Ela devolveu a caneca para a mesinha de centro, não antes de encara-lá por longos segundos, agarrando suas mãos em seguida. Você a fitou.
Natasha sorriu suavemente.
— Eu te amo. — Ela sussurrou, se aproximando de você, que a puxou para mais próxima de seu corpo. Você suspirou, sentindo o calor de seu corpo, afundando seu nariz no topo de sua cabeleira ruiva, inalando seu perfume.
— Eu te amo, Tasha. — Respondeu, apertando-a mais, como se tivesse medo de perdê-la, ou medo de que ela pudesse desaparecer a qualquer segundo. O que de fato, você tinha. Você tinha muito medo.
Vocês se aconchegaram, e então, você ligou a tv. E enquanto o filme passava, tudo no que você prestava atenção era no rosto sereno de Natasha, que também não parecia tão interessada no filme.
Você beijou seu ombro, depois seu pescoço, seu maxilar, sua bochecha, e então, ela virou o rosto, o suficiente para que você pudesse alcançar seus lábios carnudos e macios. Você a beijou com força, e ela beijou de volta. Você sentiu algo molhado, e então percebeu que a mesma chorava, assim como você. Mas ao perceber isso, você não se afastou, e nem ela, vocês continuaram.
Natasha deslizou os dedos pela sua nuca, enroscando os dedos em seus cabelos, enquanto subia no seu colo. Você agarrou seu quadril, repousando sua outra mão em suas costas, antes de se levantar, fazendo seu caminho lentamente até o quarto de vocês.
Seus lábios não se afastaram, e não pararam de se mover um segundo sequer. Era doce, amargo. Havia uma certa angústia, desespero, necessidade, saudade, desejo. Tudo o que você queria estava ali, nos teus braços, mas não completamente.
Quando o corpo de Natasha encontrou o colchão, vocês abriram os olhos, e então, o beijo parou. A ruiva selou seus lábios algumas vezes, enquanto você esfregava seu polegar em sua bochecha quente e macia.
Ela fitou os teus olhos, e você enxergou a dor e a saudade neles. Ela sorriu suavemente, enquanto algumas lágrimas ainda insistiam em molhar suas bochechas.
Apesar de se recusar, você sabia. Sim, você sabia que aquilo estava chegando ao fim, mas não queria acreditar nisso.
— Eu tenho que ir. — Ela sussurrou, e uma dor absurda apertou em seu peito, o gosto amargo em sua garganta ficava mais intenso, assim como o aperto.
— Não vá... por favor. — Voce implorou inutilmente, em um tom de voz fraco e quebrado. — Eu preciso de você...
— Eu não quero ir, mas eu preciso. Você sabe... — Ela suspirou trêmula.
— E-Eu não vou... — Sua voz falhou, enquanto você abaixava a cabeça, deixando de lutar contra as lágrimas agora. — Eu não vou conseguir sem você.
As mãos pequenas de Natasha agarraram seu rosto, enquanto ela fazia você olhar para ela, vendo como ela também parecia estar dolorida.
— Você é mais forte do que você imagina. — Beijou seus lábios mais uma vez de forma intensa e demorada. — Eu vou para sempre estar com você. Viva por mim.
Você segurou seu pulso, apertando ligeiramente, sentindo aquela sensação ir diminuindo gradativamente.
Ela sorriu, de forma triste. Seus olhos verdes começaram a perder o brilho, e o calor de seu corpo parecia ir diminuindo.
— Eu amo você, amor. — Conseguiu dizer em meio a um soluço.
Seus dedos deslizaram por todo o seu rosto, enquanto ela fechava os olhos, e você fazia o mesmo, memorizando cada traço seu.
— Eu te amo, lyubov'. — Você a ouviu dizer.
Seu calor desapareceu completamente, e quando abriu os olhos, você encontrou apenas a camiseta do Zeppelin, ao lado vazio da cama, o qual pertencia a ela.
Você estava sozinha.
💭. . . Postado: 03/02/2024 Não revisado. Oi queridos leitores
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Isso aqui era algo que eu queria fazer há algum tempo. Estava apenas arrumando uma forma de desenvolver. Se você acreditou que alguma coisa feliz sairia daqui, eu sinto muito. Adiantando que não me responsabilizo pela terapia de ninguém. Perdoem os erros, escrevi tudo de uma vez morrendo de sono. Beijos e queijos a todos, bebam água. E até mais!!!
