Capítulo 21-51

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-Vem cá, minha garota!-Ele fala.

Charlie caminhou até nós.

-Como é que você tá?-Ele pergunta se abaixando perto dela.-Cuidaram bem de você?Desculpa ter demorado tanto, tive que limpar a estrada de trás para a gente trocar ideia aqui sem interrupções.Mas...lá no ônibus tem disco novo para você. Vai lá para dentro.

Charlie vai para o ônibus.

-Ela é tão boazinha.-Ele fala.-A gente achou ela já faz um tempo.-Descobrimos que ela tem talento para achar coisas boas.Mas isso aqui...isso aqui é uma bolada.

-Você não vai tirar nada daqui.-Falo.

-Todos dizem isso.-Ele fala.-Veja, nós não pegamos nada de ninguém na verdade, ninguém fico pelo menos. Eu já tive essa conversa inúmeras vezes, nós sabemos que vocês são boas pessoas com 27 metralhadoras, 6 espingardas, 14 pistolas, 6 dúzias de granada e até recentemente uma ótima colheita, mas existe um ciclo natural em alguns lugares como este e vai acabar de esgotando.Você tem duas opções:ou nos dão tudo e saem com vida, você podem vir com a gente e se tornar um de nós, ou esperamos todos vocês morrerem procurando soluções.De qualquer forma, essa arma na sua cintura e todo o resto vai ser meu, sacou?

-Ui, uma ameaça?-Falo.

-Isso não é uma ameaça, só...uma realidade.-Ele fala e estende a mão para mim.-Aliás, o meu nome é Mel.

-Nós não vamos a lugar nenhum.-Falo e não pego na mão dele.

-Eu também já ouvi isso.-Ele fala.

-Nós já fomos igual você, mudando de um lugar para o outro, fazendo o que dava para sobreviver, não vamos voltar para essa vida.-Falo.

-Então são melhores que nós?-Ele pergunta.

-Tô dizendo que encontramos maneiras melhores.-Falo, me viro e começo a andar.

-Acho que não vão ter que fazer as coisas que fazemos porque vivem aí dentro, deixa eu te contar uma coisa.-Ele fala e eu paro me virando para ele.-Vocês só não foram testados ainda, mas vão ser.

Volto a andar.

-Se mudarem de ideia, estaremos aqui.-Ele fala.

(...)

Pela manhã:

Estávamos vigiando os caras do portão, mas logo fomos trabalhar. Arrancamos todas as plantações já que estavam ruins.

Agora

Amarramos os três e o colocamos de joelho perto do caminhão do swat.

-Nós não somos quem você está pensando.-O homem da perna machucada fala.

Nick vai mexer na bolsa deles.

-Não mexe nisso!-A mulher fala se levantando mas Alicia a segura.

-Calma, tá tudo bem.-O homem fala.

Luciana, que estava olhando o caminhão vem até nós.

-Vocês estão com eles!-Ela fala e trás uma bandeira com o número 51.

-Com quem?-A mulher pergunta.

-Os abutres.-Strand fala.

-Eu não sei o que significa.-Ela fala.-Mas talvez se vocês abaixarem as armas a gente pode se ajudar.E essa bandeira é de quem?O que fizeram com vocês?

-É a gente que faz as perguntas aqui.-Falo.-Essa bandeira não é sua?

Ela nega com a cabeça.

-Tá bom, mostra então onde achou.-Falo.

Levanto ela a levando até a parte de trás caminhão e o resto trazem os outros.

Ela marcou no mapa o lugar e Luci foi dirigindo.

(...)

Eu estava olhando pela janela que havia alí atrás.

-Está procurando alguém?-A mulher me pergunta.-O que fizeram com você?

Me sento de frente para ela mas não respondo.

-Ela não vai falar, então vamos deixar ela quieta.-O homem fala.

-Eu só tô tentando ajudar, estamos todos respirando, estamos no mesmo time.-A mulher fala.

-Onde temos que virar?-Nick pergunta.

-Já deveríamos ter chegado.-Strand fala.

-E ela falou o caminho certo?-Luciana pergunta.

-Eu falei, só que não até o final.-A mulher fala.

-Acho que você não tá entendendo como funciona aqui.-Falo e me levanto.

-Al, não vale a pena.-O homem fala.

-Vai ter que ser do nosso jeito.-Al fala.-Você tem algo que eu quero:a sua história, e eu tenho algo que você quer:onde achei a bandeira.Mas não vou deixar vocês levarem minha van e não vou mais permitir ameaças.

-Bom, mas é assim que vai ser.-Falo.

-Sabe quantas vezes eu já fui amarrada?-Ela pergunta.

Chego perto para olhar sua corda e ela me chuta, se levantando e colocando uma faca na minha garganta.Ela tinha se soltado.

-Solta, solta!-Ela fala pois eu estava com uma faca na mão.

-Calma!-Strand fala e aponta a arma para ela.

-Solta!-Ela fala.

-Ei.-Alicia fala abaixando sua arma e eu e Strand fazemos o mesmo.

-Não se mexam.-Al fala.-Para o carro!

-Não, Lucy.-Falo.

-Faça o que ela está mandando.-O homem, que ainda estava amarrado fala.

-Melhor acalmar, não precisa ir além disso.-O outro homem fala.

-Para o carro e tira as mãos do volante.-Al fala.

-Não faz isso, Lucy.-Falo.

-Luciana.-Strand fala mostrando alguns zumbis que haviam alí na frente.

-Mudanças de planos.-Al fala.-Continue e dá meia volta.

Dou uma cotovelada nela e abaixo pegando minha faca.Ela me empurra fazendo eu parar lá na cabine e batendo em Luciana que estava dirigindo.

O carro saiu da estrada e bateu em uma árvore.

(...)

Acordo com a cabeça doendo e percebo que ela estava sangrando. Vejo Lucy sentada no banco e a mulher e os homens se soltando.

Depois eles saíram e deixaram a porta aberta.Os zumbis estavam chegando.Depois disso eu desmaio.

(...)

Madelyn e Alícia Where stories live. Discover now