Dias ruins;

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Avisos:
- Sem killing Game
- Ambos maiores de idade

(Palavras no total: 1.595)
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°•○Shuichi Saihara○•°

"Kokichi, cheguei."

Tirei meus sapatos e entrei chamando pelo meu namorado, sempre faço isso para avisá-lo que cheguei. Eu costumo ser recebido com beijos, abraços e birras dele, mas dessa vez ele não veio até mim.

Fui à caminho do quarto observando todos os cômodos, mas a casa estava muito silenciosa, acho que ele ainda não chegou do trabalho.

Ele sempre chega antes de mim e fica me esperando no sofá, já usando seu pijama e embolado em cobertas, e sempre que ele vai se atrasar ele me manda mensagem avisando o quanto vai demorar e o por quê, mas hoje eu não recebi nada. Conferi o celular para caso eu apenas não tenha visto, mas ele realmente não avisou que chegaria depois, é estranho mas logo ele deve chegar.

Vou tomar um banho e depois vou pensar em algo para compensar pelo trabalho duro dele, preciso tirar esse cheiro de escritório de mim, conhecido como cheiro de café espresso, suor e cansaço.

O trabalho como aprendiz de detetive pode ser muito cansativo às vezes, digo, eu sou bom no que eu faço (dizem que peguei o dom da família), mas eu não gosto muito de ser detetive. Ser a pessoa a trazer as notícias ruins é uma pressão muito grande, sempre fico nervoso e acabo me confundindo com tudo, porém eu já aceitei que esse será meu trabalho por um bom tempo.

Não posso negar que mesmo ainda sendo aprendiz, o trabalho paga bem (e pagará ainda mais quando eu tiver a idade certa para ser um detetive oficial), e não consigo me imaginar fazendo nada além disso, eu acho que me daria melhor ficando em casa. Pretendo trabalhar até ter uma quantia suficiente para me manter e depois sair quando estiver bem estável, mas enquanto o dia não chega, tenho que lidar com o trabalho todos os dias.

Saio do chuveiro quente para colocar um pijama de frio, a temperatura caiu nos últimos dias, seria bom ver um filme com o Kokichi hoje depois do jantar, talvez ele goste, ele provavelmente chegará cansado hoje.

Arrumei uma coberta e travesseiros esticados no sofá, talvez eu também faça um chocolate quente para nós dois.

Enquanto eu estava arrumando a sala, Kokichi chegou, mas não era bem o que eu imaginava.

"Boa noite amor, espera por que você está azul? E esse cheiro é mirtilo com...gasolina?" Ele estava literalmente azul, desde o cabelo até as roupas (que um dia foram brancas mas agora com certeza iriam para o lixo).

"Que bom que você avisou, eu não tinha notado."

Ele deixou a bolsa na mesa de jantar e foi direto para o banheiro tomar um banho sem muita conversa, deixando um rastro de pó azul pelo caminho. Eu iria atrás dele agora, mas antes, precisei pegar o aspirador de pó e tirar todo o pó azul espalhado pelo chão branco da sala, depois eu passo o esfregão também, o aspirador não tirou tudo.

Fui procurá-lo na nossa suíte, ele estava sentado na banheira que ainda estava enchendo e ficando inteira azul. Lembro de quando compramos a casa e ele me convenceu a comprar uma banheira, nós praticamente nunca usamos ela, no máximo 5 vezes por ano, mas a insistência foi tão grande que ele me fez comprá-la rapidinho.

"Posso ajudar a lavar seu cabelo?" Entrei com cuidado no banheiro, não queria atrapalhar o momento calmo dele, mas queria ajudar.

"Claro, pode vir."

Me sentei na borda da banheira ao seu lado, puxei as mangas do pijama e fiz massagem no cabelo dele com shampoo. Sinto que ele não esta muito bem hoje, ele estava bem mais quieto do que o normal, sem fazer piadas nem seus comentários aleatórios.

Dias na vida de SaioumaWhere stories live. Discover now