Children of Fire and Blood

Treason

NOTAS INICIAIS:

• Draenyssa ama, acima de tudo, a Casa do Dragão. Não se esqueçam disso.

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- Majestade, os guardas de ontem estão aqui novamente, conforme seu pedido. - Uma das criadas reverenciou a rainha, que assentiu. Já estava pronta, vestida de vermelho, enquanto uma outra criada trançava seu cabelo.

Os dois guardas do dia anterior entram no quarto e ajoelham para a rainha.

- Digam-me, cavaleiros. Ontem, infelizmente, tivemos interrupções e não foi possível que me dessem a informação que tinham. O que houve? - Draenyssa girava o anel em seu dedo, nervosa com a possível má notícia.

- Majestade, temo que não sejam boas as notícias que trazemos. - Um dos guardas disse, ambos levantaram e ficaram atrás da rainha, quem os fitou através do reflexo do espelho. Draenyssa assentiu para que eles continuassem.

- Após o funeral de lady Laena, nós vimos o viúvo príncipe Daemon e a herdeira princesa Rhaenyra juntos na praia. - Draenyssa arquoeou a sobrancelha. - Não sabemos, infelizmente, sobre o que falaram, mas sabemos, contudo, que eles se beijaram. - A expressão da rainha endureceu.

- Ficamos ali a tarde toda até o atrito entre os príncipes. Majestade, eles chegaram juntos. - O guarda continuou.

- Eles transaram? - A rainha os olhava com raiva, mas sua voz era controlada.

- Não vimos, minha rainha. Contudo, tudo leva a crer, que sim. - O guarda a respondeu. Todos no quarto estavam estavam temerosos, já tendo visto a fúria de sua rainha ao menos uma vez.

- Está bem, obrigada. Fiquem de olho nos dois, assim como na rainha Alicent e na mão do rei. - Draenyssa dispensou os guardas, que a reverenciaram antes de obedecê-la. A rainha levantou e escolheu uma de seus coroas. - Vão até meus filhos e chequem como Baelon está. Sabem como ele é teimoso quando está ferido. - A mulher supirou ao ter o peso da coroa sob sua cabeça e saiu do quarto, caminhando até o quarto de seu irmão.

- Majestade. - O guarda reverenciou Viserys e Jason. - A rainha Draenyssa está aqui. - O guarda continuou de cabeça baixa.

- Minha irmã nunca precisará de permissão para me ver. - Viserys respondeu e o guarda assentiu, se retirando e deixando que Draenyssa entrasse. O rei sorriu. - Bom dia, minha bela e querida irmã.

- Bom dia, Vis. - Draenyssa sorriu e olhou Jason, voltando seu olhar para o irmão. - Interrompo? Esperava conversar com você a sós. - A rainha se aproximou um pouco do irmão.

- Claro, minha querida. Lord Lannister, retire-se, por favor. Continuaremos nossa conversa em outro momento. - Viserys imediatamente concordou com a irmã, dispenando Jason. Com o maxilar trincado e os ombros tensos, ele assentiu e reverenciou os dois governants antes de sair.

Sorrindo, a mais nova sentou ao lado do irmão. - Vim para conversarmos sobre as crianças. - Ela segurou a mão dele, o fitando.

- Por favor, querida. Você os fez se desculpar ontem, não é o suficente desse assunto? - Viserys respondeu cansado, acariciando a mão da irmã sob a sua.

- Por agora, talvez. Mas e no futuro, Vis? - Draenyssa negou. - Eu não queria lhe dizer para que não o enfurecer, mas minhas criadas também escutaram rumores pelo palácio sobre os filhos de Rhaenyra.

- Como ousam? - Respondeu o rei enfurecido, apertando a mão da irmã.

- Irmão, o foco são seus filhos. Eles são jovens, com cabeças fracas. Não está vendo? Estão ensinados seus filhos a odiarem os filhos de Rhaenyra. E pior, a odiar a própria irmã. - Draenyssa colocou a outra mão sob a do irmão. - Você sabe o que resulta na fúria de um dragão: fogo e sangue, apenas.