Capitulo 2 - Farra, Pinga e Foguete

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Notas da autora:

Oi,  gente!! Mais um cap pra vcs! E devo avisar que este não será o último capítulo! Tava ficando muito grande (10k de palavras!) então eu tive que dividir em 2 partes, então agora é a parte 1!

Espero que goxtem o capitulo! Sem enrolar mais, boa leitura!

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Minas Gerais

Estava dirigindo minha minivan na estrada de terra, já dentro do terreno da Bahia. A propriedade dela era grande, praticamente o mesmo tamanho que a minha. Como hoje estava sol, eu usava óculos escuros e chapéu.

Deixei um sertanejinho tocando no rádio e fui curtindo a estrada sozinho. Eu ia trazer a Capixabinha e o Rio comigo, mas eles não estavam prontos, acharam que eu estava indo cedo demais.

O que não é muito mentira não, a turma combinou de começar a chegar meio-dia, e agora ainda era 10h20 da manhã. Mas eu sei que eu não era o único, mais gente ia chegar antes pra começar a preparar a comida.

Aos poucos fui passando pelas plantações da Bahia. Cada estado era responsável por alguma produção agropecuária, até o São Paulo, que era o mais urbanizado de nós, cuidava sozinho de plantação de café. Já eu era mais do gado, produzia carnes e leite, além de feijão também. Da Bahia, passei por sua plantação de cacau e de cana-de-açúcar. Eu sei que ela produzia outras coisas também, mas não passei perto.

Sua casa ficava bem no centro do terreno. A estrada então deixou de ser de terra pra se tornar uma estrada de blocos de pedra.

Conforme me aproximava da casa central da baiana, passava por outros estabelecimentos. Vi o "prédio" que ela usava pra preparar seus produtos pra exportar pros outros países, e distribuir pros outros estados daqui também, claro! A gente vive trocando produtos um com o outro, sempre querendo pegar o que não tínhamos ou o que o outro produzia melhor. Tipo meus pães de queijo, a erva de mate do Rio Grande do Sul, a cerveja artesanal da Santa Catarina, o açaí do Pará, os revólver do Rio ou o cacau da Bahia.

Tá, a parte do Rio foi brincadeira! Hehehe ...ou será que não?

Bem, passei pela casa onde de fato a Bahia morava, uma arquitetura linda e bem colorida. Ela curtia esse design mais alegre. Um pouco depois dessa casa é que estava o nosso destino de fato.

Como Bahia era anfitriã de muitas festas dos estados, ela construiu esse "salão" de eventos enorme e a céu aberto que ficava separado de sua residência. Se andasse um pouco mais à frente, nos depararíamos com o que chamamos de "Hotelzin dos 'preguiça-de-voltar-pra-casa- hoje'", que foi construído justamente por acontecer de, após várias festas aqui, muitos acabarem dormindo na casa da baiana, e lá definitivamente não tinha espaço pra tanta gente. Às vezes até o Brasil dormia aqui também, e sempre na rede! Bem humilde.

Esse hotelzin era basicamente uma casa típica baiana, só que apenas de quartos e dois banheiros. Haviam 4 quartos com camas e beliches, era praticamente um Big Brother e eu tenho certeza que ia dormir aí hoje, por isso já trouxe minha malinha de passar a noite!

Por um breve momento mordi o lábio enquanto manobrava a minivan... Será que o Matin vai dormir aqui hoje também? Não faço ideia... Eu nem tive a chance de falar com ele hoje de manhã... e eu queria muito falar com ele! Eu tinha ficado sem graça ontem por termos... dado um selinho sem querer. Mas depois de dormir, vi que esse assunto tava muito mal acabado, então eu queria... falar.

Por mais que eu tivesse acordado cedo, quando cheguei na sala, o sul-mato-grossense cabeludo já não estava mais ali. Ele tinha deixado as roupas e as cobertas que emprestei bem dobradas em cima do sofá e suas roupas sumiram. É, ele deu no pé... Será que ele... nem vai olhar na minha cara hoje? Fiquei chateado de imaginar...

Apaziguar | MSxMGWhere stories live. Discover now