▦﹐❄️."Flores?" [Kaeya]

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Como algo tão bonito, poderia ser tão mortal?

...

Tudo se começou com um simples incômodo na garganta.
O infame capitão da cavalaria tentou ignorar isso, tentou se auto enganar assumindo que fosse algo causado pelas grandes quantidades de expedições perto da base da Espinha do Dragão que teve que fazer rencentemente.

... Quem ele estava tentando enganar?

...

Mondstadt estava com um ótimo clima nos últimos meses.
Kaeya andava pela cidade, cumprimentando os diversos habitantes que lhe reconheciam de longe, um sorriso malicioso característico sempre em suas feições.

Até que seu olhar pousou nela.

[Nome], a forasteira que era o assunto do momento na pequena cidade onde todos se conheciam.
Sua visão [Elemento] brilhava pendurada em seu pescoço enquanto ela falava com Flora sobre algumas flores de sua terra natal.

Kaeya sentiu seu sorriso aumentar enquanto se aproximava dela.

- Não achei que encontraria você por aqui, senhorita [Nome]. - Ele falou de repente, assustando a garota enquanto ela rapidamente se virava para ele, sorrindo ao ver quem era.

- Oh, Kaeya! Quanto tempo que eu não lhe vejo, não é? Onde esteve se escondendo nos últimos dias? - Ela perguntou enquanto cruzava seus braços, sua pequena conversa com Flora terminada enquanto sua atenção se voltava ao homem mais alto.

- Eu nunca me esconderia de você, bela dama.- Ele disse, pegando a mão dela e trazendo até seus lábios, a fazendo rir de sua atitude habitual de flerte enquanto afastava. - Eu apenas estive ocupado demais, não consegui fugir do trabalho de capitão dessa vez.

A conversa continuou a partir desse ponto, os dois agora andando pela cidade, compartilhando suas últimas aventuras nesse período de tempo em que estiveram sem conversar.

Kaeya odiava admitir isso, mas a garota a sua frente com certeza era especial para ele.
Para si, a forma que ela falava sobre sua terra natal era encantadora, ou a forma que o sol refletia em seus olhos [Cor dos Olhos], o como seu sorriso, mesmo pequeno, parecia trazer luz a cidade sempre alegre.
Kaeya não conseguia negar que caiu de cabeça por ela.

Uma pena que ela não poderia dizer o mesmo.

...

Ciúmes era algo péssimo.
Ciúmes, o sentimento de possessividade onde você se sente desconfortável, irritado ou triste por ver alguém ou algo onde você tem algum tipo de apego emocional sendo compartilhado ou desejado, o ciúmes pode ser sentido de uma forma saudável até abusiva.
Ciúmes também era o que Kaeya sentia no momento, vendo sua pessoa de desejo nervosa e corando perto de ninguém menos que seu irmão.

Ah, a forma com que [Nome] corava e gaguejava perto de Diluc, a forma com que ela sempre procurava a aprovação dele para uma opinião sua, ou a forma que ela frequentemente o procurava quando Kaeya a convidava para um drinque na Taverna dos Anjos.

Ele sentia sua garganta apertar com essas coisas...
... Oh, isso não foi uma forma de expressão.

A garganta de Kaeya realmente estava apertando e doendo.

...

Lírios de Vidro.
Lírios de Vidro sangrentos era o que revestia as mãos enluvadas de Kaeya e o chão do pequeno beco escondido em que ele se encontrava.

Lírios de Vidro eram as flores favoritas de [Nome].

Kaeya sentiu o suor frio em seu rosto, ele não era tolo, ele sabia o que era aquilo.

Hanahaki, a doença dos apaixonados unilaterais.
Kaeya era vítima daquela doença, afinal, a pessoa que amava tinha olhos apenas pelo seu irmão.

O coração de Kaeya apertou com isso, sabendo que ou ele teria que deixar [Nome] completamernte para trás...
... ou deixar isso mata-lo lentamente, com as lindas flores o sufocando, com os galhos crescendo cada vez mais e mais em seus pulmões, desfigurando seu interior cada vez mais, deixando tudo em carne viva e flores ensopadas de seu sangue.

Kaeya era egoísta demais consigo mesmo, porque mesmo sabendo de tudo isso...
... Ele ainda queria ama-la.
Ele ainda queria se iludir achando que talvez um dia, apenas um dia, ela pararia de olhar para Diluc, e assim percebesse que Kaeya sempre esteve lá, sempre esteve ali demonstrando seus sentimentos de forma que qualquer um em Teyvat pudesse notar.

Mas Celestia não estava à favor de Kaeya novamente.

.
.
.

A doença estava se espalhando.
Antes, Kaeya apenas vomitava alguns brotos pequenos ou pétalas azuis cobertas de sangue.

Agora ele vomitava flores inteiras, flores sangrentas que serviam apenas para o lembrar de seu amor não correspondido.

Oh Deuses, Kaeya era um homem tão azarado, destinado a morrer por algo tão belo quanto o amor, algo que sempre foi tão descrito de forma lindamente planejada, para iludir tolos apaixonados que acreditavam que estavam destinados para uma pessoa.

Mas o amor era cruel, o amor era algo que lhe mataria lentamente, que cobraria sua cabeça cada vez mais lhe fazendo achar que não é bom o bastante apenas porque não se tem alguém especial assim.

E Kaeya sabia disso, ele sabia de tudo isso, ele sabia o quanto isso era perigoso.
Mas ele já não ligava mais.

Ele ligava apenas para o convite de casamento em suas mãos, que antes branco, agora estava manchado com seu sangue enquanto ele sentia as lágrimas rolarem por seu rosto, seu sorriso triste fazendo tudo parecer tão patético.

  ➣//❄️   O amor era realmente cruel, porque agora ele estava sufocado por ele.

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me desculpem pelo sumiço! estou livre da escola por enquanto e estou tentando voltar a escrever <3

eu queria fazer algo mais pegado ao psicológico do que a angústia em si, ent por isso n está a coisa mais triste do mundo, afinal, estou apenas escrevendo a minha própria visão sobre o amor aq

me desculpem por estar tão curto tbm :((
eu meio que n me lembro mais como se escreve exatamente, estou tentando lentamente voltar a esse hábito

enfim, obg por ler até aq, espero q tenha gostado do capítulo e até a próxima!!!

﹒⿴ ﹐🍇⪨﹒Genshin Impact Imagines﹑!❀Where stories live. Discover now