Capítulo 95

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Nora Becksen on

Meus olhos ardem enquanto encaro o teto branco do meu quarto. Faz um tempo que perdi a noção do que é tempo. Algumas vezes eu me deito na cama e fico horas a fio encarando o teto. Tem momentos que sinto uma raiva profunda crescendo dentro de mim mas em outros é uma tristeza sufocante.

Ouço a porta do quarto ser aberta e fechada rapidamente. Não me movo.

- Levanta. Agora, Nora.

A voz de Maxie ecoa pelas paredes do quarto.

- Por que eu deveria? -digo-

- Tem uma galera na sua sala. Te esperando. E seu pai voltou de viagem.

Dou uma risada amarga.

- Agora eles decidiram vir atrás?

Maxie suspira e me pega no colo. Resmungo contragosto assim que ele me coloca debaixo do chuveiro gelado.

Ele me encara com culpa estampada nos olhos. Depois do banho gelado, invés de catatônica, estou ligadona. Por conta dos remédios. Mal visto o roupão que ele pega pra mim e saio do quarto batendo a porta.

Assim que paro no topo da escada vejo Katarina, Henry, James, meu pai e minha madrasta.

Um começa a falar por cima do outro e assim que chego até eles, falo com a voz embargada em tom de raiva e decepção.

- Eu tô perdida. Eu perdi completamente o rumo. -digo quase chorando- E vocês nem viram!! Vocês nem ligam.

Encaro cada um deles. No fundo sei que não estou sendo completamente justa mas também sei que eles não são completamente inocentes.

- Filha... -meu pai começa a falar mas desiste-

- Nora, eu... -assim como Kat também desiste-

- Tem razão. Eu vacilei. -James fala abrindo os braços- Eu pisei na bola e fui um péssimo amigo, Nora. Não conseguia te encarar depois do ocorrido e negligenciei nossa amizade. E eu sinto muito mesmo! Mas eu tô aqui agora para o que você precisar.

Mordo o interior da bochecha.

- Sim, James está certo. -Kat fala- fiquei ocupada demais com minhas coisas e não apoiei você. Sinto muito, Nora.

- Sinto muito, pequena. -Henry diz-

Suspiro.

- Tudo bem. Só preciso ficar sozinha um pouco.

Digo e subo as escadas. Tranco a porta do quarto e encaro o loirinho na minha sacada. Ele tirou a camiseta molhada mas permanece com a calça molhada. Chego por trás encostando minha bochecha contra a pele quente de suas costas. Passo os braços ao redor de sua cintura e acaricio os gomos de seu abdômen.

Ele vira de frente, e coloca as duas mãos em meu rosto.

- Você tem que seguir em frente, Nora. Agora. Você não precisa do ar dele, você tem o seu próprio. Tá aí dentro ainda.

A imensidão azul me engole e suas palavras penetram em minha cabeça.

- Me promete, Nora. -diz firme mas depois a voz fica suplicante- porfavor, porfavor.

Encosto a ponta do meu nariz no dele e encaro os olhos novamente.

- Eu prometo.

Sussurro e em seguida ele junta nossos lábios e me pega no colo sem parar o beijo. Me coloca no chão em frente a cama e eu o empurro delicadamente para a cama enquanto puxo sua calça juntamente com a cueca. Ele não desgruda os olhos dos meus.

Abro meu roupão com lentidão, assim que o tecido toca o chão Maxie me puxa para cima de seu corpo.

Suas mãos são extremamente quentes e suas carícias mais ainda. Seus lábios parecem traçar um caminho de fogo pela minha pele.

O mesmo me vira agilmente, ficando por cima. Abre minhas pernas que se encontram dobradas e me chupa enquanto me olha nos olhos. Fica difícil segurar os gemidos após o segundo orgasmo.

Sua boca vem de encontro com a minha enquanto seus dedos passeiam pelo meu corpo nu. Fico por cima novamente e faço questão de fazer minha língua passear por cada músculo de seu corpo, fazendo o loiro se arrepiar. O chupo enquanto meus dedos estão ao redor de sua coxa torneada.

Ele me puxa para cima se encaixando em mim finalmente. Minha boca é tampada com sua mão enquanto o mesmo me fode com força e rapidez.

Depois de várias posições, finalizamos com uma conchinha confortável e o sinto dormindo em meu pescoço.

É possível estar apaixonada pelo os dois? Maxie e Sam?

No outro dia, acordo com uma mensagem de Katarina me chamando para ir até sua casa. Mas me manda um endereço. Parece que eles já se mudaram. E eu perdi tudo.

Katarina Langford on

Encaro a enorme e linda mesa de café da manhã. Um pouco exagerada já que é apenas para Nora e eu. Mas tudo bem. Estou encarando a porta desde o momento em que ela me respondeu com um Ok.

Tudo bem, eu mereço esse gelo.

Assim que a campainha toca, abro a porta imediatamente. Fazendo Nora dar um pulinho.

- Oi! -digo sorridente-

- E aí. -ela diz me encarando com um meio sorriso-

- Entra, porfavor.

Dou espaço para que ela entre e fecho a porta.

- Com fome? -indago-

Ela demora responder.

- Claro.

Nos sentamos a mesa e tento puxar alguns assuntos mas sem sucesso. Decido chegar logo onde queria. Não quero que ela tenha ainda mais raiva de mim.

- Nora. Eu estou grávida.

Ela para de beber o suco no mesmo instante e me encara. Fico na dúvida se ela vai me abraçar ou me chutar.

- Jura? -ela diz emocionada-

Sorrio.

- Juro.

Ela me abraça e chora.

- Parabéns, Kat.

- Obrigada, amiga. Tem outra coisa. James é o padrinho de Izuku, então será que você aceitaria ser a madrinha do bebê?

Ela sorri largamente.

- É claro. Com certeza.

- Eu te amo, Nora. Desculpe ter estado ocupada demais e não ter percebido o quanto você precisava da minha ajuda.

- Tá tudo bem agora. Maxie foi... meu Deus, eu nem sei descrever como eu estaria se não tivesse sido por Maxine.

- Você gosta dele?

Ela parece acanhada.

- Na verdade. Acho que estou apaixonada.

Sorrio mas ela logo me corta.

- Mas tem um porém. Eu também gosto do Samuel.

- Samuel? -digo sem entender-

- O Sam, Kat.

A encaro.

- O Sam Claflin?

Love and photographyWhere stories live. Discover now