Capítulo 43

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LAILA HÉRNANDEZ

Sinto meu corpo pesado, mesmo que eu ainda esteja com os olhos fechados, sei que meu corpo não está normal. Abro meus olhos, encontrando o quarto ainda escuro. Asier está com um braço em volta do meu corpo, mas não é isso que me incomoda. Estou com uma sensação que algo está preso na minha garganta. Retiro o braço de Asier de mim, me sentindo na cama e passando a mão pelos cabelos.

Shit. – grito em inglês, correndo para o banheiro em seguida.

Caio de joelhos em frente ao vaso sanitário. Por sorte a tampa já estava aberta, então o vômito sai rapidamente do meu corpo. Sem nada mais para colocar pra fora, meu corpo continua a expelir a água do estômago. Minha cabeça dói, sinto meus braços moles. Após a sessão de vômito acabar, passo o dedo no sensor em cima do vaso e observando ele dar descarga.

Sem forças pra levantar, deixo meu corpo se sentar no chão e sinto meu coração mais acelerado. Logo ouço os passos de Asier até mim, ele se abaixa e me pega em seus braços, me levantando até o quarto e me colocando deitada na nossa cama. Já que depois do casamento, a empregada trouxe todas as minhas coisas pra cá.

— Eu estou bem – sussuro, aceitando a água que ele me dá.

— Já chamei o médico, ele está à caminho. – aumenta a ventilação do ar-condicionado, deixando tudo mais frio – Hoje é a segunda vez que te encontro passando mal. Está acontecendo alguma coisa?

— Asier.. eu.. – o barulho da porta me deixa calada.

— Senhor, desculpe interrompê-lo. Mas o médico já chegou. – a governanta fala trás da porta, com uma voz de sono.

— Pode mandá-lo subir. – Asier responde.

— Depois que ele for, pode ir descansar. – falo.

— Obrigada, senhora. – ouço seus passos se afastando da porta e logo respiro fundo.

Não demora muito e o médico bate na porta. Ele já veio acompanhado de dois seguranças da casa, fazendo a escolta. O médico é um senhor de idade, que parece já conhecer bem o meu marido. Ele fez algumas perguntas básicas, sobre o que ando comendo, se faço exercícios e como anda meu fluxo menstrual. Após alguns minutos ele decidiu fazer um exame de sangue.

Asier não saiu do meu lado em momento algum, da forma que ele olhou para o médico quando, ele foi me ajudar à tirar o robboy para que pudesse medir minha pressão, foi assustadora. Mas com uns vinte minutos de consulta, ele retirou dois frascos de sangue para o exame, disse que minha pressão estava boa e receitou um chá para o enjoo.

— Você ouviu o médico, têm que melhorar sua alimentação, Laila – Asier fecha a porta, após o médico sair do nosso quarto.

— Não comece com esse papo – resmungo, pegando a coberta e cobrindo até a cabeça – Desligue à luz, quero dormir.

— Amanhã temos que ir à um jantar, não se esqueça.

— Não há como esquecer.

Vendida pra ti Where stories live. Discover now