04 Leona

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Ficamos ali mesmo perto do bar, assistindo o show que estava bem animado, as pessoas cantavam e pulavam junto com ele, que também estava numa energia muito legal no palco.

Eu ainda estava no meu primeiro copo de cerveja, não sou de beber muito, mas acompanho elas, só que bebendo bem menos.

Mapô estava conversando com um rapaz, bem bonito, conversavam ao pé do ouvido, posso estar enganada mas senti um clima entre eles.

Mireli me abraçou no momento de uma música mais calma e beijava meu rosto cantando, ela não estava bêbada não, ela é assim sóbria ou bêbada, ela demonstra tudo o que sente mesmo.

Depois de um tempo o show acabou, compramos mais bebida, eu fui de cerveja de novo.

Mireli: Vamos pro camarote meninas, R7 já me mandou mensagem querendo saber por onde eu ando.

Eles tem um rolo que não entendo muito bem, são solteiros, ficam sempre, não escondem de ninguém, mas não se assumem.

Fomos andando uma atrás da outra até chegar na escada que leva ao camarote, antes de começar a subir a escada eu abaixei um pouco a parte de trás do meu vestido que é um pouco justo.

Chegamos no camarote e não tinha muita gente, alguns rapazes com armas grandes, acho que são seguranças do chefe que estava sentado num sofá com uma mulher no colo.
Num outro canto estava R7, Ciclone, Palito e o cantor que já tinha trocado de blusa, tinha algumas poucas mulheres que até nos encararam quando entramos.

Mireli foi na frente e chegou dando um selinho no R7 e ele falou alguma coisa no ouvido dela.

R7: Fala Mapô, beleza? - ela balançou a cabeça pra ele - Tudo bem Leona? Parabéns aí pelo seu aniversário, falo?

- Obrigada.

Palito e Ciclone também me desejaram parabéns e o cantor balançou a cabeça me cumprimentando, eu balanço a minha também.

Fui pra perto da grade junto com Mapô enquanto Mireli conversava com R7.

Mapô: Seu herói é mais bonito de perto.
Ela me deu um toque de leve com o ombro.

- Sim eu percebi.
Sorri pra ela e dei uma olhada rápida por cima do ombro e vejo ele me olhando.

- Você acha que eu tenho que agradecer ele por ontem? Quis falar mas fiquei sem jeito.

Mapô: Agradecer nunca é demais, quando der você fala.

Ficou eu e ela dançando perto da grade, Santos um amigo nosso veio falar com a gente.

Santos: E aí princesa, vim te dar um abraço de parabéns.
Ele me abraçou e beijou meu rosto, senti ele me secar quando me olhou de cima a baixo.

- Obrigada.
Ele também falou com Mapô e ficou ali com a gente.

Mapô: Tá todo bonito em Santos, tá de namorada ou ficante?

- Que nada, quem eu quero não me quer.
Me olhou e eu desviei o olhar, ele sempre que pode me manda indiretas. Já pediu pra ficar comigo, mas nunca senti vontade, e olha que ele é bonito, simpático, mas não rola, prefiro ele como amigo, mas ele não desiste, brasileiro né.

Mapô: É sempre assim, mas só consegue quem não desiste.

Santos: Tô ligado, vai que um dia acontece.

- Ei, eu estou aqui, estão me deixando sem graça.

Chamaram ele perto da escada e ele deu um beijo no meu rosto e no da Mapô e foi andando, ele é um dos poucos que tratam ela como mulher.

- Amiga para de ficar colocando pilha no Santos, ele fica com esperança e eu já disse que não rola.

Mapô: Tadinho, tão bonitinho e rende pra você se fosse comigo já tinha dado um trato.

- Tu não perde tempo.
Virei pro lado, procurei Mireli e ela estava abraçada com o macho dela, passei o olhar por todos alí e encarei um par de olhos um pouco puxados me encarando. Sustentei por alguns segundos, mas o olhar dele foi mais forte e eu desviei, virando de frente pra minha amiga.

O mesmo rapaz que Mapô estava conversando lá embaixo, agora estava aqui em cima e chegou perto dela de novo. Eles estavam numa conversa animada, que resolvi deixar eles um pouco sozinhos.

- Amiga vou no banheiro e já volto.

Saí de perto deles me sentindo observada, entrei no banheiro, fiz xixi, lavei minhas mãos e ajeitei meu cabelo de frente pro espelho.

Saí e fui até o bar pegar uma cerveja, a terceira da noite, daqui a pouco vou beber uma água pra equilibrar.

Senti uma presença do meu lado, um perfume bom, virei minha cabeça pro lado me deparando com os olhos puxados.

Filipe: Oi, vim saber se tu tá de boa, depois do que aconteceu ontem.

- Oi, estou sim, eu ia te agradecer mais uma vez.
Sorri meio sem graça, só de lembrar do acontecido.

Filipe: Faria tudo de novo. Vi que tu tá de aniversário hoje - concordei com a cabeça - Muita saúde pra tu, parabéns.
Ele falou e me encarou por uns segundos, isso tá me deixando sem graça.

- Obrigada.
Bebi um pouco da cerveja pra disfarçar, ele bebeu um pouco da bebida dele também.

Filipe: Tô indo tomar um ar lá fora, quer ir comigo, é rápido.

Pensei por um segundo, e resolvi ir, já que as minhas amigas estão ocupadas.

- Pode ser
Ele foi andando por um outro caminho e saímos por trás do baile, ele andou até encostar num carro grande, branco, olhei pro lado e vi bem poucas pessoas por alí.

Filipe: Te falar que te olhando assim mais calmo, tu é bem bonita.
Ele passou o olhar por meu corpo de cima a baixo, senti um certo incômodo, mas nada de ruim, não sei lidar com elogios de homem.

Filipe: Não precisa ficar sem graça, papo reto, é só pra tu saber o que acho.

- Tudo bem. Gostei do teu show,  energia muito boa.
Mudei de assunto.

Filipe: Valeu, tento dar o meu melhor em cima do palco.

- Tá conseguindo.

A conversa parou e ficamos em silêncio, olhei pro lado, percebendo agora que tem bem menos pessoas, olho pra ele e sinto meu rosto esquentar  com seu olhar, uma tensão entre a gente.

Filipe: Quer chegar mais perto não? Tá aí toda distante, mordo não, só se pedir.
Ele deu um ar de riso

Dei dois passos pra frente ficando mais perto dele.

Filipe: Queria muito fazer uma coisa, mas tô na dúvida? Não sei se posso, mas quero muito.

- Só vai saber se fizer.
Nem eu mesma acreditei no que falei, mas falei.

Ele segurou na minha mão que estava pra baixo e me puxou pra bem junto dele, me deixando cara a cara.

Filipe: Tô doido pra te beijar - a voz mais baixa e rouca dele me deixou muda, olhei em seus olhos que olhavam meus olhos e minha boca.

Passei a língua pelos lábios e deixei ele se aproximar mais juntando nossa boca. Ele puxou um pouco meu lábio inferior e chupou, suspirei fundo e dei passagem pra sua língua, sentindo uma mão sua rodear minha cintura e a outra entrar no meu cabelo segurando minha nuca.

Conto com comentários e curtidas de vocês pra engajar a história 😉


Meu Raio de SolOnde histórias criam vida. Descubra agora