Capítulo 11

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LAILA AHMAD

Sou jogada como um saco de batatas na cama, que está no centro do quarto. A parede de músculos sai sem dizer uma palavra, mas em contrapartida, o odioso homem de belos olhos azuis aparece me encarando. Ele não desvia o olhar e eu me forço para não fazer o mesmo. A minha vontade nesse momento é de chorar e correr para o mais longe possível.

Mas como? Para onde eu iria? Nem estou em meu país, e pelo pouco que pude perceber enquanto fui carregada até esse local é que aqui é uma verdadeira fortaleza. Não sei onde fui me meter, mas é algo bem significativo. Esse homem é respeitado, têm um jatinho e anda como se fosse o rei de tudo e todos. Não posso julgá-lo por sua beleza, mas sua soberba me deixa enjoada.

Com tantos acontecimentos ainda não me permiti pensar em meu padrinho, não é como se eu pudesse sofrer mais que já estou sofrendo. A ausência dele está acabado comigo, mas a traição que sofri supri a necessidade. Ele me traiu! Me vendeu como um objeto sem valor algum, logo eu, que sempre o admirei e considerava como um pai pra mim. Mas eu me enganei.

A vida é assim, Laila.
Você sempre será enganada!.

— Olhe pra mim, garota.

— Por hora eu sou coração e outra eu sou garota? — o questiono, arqueando uma sobrancelha em desafio. Eu não sei o que deu em mim, mas a minha língua insiste em desafiá-lo à qualquer custo.

— Está zombando de mim?

— Pense como quiser. – os olhos azuis foram engolidos por um verde musgo, me deixando totalmente hipnotizada com isso. Ele foi rápido ao seu aproxima, agarrando meu pescoço com ferocidade e erguendo-me do colchão – Você.. você está me machucando!

— Saíam! – ordena, sem questionamentos todos obedecem e fecham a porta, me deixando sozinha com um homem cheio de fúria – Se acha engraçadinha, não é? Irei mostrá-la com quem está lidando.

— Me solte! – falo em um fio de voz.

— Se não o quê? Você está impotente, garota. Nem mesmo se eu jogasse você nessa cama, te fodesse, você teria alguém chance contra mim.

De uma forma totalmente errada, suas palavras adentraram em meu cérebro como uma bomba relógio. Meu corpo se acendeu de imediato, fazendo meu íntimo se contrair. Minha vida sexual nunca foi muito ativa, mas das poucas vezes que transava com alguém, sempre tive orgasmos razoáveis que podiam me deixar satisfeita, por hora. Mas o quê esse babaca de belos olhos têm, que me deixa necessitada apenas com palavras fúteis?!

Em um ato de coragem ou desespero, acabo cuspindo em seu rosto. E de volta eu recebo um tapaque me faz cair sentada na cama, seguro meu rosto sentindo as lágrimas brotaram nos meus olhos. Ele se aproxima, agarrando meu couro cabeludo e me puxando novamente para perto de si.

— Babaca! – começo a me debater, arranho seu pescoço e rosto na tentativa que ele me solte. Quando sou prensada na parede, posso ver o estrago que fiz em seu rosto e pescoço – Não toque em mim.

— Abaixe seu tom, Laila – sussura em meu ouvido, causando uma série de arrepios no meu corpo – Não serei tão paciente da próxima vez, coração. Então, não me faça prendê-la como uma gatinha arisca.

— Você não sabe do que sou capaz.

— Isso é uma ameaça? – agarra meu rosto, me amaldiçoo por não conseguir calar minha maldita boca. Poxa, Laila, colabora minha filha. – Anda, responda! Ficou coagida?

— Entenda como preferir

— Eu não sou paciente, Laila – roça a pomta do nariz em meu pescoço, inalando meu cheiro – Sempre tenho tudo o que eu quero. Nesse momento, quero você deitada naquela cama de pernas bem abertas, gemendo feito uma vadia que é, enquanto meu pau te fode incansavelmente.

Esse foi o meu fim. Sem minha permissão um gemido necessitado se liberta da minha boca, fazendo o babaca me apertar ainda mais em seus braços. Poderia gritar com ele, mandá-lo me soltar ou até fazer um grande escândalo. O meu corpo não responderia nenhuma desses comandos do meu cérebro, já que, as suas palavras ainda rodam meu subconsciente.

— É melhor você me soltar, babaca. – falo em um fio de voz, sentindo meu íntimo contrair rapidamente.

— Não finja que não está afetada, coração.

— Estou afetada pela sua voz irritante! – esbranjo, recebendo um largo sorriso sedutor como resposta.

Droga!

— Senhor Hérnandez?! – uma voz feminina surge atrás da enorme porta, chamndo a atenção do babaca que ainda me segura.

— Não quero ser interrompido! Vá embora – responde com grosseria, me deixando bem incomodada.

— Seja menos cavalo! – intercedo pela pobre mulher, mas ganho um olhar frio e sombrio, que me faz abaixar a cabeça involuntariamente.

O que comigo?

— Perdoe-me senhor, mas o senhor Javier está à sua procura! Ele me fez prometer que conseguiria que o senhor o encontrasse em sua casa

— O que ele faz em minha casa? – questiona. Então essa não é a sua casa? Quantas casas esse babaca têm? É nítido que ele é rico, ou até mesmo milionário, não sei o porque do meu espanto.

— Não sei lhe informar, senhor.

— Pode ir! Avise-o que já estou à caminho.

— Como quiser.

Sem mais nada à ser dito, ouvimos passos se distanciando e descendo a escada. Ainda permaneço com a cabeça abaixada, sem vontade olhá-lo. Sem dizer nenhuma palavra, ele me larga como se eu fosse contagiosa e sai do quarto fechando a porta e a trancando no momento seguinte. Ainda sem acreditar no o que está acontecendo, deixo meu corpo cair no show de porcelanato e sinto meu coração se apertar.

O que será de mim?

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