VII

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Clary Assis

Eu não tinha ideia do que esperar para esse jantar. Estava mais nervoso do que o dia em que pedi a Izzy em namoro. Tá! Eu sei que naquela época só tinha 16 anos e não sabia nada sobre a vida — eu realmente não sabia  de nada — , porém, aquele mesmo frio na barriga que eu senti há anos ,estava de volta três vezes pior naquele momento.

Olho para Clary e percebo que algo a incomoda, e antes mesmo que eu a pergunte o que há de errado, vejo Henry e Jacob lançando vários olhares de interesse sobre ela. Encaro os dois e quando os mesmos se tocam que foram descobertos, eles dão um sorriso forçado e voltam a comer.

— Ai gente, estou tão curiosa para saber como vocês se conheceram. — diz Sílvia sorrindo para Clary e para mim.

— Eu também. — Diz Henry sorrindo maliciosamente para Clary.

— Deve ser uma história fascinante. — diz Pierre segurando a mão de Sílvia.

Olho para Clary tentando achar uma história convincente. Clary percebendo a minha aflição toma iniciativa e diz:

— Bem, conheci Kile através da Stephanie, que era minha freguesa no bar aonde eu trabalhava como garçonete, até que um dia descobri que o irmão dela e eu morávamos no mesmo prédio. Porém, nós não nos demos muito bem no primeiro momento. — Clary sorri e olha para mim. — então depois nos resolvemos essa questão.

Nunca pensei que Clary fosse tão boa em inventar histórias, olho para todos na mesa e noto que ela foi bem convincente.

Só para concretizar a mentira ponho minha mão na barriga de Clary e logo em seguida me inclino de forma visível para todos da mesa. Levo os meus lábios até os de Clary. O contato deles acende em mim um desejo de possuí-la imediatamente, sugo seu lábio inferior para controlar os meus impulsos. Clary abre mais a sua boca dando permissão para minha língua explorá-la, ponho minha mão em seu rosto e me afasto, sorrio quando ouço um gemido de Clary. O sabor do beijo de Clary é viciante e maravilhoso, não vou negar que por mim, iria prolongar o beijo, e muito mais. Olho para ela e percebo que ela esta atônita, e seus lábios estão vermelhos devido o beijo, então digo em um tom suave para todos que estão em volta possam escutar:

— Te amo, Clary Assis. — Ela me olha totalmente perdida e sem saber o que fazer e sorri.

— Agora está provado que ela é sua mesmo Kile. — Diz Jacob com um tom de deboche.

— Eu não tenho que provar nada para ninguém Jacob.

Stephanie na mesma hora solta uma gargalhada e enquanto isso Sílvia e Henry escondem o seu riso fingindo uma tosse. Meu pai olha para mim com uma cara desaprovação e minha mãe educadamente chama a nossa atenção dizendo.

— Crianças, por favor! Temos uma convidada muito especial, então não me façam levantar daqui  e deixar a bunda de vocês quente.

Clary sorri e eu pisco para ela, minutos depois vejo a mesma se contorce na cadeira. Ela me olha e dá um sorriso fraco, imediatamente pego a sua mão e dou um leve aperto.

— Kile, não precisa segurar a Clary não, eu tenho toda certeza que ela não vai fugir. — Diz Jacob com um sorriso meio torto.

— Eu sei que ela não vai fugir, só estou me assegurando que ela esta se sentido bem! — Retorno o meu olhar para Clary, e ela acena com a cabeça.

— Clary, aonde você cresceu? — Pergunta Izzy sorrindo para a ela.

Sinto que a Clary não quer falar sobre sua infância, aperto a mão dela novamente encorajando mesmo não sabendo do motivo.

ALUGA - SE UMA NOIVA (EM REVISÃO )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora