Capítulo 23|Nunca é tarde

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Ele não percebe mas eu acabo o seguindo. Ele chega em um lugar, e como eu estava um pouco longe demorei um pouco para chegar perto, não tão perto, não dava para me ver. Ele estava conversando com um homem.

-Pega o carro e vai embora.-Morgan fala.

-Ou então vai fazer o que?-O homem pergunta.

-Vai.-Morgan fala e eu me aproximo dando para me vê.

Ele estava colocando coisas no carro então para ao me ver.

-Que droga!-O homem fala.

Ele era um dos caras do pessoal da bandeira.

-Achei que nunca ia te ver de novo.-Ele fala e volta a mexer nas coisas.

Corro para cima dele mas Morgan me impede com o bastão.

-Sai daqui!-Morgan fala.-Eu disse para sair daqui.

-Você devia ouvir seu amigo.-Ele fala vindo com uma cesta na mão.-Bom te ver de novo, Madelyn, mas eu vou ter que descarregar esses pimentões agora, a menos que você queira me dá uma mãozinha.

Ele entra em um galpão que havia alí.

-Ele é...-Falo.

-Não faça isso.-Morgan fala.

-Você vai fazer de tudo para me parar?-Pergunto.-Você não pode.

Ele me solta.

-Eu sabia que você não ia.-Falo e entro no galpão.

Ataco ele mas ele vira a tempo. Eu estava segurando a faca no pescoço dele e ele me impedia. Ele pegou um frasco de vidro e quebrou na minha cabeça. A cabeça que só atrai coisa ruim.

Agora era a vez dele de revidar.Ele pegou a faca e tentava forçar para me esfaquear mas eu o empurrei, segurei ele e cravei a faca em seu peito. Começo a rodar a faca dentro do peito dele.

-Espera.-Ele fala enquanto grita de dor e saia sangue de sua boca.

Então ele morre.

Saio do galpão e vejo Morgan me encarando e encarando minha mãe que estava pingando sangue.

-O que você quer?-Pergunto.

-Respondendo sua pergunta, foi meu filho, minha esposa e meus amigos.-Ele fala.-Foi quem eu perdi antes de me perder. Eu sei onde você está, Mad, já passei por isso. Eu não sabia como parar, não sabia se queria parar.Eu só não achava que podia encontrar minha própria saída, aí eu conheci alguém. O homem não tinha que me ajudar, mas ele me ajudou, ele me deu algo, Mad, e ele me ensinou que todas as vidas são preciosas. Isso me ajudou e ainda ajuda.

-Como exatamente?-Pergunto rindo.

Ele tira aquele livro que estava lendo.

-Isso faz parte.-Ele fala.-Você queria saber o que eu estava lendo.

-Tarde demais.-Falo.

Tanto saí mas ele para na minha frente.

-Acredite em mim, nunca é tarde.-Ele fala e me entrega o livro.-Toma, podemos falar sobre isso.Sobre o que quiser, Mad.

Pego o livro.

(...)

Estava em um canto sozinha lendo até que vejo Nick.

-Ah, você tá aí.-Ele fala vindo até mim.-Ficamos preocupados quando não vimos vocês lá na van.

-É, não deu para ficar lá.-Falo.

Escuto então um barulho de tiro.

-Nick!-Falo ao ver que ele foi baleado.

-Charlie.-Ele fala.

Charlie estava logo alí, ela quem havia atirado.
Ela então correu e Nick caiu com sangue escorrendo pela boca, assim como o cara que matei.

-Nick.-Corro até ele e coloco sua cabeça em meu colo.-Fica acordado, tá legal?

-Nick!-Luciana fala correndo até a gente.

Me levanto quando elas chegam e corro atrás de Charlie.Ela acaba sumindo então volto até o pessoal.

-Vamos lá Nick, aguenta firme!-Strand fala.

-Nick, olha para mim.-Alicia tentava manter ele acordado.

Eles estavam tentando reanimar ele.

-Aguenta aí, tá bom?-Luciana fala.

-Vai ficar tudo bem.-Alicia fala mas ela já estava chorando.

Strand tentou, mas já era tarde. Ele havia morrido.

Ponho a mão nas costas de Alícia que estava chorando então ela se vira e nos abraçamos.

-Sinto muito.-Falo enquanto ela estava  em meus braços e logo deposito um beijo em sua cabeça.-Vai ficar tudo bem.

Saímos de perto para Luciana terminar de matá-lo para que ele não se transforme. O carro que eu matei havia se transformado então o matamos.

Cobrimos o corpo de Nick, colocamos na van e fomos embora.

(...)

Havia anoitecido, estávamos na estrada.

-Vamos começar logo com isso.-Strand fala.

Eles combinaram de nós contarmos nossa história e eles nos levarem até o pessoal das bandeiras.

-Não, pode esperar.-Al fala.-Até que ele seja enterrado pelo menos.

-Você fez a sua parte, agora vamos falar.-Strand fala.-Esse foi o acordo. Pergunte o que você quiser.

Ela pega a câmera e começa a gravar Strand.

-Como veio parar aqui?-Al pergunta.

-Pergunta ampla.-Strand fala.

-São as mais fáceis de responder.-Al fala.

-Teve um dia que a gente poderia ter evitado que tudo isso tivesse acontecido.-Luci fala.

-Vamos começar aí.-Al fala.-Me conta sobre esse dia.

Ela estava falando do dia que os caras das bandeiras pegaram a nossa comunidade.

Madelyn e Alícia Where stories live. Discover now