Amor Rural- Mini Shot(L.S)

Meu corpo da Sinal

Olá meus boizinhos, como vocês estão? Tomando os medicamentos certinho? Bebendo água? Ansiosos para o show do Louis? Pq eu tô me tremendo até agora igual uma pincher endiabrada!

Bom depois de um ano eu voltei, tá aí a parte dois da one shot, provavelmente terá mais partes,  depende de meu ânimo para escrever.

Digo que a noite foi longa, depois do tchaka-tchaka com o Harry, eu fiquei um par de horas racionando tudo que tinha acontecido. É engraçado como o universo trata a gente como uma vadia né, agora aqui me estapeando a cara por ter dito que nunca, 'nunquinha iria cair no canto daquela piranha. E eu aqui desejando fazer tudo e mais um pouco com aquele desavergonhado, novamente.

No dia posterior a o fatídico dia, tive nem rastro daquele capetinha, e até agradeci por isso, afinal eu já não estava mais medindo os meus atos, só Deus sabe a loucura que eu faria se ficasse a sós com ele novamente. Já estou correndo um risco danado de ter feito o que fiz,  se eu fosse expulso da fazenda iria ter que viver lá no chafariz da cidade junto com os 'beudin do telequinho, afinal era órfão e desde que me conheço por gente trabalho aqui com a dona Styles, e quando meu vô faleceu ficou só eu e Deus mermo nesse mundão. Apesar de ter um dinheirinho guardado na poupança não era o suficiente ainda pra comprar uma casa, e esse nem era meu sonho, a cidade grande não é pra mim, gosto do campo então um pedacinho de terra e uma casinha simples, já me faria feliz até o fim da vida.

Ao entardecer após um dia árduo de trabalho, concertando as cercas dos pastos,  eu fui para o alojamento que dividia com Niall, era mais como uma kitnet, simples e bem arrumadinha ao menos o meu quarto era arrumado, o de Niall já era pior que os chiqueiros, parecia que tinha morrido um gambá lá a mais de ano, coitada da que casar com esse maluco, morre nos primeiros dias da lua de mel com o futum.

Já estava me preparando para banhar, liguei meu radin para escutar uma modinha, e já começou com uma rasgada que só podia ser piada com a minha cara, até soltei um resmungo de descrença quando. Vai lá em casa hoje, da Marília com o George Henrique e Rodrigo começou a tocar. Abri um meio sorriso pro nada, balançando a cabeça dispersando as imagens da noite anterior, enquanto ia tirando a camisa de flanela xadrez nesse meio caminho indo para o banheiro, cantarolando a música sem perceber, tirei as meias e a calça jeans surrada puxando a box preta, já livre das vestimentas entrei para dentro do box de vidro não me preocupando em fechar, afinal ali era só eu e Niall e eu já tinha visto mais que um milhão de vezes aquela bunda loira do encardido, como também suas mixaria. Coisa de homens.

Distraído liguei o chuveiro, pegando o sabonete líquido de erva doce. Estava eu aqui curtindo meu momento, ensaboando minhas partes com o cabelo cheio de sabão e os 'zóio fechados, quando senti um um ar gelado adentrar para dentro do box, para em seguida dois par de mãos frias tocar minha cintura, e claro que com as histórias de assombração que rondava por essas bandas foi inviável não soltar um grito fino e agudo, mas não é medo, sou muito é macho!

— PUTA QUE PARIU! MINHA SANTA CISERA! DEUS, CRISTO! NOSSA SENHORA APERICIDA! 

Fui chamando tudo que é santo não tendo coragem o suficiente para me virar, fui tateando a parede afim de não escorregar no chão liso, com os olhos ainda fechado pelo sabão, não tinha saída a não ser choramingar por misericórdia e que esse demônio não fosse um daqueles que gosta de comer o brioco alheio, e notando o silêncio do fantasma, eu só fui me agoniando mais. Então decidi tomar partido e salvar o que era meu.

— Óia aqui seu 'Djanho! Sou batizado na igreja católica, até sei fazer exorcismo em latim, então mior ter cuidado, aqui não tem nada pro océ — disse engrossando a voz enquanto  limpava o sabão do rosto, planejando uma forma sorrateira de sair correndo.