Capítulo 30

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ASIER HÉRNANDEZ

— Nome.

— Lo-Louis.

— Louis de quê? – afunda ainda mais a adaga no pescoço dele, fazendo-o sangrar mais.

— Louis Davis. – fala em um fio de voz – Ele.. ele..

Marisa afunda ainda mais a adaga, matando o homem que estava suspenso de cabeça pra baixo pelas correntes. Ela retira a adaga prateada, que brilha com o contraste do sangue viscoso. O som do salto começa a soar pelo galpão, a medida que Marisa se aproxima de mim com um sorriso vitorioso.

— Perdeu tempo espancado ele – me entrega a adaga cheia de sangue, fazendo seu percurso para fora do galpão.

Olho para Aaron que estava à minha esquerda e entrego a adaga na mão dele. Início meu percurso atrás de Marisa, limpando o resido de sangue que estava nas minhas mãos com um lenço. Logo atrás vem Javier e Aaron, sem vontade alguma de seguir a loira que usa uma calça de couro preta e uma blusa tomara-que-caia prata.

Os corredores da minha casa só emitem o som do salto de Marisa, como um sinal de perigo, todos os funcionários saem do caminho, deixando a loira chicotear seus cabelos de um lado para o outro. Chegamos em meu escritório, ela se aproxima do banheiro e abra a porta, ouvimos barulho de água. Me sento em minha cadeira, logo Aaron senta-se à minha frente e Javier se joga no sofá do escritório.

— Louis Davis. – Javier repete – Ele não é filho mais novo de William Davis, o produtor de uma série da Netflix?

— O que um filhinho de papai estaria comandando uma gangue? – pergunto, mas todos me olham com supresa e Marisa sai do banheiro com um sorriso no rosto.

— Você era um filhinho de papai, agora comanda a maior máfia da Europa. – Marisa ironiza, sentando-se ao lado se Javier.

— Eu lutei e luto por tudo que tenho hoje. Meu pai nunca facilitou nada pra mim, mas ele, Louis Davis têm tudo o que quer.

— Revolta? Talvez ele quisesse algo que eu o pai não estava disposto à dar. – Aaron pontua – Esses meninos têm a mania de ir atrás do que querem, mas acabam se dando mal.

— Não me importa o que levou ele à fazer isso, vamos matá-lo e acabar com essa palhaçada – Javier da de ombros – Assunto encerrado.

— Não, gato. As coisas não funcionam dessa forma, se não for Louis o causador de tudo isso, o verdadeiro comandante vai acabar com a nossa imagem – Marisa rebate.

— Precisamos fazê-lo confessar. – digo.

— Las Vegas. — Marisa abre um sorriso.

— A cidade do pecado? – Aaron questiona curioso.

— Sim. Pessoas ricas gostam de esbanjar, se ele não estava com sua gangue ele pode estar lá. Não é tão longe de Now York e provavelmente ele não estará sozinho.

— Quer acompanhá-lo, Marisa? – abro um sorriso para minha prima, que morde o lábio inferior e bate palmas.

— Será um prazer matá-lo enquanto me olha com desejo.

— Você é maluca. – Javier faz uma careta, ela apenas dá de ombros. Mas o barulho de porta faz eles se calarem, todos encarando a porta em silêncio.

— Entre – autorizo. Laila aparece espantada, usando uma calça de pano social e uma blusa decotada vermelha. Os olhos curiosos varrem o escritório, parando em Marisa que deixa os olhos verdes em fendas – Entre, Laila.

— Não.. não será necessário – engole seco, desviando o olhar da loira – Vim apenas avisá-lo que irei sair com sua mãe e sua tia Tasha.

— Onde vão?

— Ao shopping.

— Que horas retornaram?

— Irá perguntar a cor da calcinha dela também? Larga mão de ser controlador, Asi. – Marisa se intromete, levanta-se e vai até Laila com um sorriso – Sou Marisa Savóia.

— Laila Ahmad – oferece sua mão, Marisa aceita e abre um sorriso.

— Asier pode ser um babaca as vezes, apenas o ignore e faça suas coisas – ironiza – Quer se juntar à nós?

— Uma outra hora, agora eu preciso ir. – Laila sorri, olhando de canto pra mim – Até mais, meninos.

— Até. – Aaron e Javier dizem juntos, Laila sai e fecha a porta. Marisa se vira pra mim com um sorriso.

— Adorei ela.

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