𝟏𝟏 | 𝐔𝐌 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄

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Largo as rosas sobre o jarro, desistindo de enchê-lo de água pois Joaco conseguiu o que tanto queria de mim, me deixar na vontade. E agora eu só quero poder agarrá-lo e beijá-lo como se minha vida dependesse disso.

— E qual seria o outro presente? — Até me viraria, mas estou presa em seu abraço. Mesmo se eu quisesse de fato sair de seus braços, eu não sairia.

Joaco desliza as mãos de meu abdômen até conseguir agarrar meu quadril e me apertar. Solto um suspiro.

— No sei — ele respira meu perfume. Seu nariz fazendo cócegas desejadas em minha pele. — Estoy com algunas ideias.

— É mesmo? — Enfim me viro de frente para ele. Conseguindo me apoiar em seus ombros e olhar para seus olhos onde vejo a luxúria percorrendo por suas íris cor de âmbar esverdeadas. Ele me hipnotiza. — Me diga uma dessas ideias, mi rubio.

Piquerez sorri contente pela forma como o chamo. E seu sorriso é a última coisa que vejo antes de fechar os olhos pela proximidade de seu rosto, já ansiando pelo beijo que está prestes a me dar.

Sinto sua respiração quente próxima demais, unindo-se com a minha. Respirações ofegantes que dizem muito sobre o que estamos dispostos a fazer. Sobre o que realmente queremos fazer. E isso deve se iniciar com um beijo.

Mas o beijo não vem.

Rapidamente abro os olhos, outra vez, para entender o motivo do suspense. Ele está ali com os olhos fixos em meus lábios, com os seus entreabertos, mas ainda sem tomar a atitude necessária para uni-los.

Que a atitude parta de mim então.

Deslizo minhas mãos por seu pescoço e aproximo ainda mais meu corpo do seu, de forma que estejamos roçando um no outro.

— ¿Tengo que enseñarte cómo se hace, Joaco? — Pergunto, usufruindo do meu mais puro espanhol. Para despertá-lo e tentá-lo. — Ou ya decidiste como vas a foder me?

Ele solta uma risada do que digo, abaixando a cabeça como reação, encostando-a em minha clavícula.

— No te apresures, mi rubia.

"Não seja apressada, minha loira." Sentiram o poder dessa frase? Porque eu senti e quase me derreti inteira.

O quanto ouvir o espanhol desse homem é excitante não está escrito. Não se pode medir ou decifrar. Apenas sentir. E nesse momento, mal consigo explicar o quanto estou sentindo o poder de suas palavras e da forma excitante em que as pronuncia. Sílaba por sílaba. Vírgula por vírgula. Estou sendo possuída.

— Tendremos toda la noche para foder — ele acrescenta, voltando a me devorar com o olhar. — E da forma que tu quieras.

Não respondo. Não quando suas mãos apertam mais forte minha cintura. Só consigo soltar um leve suspiro e sentir meus olhos me sabotarem em quase se revirarem de prazer com um simples aperto.

Joaco não deixa de reparar. Não é em vão que decide descê-las e agora apertar minha bunda ao invés da cintura só para me ouvir suspirar, mais alto dessa vez.

— Diga me — seu nariz encosta no meu e suas palavras reverberam dentro de mim — como quieras que te fodo?

— Eu... — solto outro suspiro. Ele quer me ouvir gemer. Dios mio. — Porra, Joaco. Preciso que você me beije.

Ele ri do que digo, orgulhoso.

— Como quieras.

E, então, sua boca finalmente se choca contra a minha num beijo sedento.

Nossos lábios se encontram e o beijo é tão intenso que nem há demora para que nossas línguas encontrem o caminho para se unirem. Enquanto isso, o homem que me beija aproveita o calor de nossos corpos para me empurrar até que minhas costas encontrem a parede mais próxima. Puta merda. A parede da sala. Da sala da minha casa. Simples assim. Sem limites ou preocupações, mesmo que esses não tenham deixado de existir.

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