ter vizinhos, ou então, nem parecia que estava próximo ao tumulto costumeiro de Nova York.

E embora fosse o que Diana esperava, ainda sim, parecia que tinha algo faltando ali.

E foi somente um nome tomar conta de sua mente, que a campainha do local soou tão alta devido ao silêncio da casa que fez com que ela se assustasse.

— Já vai! — gritou, correndo até a entrada e ao abrir a porta, o sorriso que carregava nos lábios sumiram ao ver que se tratava do entregador da Amazon — Ah, oi.

— Entrega para Diana Park?

— Aqui mesmo — ela assinou o papel que estava na prancheta e pegou a caixa com o homem, agradecendo com um leve sorriso. Abrindo a caixa, deparou-se com o pedido de livros que tinha comprado logo quando chegou no novo endereço e sorriu com tudo de acordo com o que desejava.

O que era um bom sinal, poderia iniciar uma boa leitura enquanto tomava uma garrafa de vinho e relaxava na banheira que o imenso banheiro proporciona, além da jacuzzi que lhe atraia cada vez mais para uma ocasião especial.

A garota olhou para o armário e notou que seu vinho estava pouco para o que tinha em mente, e suspirou descontente ao saber que teria que ir atrás de uma outra garrafa naquela hora da tarde.

Arrumando-se do modo mais discreto possível, e com uma máscara para que ninguém a reconhecesse, Diana pegou sua bolsa e as chaves da casa, pronta para que pudesse sair atrás da sua garrafa de vinho.

E então ela paralisou.

E piscou chocada com quem via na sua frente.

— Oi — disse Tom, sorrindo com as covinhas que ela queria mergulhar e ao mesmo tempo socar a cara dele porque o deixava ainda mais irresistível — Tudo bem, Di?

— Você veio — ela disse, baixinho, tentando saber se aquele que estava na sua frente era de carne e osso, ao invés de um devaneio da sua mente traiçoeira que sentia saudades (ou desejos).

— Você me chamou, e eu sei que estou atrasado, mas não podia deixar a oportunidade passar. Poderia?

A Park sentia que seus neurônios estavam entrando em curto-circuito. Tom Holland parado ali, encarando ela com um maldito boné, com o perfume que ela gostava (e ele sabia), sorrindo e disponível a passar os quatro meses naquela casa sozinhos era muito para seu corpo.

— Eu preciso pensar um pouco, vou comprar uma garrafa de vinho e você pode ir se arranjando que eu já volto — falou em um tom atordoado, dando passagem para que ele pudesse entrar e ela sair.

Tom franziu o cenho vendo que ela parecia estar passando mal.

— Di, você está bem?

— Tô! — disse em um tom esquiçado — Vai se arrumando, ajeitando, que eu já volto.

Fechando a porta com um estrondo, tudo o que ela conseguia pensar era que uma garrafa de vinho seria pouca.

✯✯✯✯✯

Após quase duas horas fora de casa, Diana retornou e a visão que estava diante de si lhe aqueceu o coração: Tom cozinhava algo usando seu avental de Homem-Aranha enquanto cantarolava uma música do One Direction cujo nome era o mesmo da Park.

— Voltei — anunciou, colocando as sacolas de vinho e de outras besteiras que engordavam em cima da mesa — O que está cozinhando?

— Um macarrão que Sam me ensinou esses dias, não estará tão bom quanto o dele, mas acho que dará pro gasto. Ou você quer comer outra coisa?

— Não, macarrão está ótimo pra mim, ainda mais sendo uma receita do Sam. Aliás, como sua família está?

— Vão bem, perguntam de você o tempo todo. Paddy tá me atormentando querendo saber quando você vai visitar a Inglaterra para jogarem videogame de novo.

— Ah é, ele quer a revanche — brincou a atriz.

Diana havia conhecido a família de Tom de uma forma bem descontraída, e havia feito amizade quase que de forma instantânea com os irmãos do ator que faziam questão de deixá-lo envergonhado na frente da garota. Os pais do Holland também foram receptivos, o que tornou sua ligação com Tom em um outro patamar, já que todos daquela família viam a garota como uma nova integrante.

Mesmo que ambos afirmem que não possuíam absolutamente nada. Ao menos, nada sério.

— Quer, então quando você for fazer uma parada em qualquer ponto do Reino Unido, reserve um dia ao menos para ir na humilde casa dos Holland's.

— Que de humilde não tem nada — ironizou a Park, pegando os pratos e as taças, para colocar na bancada que havia na cozinha — Mas pode deixar que vou passar um dia lá sim, só não dê datas ao Paddy, não quero decepcioná-lo.

— Você nunca decepciona — comentou o ator, piscando e sorrindo levemente para ela.

Diana pigarrou, tentando engolir o macarrão sem se engasgar. O clima que tinha ali poderia ser cortado com uma faca, visto que mesmo que tivesse convidado o rapaz, não imaginava que Tom fosse, de fato, aceitar. 

Porque ele nunca aceitava os convites dela. O que havia mudado neste pouco tempo que ficaram separados?

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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

Sei que o capítulo demorou um bom tempo para sair mas estou tentando mudar isso aos poucos, até lá, não desistam do nosso casal que vai fazer essa casa na rua Cornelia pegar fogooooo

Me digam o que estão achando, o que vocês acham que aconteceu pro Tom ter aceitado ir? Quero ler teorias. 

Até o próximo!

Cornelia Street - Tom Holland حيث تعيش القصص. اكتشف الآن