"Você está bem?" Questiona seu irmão mais velho, o cenho franzido em preocupação. Ele se aproxima e se senta na ponta vazia do colchão, olhando para Pete com atenção. "Está machucado?"

Seus olhos piscam com as lágrimas de ansiedade.

"Mamãe vai me matar" Diz Pete, cobrindo o rosto com as mãos. Ele sinceramente gostaria de chorar como uma criança agora.

"Não é tão ruim" Diz June gentilmente, tocando sua perna. "Nós pegamos o Vamphir responsável pelo assassinato. Se você não o tivesse atrasado, teríamos chegado tarde demais."

Pete ergue a cabeça e olha para June com os olhos úmidos. O monitor não está mais ligado, então ele não consegue ver a marca de seu... companheiro, ainda sim olhar para aquela coisa parece assustador.

"E quanto ao... outro?"

"Ele não fez nada de errado" Diz June. "Não tínhamos motivos para mantê-lo na Unidade. Nós verificamos e você não foi ferido."

De alguma forma saber disso tranquiliza Pete.

"Ele foi solto?"

"Sim" Diz June tranquilamente. "Logo depois que você acordou. Você... o conhecia?"

"Não!" Diz Pete um pouco alto demais. Ele se sente duplamente estranho de falar sobre ele quando sabe que estão ligados. Para o resto da vida até que um deles morra primeiro e o outro se afunde na dor da perda e— Pete balança a cabeça, afastando os pensamentos. "Não. Não até ontem. Eu não sei quem ele é."

"Você teve sorte" Seu irmão mais velho sorri. "Enfrentou dois Vamphirs na mesma noite e ainda está vivo para contar a história, hm."

June faz alguma coisa, parecendo muito inocente sobre o que eles estão falando, então Pete percebe que talvez seu irmão não tenha sido alertado sobre sua nova condição.

"Eu tenho um vínculo" Diz Pete, tentando não soar como se fosse uma notícia ruim. Exceto que é ruim, muito ruim.

"O que?" Questiona June, surpreso.

"Sim" Diz Pete. "Com ele. O Vamphir da noite passada. Temos uma ligação."

Os olhos castanhos gentis de June piscam suavemente, e Pete quase consegue ver as engrenagens de seu cérebro funcionando.

"Isso explica muita coisa" Diz ele depois de alguns instantes. "Quando nós chegamos até vocês, ele estava... Em cima de você. Foi estranho."

"Eu senti quando aconteceu" Diz Pete, olhando para algum lugar distante no canto da sala. Ele se lembra da pressão esmagadora percorrendo seu corpo e depois da coisa boa e quente que ele sentiu antes de desmaiar. Foi... incrivelmente bom. "Eu olhei para ele... E parecia que o mundo todo não existia mais."

O pavor faz seu coração bater incrivelmente mais rápido dentro do peito. Ele sequer tem coragem de olhar para June, porque a reação de sua mãe foi algo similar. Ela ficou em silêncio, então disse ao médico que algo estava errado e que os testes deveriam ser refeitos. E eles foram. Uma, duas, três, quatro vezes. O resultado foi o mesmo. Compatível. Vínculo completamente estabelecido e funcional.

É uma questão de tempo até o corpo se adaptar, disse o doutor. Ele não pareceu chocado, embora também não tenha parecido exatamente feliz.

"Pete" Diz June cautelosamente. Quando Pete olha para seu irmão, ele percebe que seus olhos estão ainda mais úmidos, e o rosto perfeito de June parece embaçado por causa das lágrimas. "Você não está sozinho."

Eu estou aqui agora, diz uma voz em sua cabeça.

Sua própria voz.

A voz dele.

IRRESISTÍVEL | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora