2° Explicações

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- "Achei que a festa era lá embaixo."

- Oh, esse é o seu quarto? Eu sinto muito.- A garota se levantou rapidamente, fazendo-o rir.
- Pode ficar.- Ele sorriu fofo, sentando-se na cama.- E a propósito, eu adorei a sua roupa.
- Obrigada.- Alice sentiu suas bochechas queimando enquanto me sentava ao seu lado. Ele riu, a encarando por alguns segundos.- Pare.
- Eu sinto muito.- Ele sorriu, continuando o que fazia.
- Você ainda está me encarando.
- É que eu sinto como se já te conhecesse.
- Acho que não.- ela soltou um risinho lembrando da fuga alguns minutos atrás.
- Você me parece familiar.- Ele olhou-a mais atentamente, um sorriso aparecendo em seus lábios.- Alice Turner.
- Como sabe meu nome?- Seus olhos arregalaram-se automaticamente.
- Todos te conhecem. Você é a garota louca que foi mandada para o manicômio.- Ele deu de ombros fazendo-a revirar os olhos.
- Eu já deveria saber.- Alice sussurrou, levantando-se da cama com os olhos cheios de lágrimas. Só as lembranças dos dolorosos anos nessa cidade a faziam querer voltar para a clínica. Todas as pessoas daquele lugar eram iguais, ninguém se importava com você ou os seus sentimentos, eram todas frias demais.

- Ei, eu sinto muito. Não deveria ter falado aquilo.- Ele puxou-a pelo braço, o arrependimento visível em seus olhos azuis.

- É, não deveria.- Ela puxou o seu braço, sentindo a respiração do garoto em seu pescoço.

- Nós podemos concertar isso.- Um beijo foi depositado no pescoço de Alice, que arregalou os olhos de imediato, saindo de perto do garoto.

- Eu tenho que ir.- Alice saiu do quarto a passos firmes, fazendo o garoto rir com tamanha inocência.

- Caso você queira saber, meu nome é Niall!- Ele gritou enquanto a garota desaparecia no corredor, seus cabelos ruivos flutuando por sobre seus ombros. Aquela simples visão fez com que Niall estremecesse, uma sensação de nostalgia invadiu seu corpo, fazendo-o sorrir. Ele conhecia Alice Turner muito mais do que pudera imaginar.

Alice corria para fora daquela casa, empurrando os corpos soados para longe de si. Ela precisava sair daquele lugar, as lembranças do que aconteceu naquele quarto segundos atrás a faziam estremecer. Alice havia passado metade da sua vida em uma clínica fechada, ela não conhecia nada do mundo, ela era inocente demais.

- Olha por onde anda garota.- Um grito a fez despertar, um garoto a encarava com raiva, o copo em sua mão parecia ter sido virado contra sua blusa branca lisa.

- Eu sinto muito.- Ela murmurou, se virando para sair dali, mas sentiu alguma coisa a puxando pelo pequeno pulso, fazendo-a virar novamente para o garoto que agora tinha um sorriso sarcástico no rosto.

- Você acha que pode derrubar a minha bebida e ficar por isso mesmo?- Ele riu, segurando mais forte em seu pulso.

- Você está me machucando.- Sua voz saiu baixa, Alice estava aterrorizada.

- Oh, me desculpe.- Sua voz estava cheia de ironia, ele apertou-a mais forte, fazendo Alice explodir em raiva. A última pessoa que havia apertado-a desse jeito agora estava morta.

- Me solte. Você não sabe com quem está mexendo.- Os olhos de Alice se apertaram em sua direção, fazendo o garoto rir.

- Eu estou morrendo de medo.- Ele riu, sendo acompanhado pela roda de pessoas que já se formava ao redor dos dois. A garota olhou em volta, precisava de qualquer coisa afiada, qualquer coisa que o fizesse solta-la, seus olhos pararam em uma garrafa de cerveja que repousava na mão de um garoto. Sem delongas ela puxou seu braço com força, se soltando do garoto e correndo em direção a garrafa.

- Eu preciso disso.- Ela apontou para a garrafa na mão do garoto, que riu.

- Desculpe, estou bebendo nela agora.- Ele levou a garrafa até a boca, dando um grande gole. Os punhos de Alice caminharam até o rosto dele, deixando um soco forte que o fez cambalear.

- Obrigada.- Ela pegou a garrafa de sua mão, batendo-a contra a mesa enquanto a via quebrar em pedacinhos.

- Vai fazer o que com isso?- O garoto ainda tinha um sorriso no rosto, se recusando a acreditar que aquela garota tão inocente pudesse fazer qualquer coisa com a garrafa em suas mãos.

- Eu odeio você!- A garrafa em suas mãos agora estava cravada na perna do garoto, que urrava de dor enquanto via Alice correr para fora da festa, seus olhos cheios de lágrimas. Ela se sentia culpada por ter feito tal coisa, mas era preciso. Sentou-se em uma calçada um pouco afastada da casa e deixou as lágrimas rolarem, porque tudo tinha que dar tão errado.

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Hey se vocês curtirem e comentarem e vós dou um beijin kkkk Okay parei nos vemos no próximo capítulo ou seja logo

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