Twin Flames. - Johnny Depp.

Capítulo 11.

*atendendo os muitos pedidos, atualização pra vocês. 💛😂
quero agradecer por todo carinho com essa estória, pelos comentários. isso me incentiva muito, não canso de dizer. infelizmente é difícil dedicar 100% do meu tempo para isso, mas não pretendo desistir. ❤️

Viajem.

A viajem é longa, mas acho que era preciso ficar um pouco sozinha com meus pensamentos e sentimentos. As coisas aconteceram e mudaram muito rápido, eu precisava desacelerar um pouco. Preciso focar mais em mim e na minha saúde mental e física. Ficar bem; me curar.

Temo que eu não veja mais Depp. Mas creio que durou o que tinha para durar. Relacionamento é o que menos queremos agora. Mas ainda sim é ruim partir sem vê-lo uma última vez.

Tate vive numa pequena cidade afastada perto de sua faculdade; o que me rendeu três horas de estrada. Ela mora com seus dois namorados; Alícia e Otto. Sim, um "trisal". Obviamente o próprio inferno pra nossa família. Não é uma coisa que eu acho que dê certo pra mim, mas respeito. Os três são muito fofos e habitam num mundo só deles.

É ótimo abraçar Tate e não ter que falar pelo celular. Tinha quase esquecido de sua energia tão boa. Ela me faz rir várias vezes e não para de falar nem por um segundo. Me fala sobre suas aulas e de como a vida em conjunto é uma loucura, mas que tudo está correndo perfeitamente bem.

Eu conto sobre Rodrigo também. É claro que ela não perde a chance de xingá-lo o máximo que pode. Sempre o detestou. "Eu disse que ele não prestava!","Você deveria ter me escutado, Laura!", "Aquela vadia da Chloe! Eu vou bater nela!".

- Laura... - Tate de repente para com as panquecas na frigideira e me espera dar atenção. - Quem é esse cara misterioso que está fodendo com você esse tempo todo?

Eu conto dele por alto, procurando não me aprofundar muito. Mas Tate é detalhista e curiosa. Mas não quero falar de Johnny para ela, não agora. Minha prima sempre foi essa pessoa louca por muitos artistas, e tenho quase certeza que na parede do seu quarto ainda tem um pôster de Edward Mãos de Tesoura; e outro de um ensaio com Johnny sem camisa. Sério, não estou pronta para essa conversa agora.

À noite estamos bebendo vinho e fumando maconha; com Otto ensaindo para uma peça na faculdade. Tentamos ajudá-lo, mas ríamos como loucas ao invés. Alícia está preparando um delicioso macarrão, com a massa feita por si própria. Ela é doce e muito boa na cozinha.

Tate está voltando do banheiro quando alguém bate na porta. Nos olhamos confusos. Não era para ninguém estar ali naquela hora. A sala está inundada pela fumaça da maconha e do incenso e estamos bêbados por completo. Tate tenta inutilmente arrumar seu cabelo para melhorar seu estado. Presto atenção à sua expressão ao abrir a porta. Fico ansiosa porque não faz e nem fala nada. É algum fantasma ou o quê?

- Quem é? - Alícia pergunta também curiosa da cozinha, tentando jogar a cabeça para tentar ver, mas está presa com a panela no fogão.

Tate continua sem reação, então decido checar.