Caso De Loucura

7 0 0
                                    


Não me rotulo.

Não que eu olhe com maus olhos as bandeiras, causas, pensamentos, crenças e suas religiões;

Apenas não me rotulo.

Mesmo que eu concorde e apoie certos pensamento e causas; Apenas não me rotulo.

Não me encaixo.

Deixe-me então pensar que sou diferente, estranha, única.

Há muitas outras antes de mim. Há muitas outras em mim e virá muitas outras depois de mim. Estou em constante mudança e gosto de ser gentil comigo, embora muitas vezes eu seja cruel comigo.

Gosto de pensar que não serei eu a agredir a próxima depois de mim. Esta que talvez nem concorde mais com tais crenças e bandeira das outras passadas.

Apenas não me rotulo.

Não sou algo ou coisa a ser lida, compreendida de maneira estranha, caótica, resumida a vários nadas no tudo da mente de alguém; A qual não se refere a mim, mas se espelha ao ler meu rótulo, encarando um reflexo borrado, abstrato de si.

─ A partir daqui as coisas serão confusas. Aviso-lhes. ─

Apesar de difícil compreensão o que escrevo, por que eu paro e penso sobre não ter sentido algum o que escrevo, também paro e penso: Que se eu penso, eu não escrevo, logo volto a escrever esse vômito de insanidade sem sentido e repleta de sentido que escrevo.

Gosto desse lado meu que sorrir ao escrever coisas descabidas de sentido, preenchidas de loucura que apenas outro louco acharia entre os micros espaços entre as letras, entre esta figura, afronta linguística que sou eu escrevendo. É descabido de compreensão, mas tem inteligência.

Há inteligência na loucura. A inteligência e a loucura são completares.

Não precisa ter sentido, não tem, não terá e nem quero... O por quê? Na verdade é bem simples.

Não me rótulo.

Então leia-me, mas saiba que entre as letras de mim, há espaços como vidro que refletem, devolvendo para si um reflexo seu. 

O Vazio Que Nos AtraiWhere stories live. Discover now