Stars On My Scars- Remus Lupin

Capítulo 27

Os dois andavam lado a lado, foram no DedosdeMel, compraram vários chocolates, Remus por não ter tanta condições levou só um, mas Natalia notando isso comprou vários, e disfarçadamente para ele não se sentir ofendido, oferecia a ele enquanto iam andando até a Casa dos Gritos.

Remus odiava aquele lugar, mas conversando com Natália, nem percebeu que estavam em frente a cerca, que dividia o vilarejo da casa que todos consideram amaldiçoados pelos piores espíritos. Mas Remus sabia que era somente ele.

-O que acha que tem alí?- Natália pergunta curiosa.

-Dizem que são os piores espíritos -Remus dá de ombros

-Eu sei o que dizem, quero saber qual é sua opinião Lupin- ela diz rindo

-Nunca parei pra pensar sobre isso- Ele disse olhando para os pés

-Remus Lupin não criando nenhuma teoria ou tenha estudado sobre?- ela diz colocando a mão em seu ombro -Por que não consigo acreditar nisso?

-Então qual é a sua opinião?- Remus perguntou num sorriso tímido

-Eu acho que é alguém com bastante medo- ela diz se aproximando da cerca- Já escutou os Gritos?- ele negou com a cabeça, não era totalmente mentira, mal se lembrava de suas transformações
-E nunca percebeu que não é sempre?- ela dizia e ele a encarava com um misto de medo e surpresa- Nunca parei pra pensar, mas parando agora, não parece que por coincidência é na lua cheia

Remus engoliu em seco
-Talvez seja impressão - ele disse coçando a nuca- Afinal o que seria

-Um lobisomem - ela diz balançando os dedos em sua frente e mal repara que a pele branca dele estava mais pálida

-Lobisomem, isso é loucura - Ele riu de nervoso - São monstros.

-Não todos - ela disse seria e ele olhou ela com curiosidade - Não esperava um pensamento tão fechado, vindo de você Lupin - ela diz parecendo um pouco decepcionada

-Não acha eles uns monstros?

-Só é monstro quem se deixa ser Lupin- ela diz olhando para a Casa dos Gritos. -Não sei quem está naquela casa, que aparece as luas cheias, mas uma coisa eu percebi

Ele olhou para ela com um nó na garganta
-O que?

-Ele sofre, e ninguém merece sofrer assim- ela fala de uma forma, que deixa Remus hipnotizado - Porque tá me olhando dessa forma?- ela pergunta corada, pela aproximação que eles estavam, e pela forma que aqueles olhos castanhos esverdeados a olhavam.

-Desculpa - ele disse, mas sem conseguir desviar os olhos -Eu só estava admirando você... Quer dizer

Natália colocou o dedo sobre os lábios de Remus que fechou os olhos automaticamente.

-Só fica quietinho um pouco - ela diz e um sorriso escapa dos lábios de Remus. -Eu preciso fazer uma coisa...

Ela aproximou os lábios dos lábios de Remus e lhe deu um selinho longo, ele colocou a mão em sua nuca, trazendo ela para mais perto, se é que isso é possível. Os lábios de ambos se abrem, dando início ao beijo, que sempre sonharam. E parecia melhor do que suas imaginações o faziam pensar. Coisa que tinha acontecido com os dois. Era o primeiro beijo de Natalia, Remus já tinha beijado uma, duas vezes por pressão dos amigos, nenhuma guria do colégio, e sim trouxas de voltas no parque que faziam nas férias. Mas nenhum beijava como Natalia.
Sentiam o ar faltar em seus pulmões, fazendo que parassem o beijo, mas com as testas ainda coladas, e olhos fechados, respiravam devagar.

-Uau- ela murmurou e nesse segundo Remus se tocou o que tinha deixado acontecer. Não podia

-Naty- ele parou assim que olhou em seus olhos. Não sabia o que falar, os olhos dela tinham esperanças e isso parecia desarmar todas as suas defesas. Ele talvez estivesse ficando louco, mas ele não queria falar que era errado, mesmo achando que era. Abria e fechava a boca, mas tudo que saiu foi um- Vamos tomar uma cerveja amanteigada?- recebendo um aceno e assim saíram tímidos, porém felizes.

Nem repararam que alguém observava, nada feliz, o primeiro beijo do casal, e querendo que fosse o último.