Afrontando Deus

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Eu sou tão apegada.

Logo eu que sempre me achei de espirito tão livre e rebelde. Justo eu... Tão apegada.

Apegada não, possessiva.

Sou tão egoísta... E teimosa... Deus eu sou insuportável.

Pessimista, sempre reclamo de tudo, o meu café nunca está quente o suficiente e meu chá nunca gelado o suficiente. Gosto de sol quente, mas reclamo do calor.

Acho chuva tão gostosa e acolhedora para se dormir com um amor; Mas odeio as poças de água e os carros que jogam a lama suja de esgoto quando passo na rua.

Sou tão ingrata.

Que as vezes tenho pra mim que Deus teria que me mandar mais trinta vezes para terra, somente para eu entender que o maior presente da vida é viver.

Mas eu com a minha estupidez de mente curiosa e afrontosa, quero questionar a soberania de Deus.

Do que me serve a vida se todos os dias sou destinada as mesmas coisas? O mesmo sol quente e o café frio?

Que presente é esse que o criador pode me dá com o seu sopro sobre mim que me desperta tanta ingratidão?

As vezes me dá raiva de Deus.

Talvez seja a minha alma afrontando o criado, lhes dizendo:
— Pouco me importa a vida, me importa mais o café quente e sol mais ameno.

Então... Deus em sua soberania e sabedoria diz para mim:
— Criatura insignificante e burra, como tu podes assoprar o café quente sobre o sol ameno da manhã, sem o sopro da vida?

O Vazio Que Nos AtraiWhere stories live. Discover now