capítulo 55 🤍🖤

84 5 20
                                    

Bruna 🤍

Ele para o carro quando estaciona na vaga de cliente no hospital. Ainda estou em choque. Minhas mãos estão tremendo. Minha perna está latejando de dor.

- Pegue a arma e me siga. - ele manda. Eu não mexo um músculo se quer.

Não quero matar ninguém. Não quero ter que fazer mal e complicar a vida das pessoas no hospital.

- Anda logo. - Meu pai aponta a arma que está em suas mãos em minha direção.

Com medo eu seguro a arma. Sem nem se quer saber como usá-la. Meu pai continua andando e eu o sigo.

- Ande pelos corredores lá em cima, ache sua mãe. Se o seu namorado tentar te atrapalhar mate-o antes que eu mesmo faça isso. - ele diz no meu ouvido. - Eu cuido de todo mundo por aqui.

Meus pés se movem em direção as escadas. Subo lentamente, ouvindo casa tiro que meu pai da lá em baixo. Ando mais um pouco e chego ao quarto de minha mãe.

- Mãe... - a chamo. Ela está chorando. - você está bem?

Ele me chama para mais perto.

- Estava preocupada com você. - ela me abraça forte. - Eles disseram que o seu pai enlouqueceu e levou você daqui. Fico feliz que tenha voltado.

- Vim buscar você. - algumas lágrimas invadem meus olhos. - Ele me obrigou a fazer isso mãe. E disse que seremos uma grande família feliz.

- Mentira.....- minha mãe arregala os olhos. - não acredito que seu pai fez tudo isso.

- Ele está matando pessoas lá em baixo e eu não tenho ideia do que ele pode fazer se não voltarmos.- digo, colocando uma de minhas mãos em meus olhos.

- Será que dá para fugirmos ?- ela pergunta.  Levantando da maca. - Não posso deixar ele fazer mal nenhum a você. Não mais.

- Não da mãe. - nego, meus olhos estão embasados de tanto que estou desesperada. - ele colocou um homens ali fora. Eu todos os cantos. Não podemos fugir. Ele vai conseguir o que quer de um jeito ou de outro.

- O que vamos fazer então? - ela pergunta, frustada pela tentativa de fugir ser um erro.

- Tem um telefone aqui?- pergunto, andando pelo quarto. - Talvez possamos ligar para polícia.

- Não, mas o Léo pode ter!- ela diz, me olhando com a esperança filtrada nos olhos. - vocês sempre estão com o celular na mão e talvez ele também esteja com o dele aqui no hospital.

- Não podemos ir até ele mãe. - olho para baixo. - O meu pai proibiu e disse que se o Leonardo atrapalhar... É para eu matar ele ou se não ele fará isso. - digo e minha mãe parece não acreditar em minha palavras. - Não quero colocá-lo em toda essa confusão novamente.

- Meu amor, - minha mãe meche no meu cabelo. - Talvez ele queira te ajudar. A mãe dele veio aqui e disse que ele estava péssimo pelo que aconteceu a você.

Dou de ombros. Não vou colocar ele nessa situação de novo. Eu o amo muito e mesmo que eu sei que ele é o único que pode me ajudar agora eu não quero. Não quero que ele sofra algum risco por minha causa.

- Vamos mãe. - estendo minha mão. - É melhor nós irmos. Aquele louco já deve estar desconfiado da nossa demora.

- Tá bom. - ela aperta minga mão e me conduz para fora do quarto.

Finalmente me sinto protegida. Só de segurar a mão da minha mãe sei que tudo vai ficar bem. Com ela aqui tudo fica bem.

Continuamos a andar até que sinto um puxão e entro a força dentro de um quarto.

- Oi.... Estava com saudades. - Leonardo me abraça.

Não respondo, ao invés de correr para seus braços e abraça-lo eu o empurro para longe, apontando uma arma em seu peito.

- Fica longe de mim, Leonardo. - digo e ele me olha no fundo dos olhos. Ele não está com medo e nem nervoso. - Se chegar mais perto eu vou atirar.

- Eu te amo Bruna. - ele diz, o que faz meu corpo vacilar um pouco. - Você não tem coragem de atirar em mim. Por favor, solta isso.

Leonardo se aproxima, encostando o peitoral na arma. E ele estava certo, não tenho coragem para atirar nele e nem em ninguém.

- Você não entende. - digo com raiva. Por que ele tem que ser tão perfeito ao ponto de eu querer jogar tudo para o alto e só o abraçar ? - Meu pai não vai deixar uma alma viva se quer aqui dentro se eu não voltar lá em baixo.

- Mas você não precisa voltar. Já chamamos a polícia. Ele não vai sair daqui e se você ficar aqui dará mais tempo para os guardas chegarem e levarem ele para longe.

- E as pessoas que vão morrer nesse processo? - pergunto e ele fica quieto. - Não posso deixa-las morrerem enquanto eu fico aqui esperando ser salva. Se eu voltar, ninguém vai morrer.

- Mas eu não posso deixar você sair e sumir das nossas vidas. Sua mãe, eu e minha família não podemos perder você de novo. Custe o que custar. E não se culpe se ele matar pessoas, ele que será o mostro. Não você. Ele que matou Bruna, não você.

- ABRAM A MERDA DESSA PORTA!!!- ouço meu pai gritar e eu solto a arma, me assustando. - SE NAO ABRIREM EU VOU ARROMBAR!!!

Leonardo me puxa pela cintura e me abraça, pegando a arma. Ele aponta a arma para a porta, só esperando meu pai abri-la.

------------------------------------------------------------------

Até a próxima meus xuxus 🤍🖤

A Aposta---- Léo Alves.Where stories live. Discover now