Capitulo 22. - Sorvete de baunilha

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— Vamos onde? — perguntei a minha irmã.

— Ainda não comprei o vestido de casamento, você vai me ajudar com isso. — ela disse e eu sorri, animada.

Estava com medo e nervosa, porque era dificil pensar que nós passámos de brincar com bonecas para ir ver vestidos de casamento.

— E a mãe? Ela não devia estar presente? — perguntei.

— Sim, mas ela falou que estava se sentindo mal... — ela disse e eu olhei para ela, preocupada.

— Você sabe que... Ela não vai ficar por cá muito mais tempo, não sabe? — eu disse, e ela colocou o braço por cima de meus ombros.

— Eu sei, mas não vamos falar sobre isso.

Minha mãe estava tendo uns problemas á uns meses, estava sempre indo para o hospital e nunca ninguém sabia o que era.

Eu e minha irmã entramos numa loja de vestidos de casamento, e ficamos lá por mais de duas horas.

Ao inicio estava sendo legal, mas ela não se decidia.

— Okay, acho que é esse... — ela disse, saindo pela milésima vez do provador.
O vestido era enorme, branco, obviamente, e tinha muito volume, era um vestido de princesa da Disney.

— Esse é lindo, Olivia. — eu disse e ela sorriu, olhando no espelho. — Vai levar esse?

— Vou. Esse é perfeito. — ela disse, e voltou para dentro do provador.

Ela voltou a vestir a roupa normal, deixando-me fora da loja esperando ela. Quando ela saiu, com o vestido na mão, o meu celular tocou.
Ethan.

— Já venho. — eu disse e ela sorriu, já sabendo quem era. — Olá.

— Oi. Está tudo bem? — ele perguntou.

— Aqui sim, e aí?

— Também. Na verdade já voltamos faz um tempo, liguei para perguntar se iam demorar muito. — tentei evitar um sorriso.

— Estamos voltando agora. A Olivia não conseguia decidir qual vestido levar. — eu disse e ele deu uma risada.

— Compreensivel. Enfim, estou te esperando. Até. — ele disse, desligado a ligação.

— Vamos? — disse voltando para perto de minha irmã. Ela assentiu com a cabeça, chamamos um taxi e voltamos para o hotel.

Quando chegamos ao hotel, não sabia onde Ethan estava, então fui até ao quarto. E lá estava ele.

Abri a porta do quarto e ele estava fumando na janela.

— Credo Ethan. Quantos você já fumou? — perguntei, me referindo ao cheiro que estava dentro do quarto.

— Só um. — ele disse com um sorriso.
Estava mentindo.

Eu achava completamente estranho o facto de em algumas semanas, já saber tudo sobre Ethan, em relação a manias, o que ele gosta ou não, a personalidade dele, menos a história dele.

Mas não devia perguntar. Não é da minha conta, e estamos ali trabalhando.

— O que vamos fazer hoje? — ele perguntou e eu olhei para ele confusa, me sentando na cama.

— Como assim? Acho que não temos nada planejado com Olivia. — eu disse.

— Eu sei, mas isso não quer dizer que a gente não possa fazer nada. — ele disse, jogando o cigarro apagado pela janela e olhando para mim.

— Provavelmente a Olivia vai querer ir jantar fora. — eu disse e ele se sentou na outra ponta da cama.
Ficamos em silêncio por alguns minutos, e ele deixou-se cair na cama, olhando para o teto.

— Quer comer sorvete? — ele perguntou e eu olhei para ele confusa.

— Onde você vai arrumar sorvete? — perguntei.

— Vou comprar aqui do lado.

Havia um mini mercado perto do hotel, Ethan foi lá, demorou meia hora e voltou para o hotel com uma caixa enorme de sorvete de baunilha e duas colheres.

Ele entrou no quarto e se sentou na cama, do meu lado, e abriu a caixa de sorvete. Me entregou uma das colheres.

— Nunca tinha vindo ás Filipinas. — ele disse, na tentativa de fazer assunto.

— Nem eu. Bem, nunca fui a nenhum lugar sem ser a nossa cidade. — eu disse e ele sorriu.

— Se ajudar, eu também não. — ele disse e eu sorri de volta, enquanto comiamos o sorvete. Ele pegou a colher cheia de sorvete e passou no meu nariz, quando eu virei a cabeça.

— Filho duma put... — eu disse e fui interrompida pelo riso dele.

Ele se levantou da cama, deixando a caixa e a colher em cima da cama. Peguei a colher cheia de sorvete e persegui-o pelo quarto, enquanto riamos e corriamos pelo quarto, como duas crianças.

Alcançei-o e passei a colher na bochecha dele, deixando-o branco de sorvete. Ainda estavamos rindo e ele me pegou pelos braços, me empurrando para a cama. Eu dei uma risada ainda mais alta quando ele pegou a colher da minha mão e passou não só no meu nariz, mas como nas bochechas.

Ouvi a cama estalar.

— O que foi isso? — ele perguntou, ainda estava em cima de mim, com a colher na mão.

— Não sei. — disse, e ao perceber que ele estava em cima de mim, olhei para ele.
Havia sorvete por todo o lado. — Você pode...

— Ah. Desculpa. — ele disse, saindo de cima de mim. Me levantei da cama, e fui até ao banheiro.
Peguei duas toalhas e entreguei uma para Ethan, e limpamos o sorvete.

Ethan levantou o colchão da cama e vimos que a cama estava partida.

— Merda. — eu disse, e ele me olhou, pensando no que fazer. — Vamos ter de ligar para a recepção.

Ele assentiu com a cabeça e eu peguei o telefone do quarto.

— Olá? Sim. Quarto 412. A cama está partida.

— Vamos mandar alguém.

Desliguei o telefone e passado alguns minutos, estavam três homens no nosso quarto, arrumando a parte da cama que partiu.

Olivia entrou no quarto.

De todos os momentos que ela podia entrar, entrou agora.

— O que se passou? — ela perguntou confusa. Nicolas estava atrás dela, sorrindo para nós.

— A cama partiu. — disse baixinho.
Por mais que a cama tivesse partido por uma brincadeira, dizendo que a cama partiu, qualquer pessoa pensava merda.

— Meu deus Luna. — ela disse.

— Não é o que você está pensando. — eu disse, atrapalhada com as palavras, e sentindo minha cara ficar quente.

— Nós estavamos brincando. Com sorvete. E acabou por partir. — Ethan disse e ela olhou para nós confusa. — Parece estranho, mas foi isso.

— Entendi... Bem. Vou vos deixar. — ela não acreditou.

Esperamos que os homens arrumassem a cama, e Olivia nos chamou para jantar.

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