🐫 Capítulo 48 🐫

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- Você não vai nos matar, Jade. - Beto afirmou com convicção.

Ela parece retornar à realidade.

- Afaste-se seu traidor! - Aproxima-se da janela. - É claro que vou. Você é um traidor da pior espécie. - Engatilha a arma e a aponta em minha direção. - Primeiro, eu vou eliminar essa alkaliba ordinária.

Assim que a vejo apertar o gatilho, fecho os olhos e espero sentir alguma dor. No entanto, ela não chega.

Quando abro os olhos novamente, noto Jade irada.

- Maldito! Você me enganou! - Aponta para Beto.

Um sorriso surge no rosto dele.

- Viu só, Jade? Não sou tão estúpido assim. Achou mesmo que eu acreditaria em vocês? - Aproxima-se dela. - Sempre que você se referia à Layla, fazia isso com ódio e rancor. Desde o início, eu sabia que não seguiriam o plano original. Eu tive que me precaver. E estava certo.

- Maldito embusteiro! A culpa é daquele incompetente do Jamal, que sempre foi um fraco manipulável. Nem para eliminar um imprestável como você, serviu.

- Não está triste pelo fim do seu cão fiel?

- Ele era útil, porém mais cedo ou mais tarde, eu teria que me livrar dele também. Você me fez um favor, estrangeiro. Mas agora tenho que eliminar dois embustes com uma cajadada só.

- Sério? E como você vai fazer isso? - murmurou debochado.

- Uma princesa sempre tem uma carta na manga. - Seu sorriso é cruel.

Percebo um reflexo brilhoso cruzar o ambiente em movimentos precisos e se cravar na perna direita do Beto. Ele grunhe de dor com a grande lasca de vidro.

- Ahhh! Maldita! - arquejou com a dor enquanto retirava o objeto e o lançava para longe.

Observo sangue esguichar do seu ferimento, manchando sua calça.

- Viu só, querido? Nunca subestime uma princesa! É como diz o ditado: "Quem com ferro fere, com ferro será ferido".

A fisionomia de Beto está transtornada. Mesmo demonstrando dor, vejo raiva surgir no seu semblante moreno.

- Você é quem está provando do seu próprio veneno, princesa. Se bem que agora está mais para bruxa. - Pega uma arma de dentro da sua calça. - Eu troquei as armas, Jade. Diferentemente da sua, essa está carregada até os dentes.

- Você não ousaria, plebeu maldito.

- Quer apostar? - Mira na direção dela.

- Não, Beto! Por favor, não faça isso! - pedi, não querendo ver mais sangue derramado.

- Isso, Beto. Ouça a sua princesinha! - disse com zombaria, dando um passo para trás e se aproximando da janela.

- Cuidado! - gritei quando a percebi se recostando na janela quebrada.

Ela me fita com os olhos arregalados, de surpresa, antes de se desequilibrar e cair, sumindo do meu campo de visão e indo em direção ao solo.

Mesmo que ela seja uma pessoa má e por mais que seja difícil para mim, eu corro até a janela. Não acredito na cena grotesca que está lá em baixo: o corpo de Jade está atravessado por uma estaca, no estômago; seus olhos estão esbugalhados, surpresos, e o sangue está se esvaindo dela. Ela está perdendo a vida lentamente. Ainda tenta segurar a estaca na tentativa de tirá-la, mas não há dúvidas de que é o seu fim. Antes de perder a vida completamente, vejo seus olhos sombrios me fitarem com todo o desprezo que existem neles.

Levo minha mão à boca para tentar conter a forte náusea que me toma e ainda faço gestos de vomitar, mas nada vem. Meus olhos ficam repletos de lágrimas e logo sinto dois braços ao meu redor, tirando-me da frente da cena horrenda.

Sob O Domínio do sheik Where stories live. Discover now