Improváveis

51 - Que sede!

O árbitro joga a bola para o alto, Juanito e outro jogador, lutam pelo controle.

—Juanito, capitão do time Titãs ISC passa pela defesa dos Bulls, deixando-os maravilhados ao fazer uma bandeja espetacular, dando aos Titãs uma vantagem inicial. Mas os Bulls não são de recuar. Seu centro, David domina a pintura, pegando rebotes e acertando enterradas estrondosas. Com a multidão de pé, os Bulls rapidamente o alcançam e o placar fica pescoço a pescoço.

Mais uma cesta do Juanito, que imediatamente fez um coração na direção da Rosa que quase se derreteu ao meu lado e ainda apareceu no telão toda apaixonada.

A equipe rival acaba de fazer mais uma cesta. Eles são bons, mas nossos meninos são melhores.

—VAMOS JULIANOOO!!!!!!—Eu gritava.

Julian conseguiu agarrar a bola num passe lindo e fez uma cesta de tirar o fôlego, e como sempre, pude ler seus lábios dizendo: "pra você, miss simpatia"

—INACREDITÁVEL!!! O CESTINHA DO TITÃS ISC ESTÁ PRESENTE!

—ESSE É MEU NAMORADOOOO! —Eu gritava com toda empolgação e pra minha surpresa, provavelmente chamei a atenção de quem filma as pessoas da torcida e apareci no telão.

À medida que o jogo se intensifica, mais difícil fica dizer quem vai ganhar, os Titãs estão dando um show, mas os rivais não ficam atrás.
O estádio está vivo com aplausos, suspiros e tensão de roer as unhas, a multidão enlouquece a cada cesta.

Recebo uma mensagem do mestre Tácio. A foto do telão no exato momento em que eu apareci.

Varri meus olhos na arquibancada ocupada pelo ISC, e o avistei de longe mandando um tchau pra mim, apenas retribuí o tchau, e foquei nos últimos minutos do jogo.

Com segundos restantes no relógio e o jogo empatado, ambas as equipes sabem que uma jogada final pode decidir o resultado. Juanito deu um passe impecável pro Julian, que se dirige para a cesta e se eleva acima da defesa dos Bulls para uma enterrada que desafia a gravidade, marcando a cesta da nossa vitória.

A multidão irrompe em um rugido ensurdecedor enquanto os Titãs comemoram sua dura vitória.

—O jogo desta noite será lembrado como uma demonstração extraordinária de atletismo, habilidade e paixão. Ele serve como uma prova da beleza e da emoção do jogo de basquete, deixando todos maravilhados e ansiosos pelo próximo confronto emocionante. Meus parabéns Titãs ISC.

Depois da premiação dos meninos, Rosa e eu ficamos aguardando eles saírem do vestiário, pois o after depois do jogo seria uma festa em uma balada que tinha por perto.

Não demorou muito pro mestre se aproximar.

—Minhas melhores alunas, sempre bom ver vocês. —sorriu. —Vão pro after?

Estava todo de preto, um visual bem jovem. Dava pra ouvir os suspiros das alunas por toda parte.

—Sim senhor, mestre. —Rosa respondeu.

—Já disse milhões de vezes que fora do ring, eu sou o Tácio, Rosa. —ele sorriu. —Vejo vocês por lá.

—O mestre ainda te quer muito. —Rosa disse assim que ele saiu.

—Não viaja, Rosa.

—Não viu a forma como ele te comeu com os olhos?!

—Ele olha dessa forma para todas as garotas... ei olha só aquilo. —inclinei a cabeça na direção da Maressa quase tropeçando ao ver o mestre passar.

—Aí tem coisa. —Rosa pareceu pensar o mesmo que eu.

—Chicas, sinto mucho llegar tarde, mi manito Julián se estaba maquillando. —Juanito disse e recebeu uma cotovelada do Julian.

—Está tão Hermoso, amor. —Rosa o recebeu com um beijo.

Logo recebi meu abraço e beijo do Julian, estava tão cheiroso e o cabelo meio molhado de quem acabou de sair do banho me hipnotizou.

Seguimos a caminho da comemoração, e a balada já estava lotada de gente, música alta, luzes coloridas, muitas bebidas e fumaça para todo lado.

—NÃO QUERO FICAR PARADO!!! VAMOS DANÇAR!!! —Julian gritou me arrastando pro meio da dança.

Eu não tive escolha a não ser dançar com ele, estávamos cercados de "marias cestinhas" doidas por um vacilo meu.

Estávamos elétricos, mesmo sem uma gota de álcool no sangue, tanto que tivemos que dar uma pausa.

—Preciso ir ao banheiro —Julian disse.

—Eu te espero por aqui —Eu disse.

Julian saiu, e eu fui até o bar para pegar uma água, mas o bartender estava tão agitado preparando drinks que sequer me ouviu.

—Achei que não te encontraria, está lotado né? —O mestre Tácio disse.

—Pois é. —Não dei muita atenção. —Ei! você poderia me dar uma água, por favor? —pedi novamente.

—Água? Está na mão. —O mestre me estendeu uma garrafinha.

Não pensei duas vezes em aceitar. Estava morrendo de sede.

—Pode ficar com essa. —O mestre disse.

—Oi, voltei. —Julian disse e em seguida lançou um olhar fuzilante pro mestre, que foi se afastando aos poucos da gente. —Eu não posso sair de perto que aparece os gaviões.

Eu ri.

—Me dá um gole dessa água, amor?

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