Ser fã é ter um amor puro, amar cada detalhe é saber aceitar ser feliz com a felicidade de outra pessoa. Um amor platônico capaz de fazer você enxergar todas as pessoas como seres comuns e incapazes de te fazer se apaixonar por alguém além daquela p...
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Mabel Atlanta, Geórgia.
As vezes uma vida monótona parece mas confortável, normalmente porque todos os dias são exatamente os mesmo, sem correr riscos. Mas o que exatamente algo confortável me tirou? Quando beijos eu deixei de dar? Quantas pessoas eu não me permiti conhecer ? Quantas paixões eu perdi?
— Mabel — Javon me chamou enquanto seguíamos para saída do campo. Me virei encarando o Garoto — Tá livre o resto da tarde ? — ele perguntou.
— Acho que sim, porque? — o fitei interrogativa.
— Vou cumprir minha parte do trato — ele sorriu logo passando na minha frente. Encarei a figura do garoto se afastando tentando lembra do que ele estava falando.
Depois do jogo do Daelo, acabei indo para casa dos Walton. O mais novo entrou em uma conversa sobre baseball demonstrando sua empolgação com a vitória de hoje e eu me mantive focada no assunto. Alguns minuto depois Jin subiu para tomar banho e eu acompanhei Javon até a garagem da casa.
— Não, Definitivamente não! — disse assim que vi Javon com uma bicicleta.
— Eu disse que ia te ensinar — ele sorriu. Fechei os olhos e me amaldiçoei por não ter me recordado disso.
— Wanna, eu sou um perigo em cima dessa coisa.
— Relaxa, prometo não deixar você se machucar — ele caminhou até mim ainda com a bicicleta. Respirei fundo e analisei o veículo, ou sei lá o que é isso.
— Não devia ter uma rodinha ou algo assim ? — ergui as sobrancelhas.
— Você não tem idade pra rodinha — ele riu.
— Mas pelo menos assim eu ia me sentir confortável.
— Você pode ficar confortável, se decidir confiar em mim — ele estendeu sua mão. Encarei Wanna ainda meio tensa, peguei sua mão e montei na bicicleta — Tenta focar seu olhar na direção que quer ir e parar de olhar pros seus pés — ele riu.
— Para de rir — Encarei ele.
— então para de tremer — ele riu — Coloca o pé no pedal — coloquei as mãos no guidão e os pés no pedal.
— Meu Deus ! — Disse assim que a bicicleta tremeu, coloquei os dois pés no chão e ouvi a risada do garoto. O olhei de cara feia.
— Você é ótima nisso — ele riu — Eu vou segurar no banco e no guidão pra ajudar você a se equilibrar, tudo bem? — ele perguntou e eu balancei a cabeça concordando.
— Cuidado com essa mão Wanna — lancei um olhar ameaçador pra ele.
— Pareço esse tipo de cara ? — Ele ergueu as sobrancelhas.
— Não — Sorri — o que eu faço agora? — as mãos dele foram colocadas em cima da minha e eu senti a bicicleta ser empurrada pra frente.
— Mantenha o olhar na direção e pedala. — Fiz o que ele pediu ainda tremendo um pouco. — Vou soltar aos poucos ok ?
