Vince | Romance gay

「 16. arte 」

「 Playlist 」

1. Cardigan - Taylor Swift
2. Could you love me while i hate myself - Zaph
3. What a feeling - One direction
4. Nostalgia - Suki Waterhouse

「 A noite estrelada 」

Vincent parou o carrinho de compras em frente a sessão que vendia quadros e talvez tenha passado mais de cinco minutos observando uma réplica de "A noite estrelada".

É irônico começamos fazendo referência a Van Gogh e terminarmos da mesma forma, afinal, foi por causa do pintor que Vince recebeu o mesmo nome.

O nome foi originado no latim Vincentius, que foi derivado do verbo vincere, que significa "vencer". E como vencer é um verbo de ação, o significado de Vincent é "vencendo" ou "aquele que está vencendo".

Ele reflete sobre aquilo e se sente orgulhoso, nos últimos dois meses em que começou a frequentar a terapia duas vezes por semana, ele ganhou quase dois quilos, poderia ser pouco e ainda ocorriam momentos de culpa e onde ele queria correr para um vaso sanitário e jogar fora tudo que comeu, algumas vezes de fato aconteceu, mas ele estava vencendo aos poucos, era aquilo que ele significava.

Naquela manhã ele encontrou uma barra de chocolate e um post it com a letra de Finn dizendo "Dois meses de terapia" com estrelas desenhadas, e porra, nada machucava mais do que trocar poucas palavras com Finn no último um mês, e então Vince repensou na última conversa que teve com a sua psicóloga sobre aquele assunto.

Vince desperta dos seus pensamentos e decide que iria levar aquela réplica barata do quadro, por que diabos ele ainda não tinha a noite estrelada? Era seu quadro favorito.

Ele volta pra casa pedalando e tomando o maior copo de cappuccino que a cafeteria tinha.

Domingos eram chatos e monótonos, estava frio, ele mal podia esperar para sentir o aquecedor ao colocar os pés dentro de casa.

Era óbvio que seus companheiros de casa perceberam o afastamento entre Vince e Finn, porém fizeram um acordo entre sussurros que não iriam falar nada, deixariam que resolvessem, caso aquilo continuasse por três meses, fariam uma intervenção, com faixa e tudo.

Todos estavam espalhados pela casa, confortavelmente preguiçosos e silenciosos também, apenas aproveitando aquele clima de inverno e logo iria começar a nevar.

Vince deixou suas botas e agasalhos no hall de entrada junto com os dos outros, entrou deslizando suas meias pelo piso de madeira escura, iria passando direto para subir os degraus quando viu uma almofada fora do lugar e tentou dizer a si mesmo para ignorar, então segui em frente, mas quando estava no topo da escada teve que descer, ele só iria ficar em paz quando a maldita almofada estivesse no lugar.

Então ele fez isso e sorriu em paz quando estava tudo no seu devido lugar, recolheu suas compras e seguiu seu caminho até o quarto, ele sabia que Finneas estaria ali.

Era agora.

Vince suspirou fundo, deixou suas sacolas no cantinho perfeitamente arrumadas e girou a maçaneta, a porta abriu em um rangido horrível que acordou um Finn que dormia confortável de baixo das cobertas pesada, porém ele não abriu os olhos, Vince conhecia tão bem aquele desgraçado que sabia quando ele estava acordado ou dormindo.

É irônico conhecer tão bem partes de alguém e não saber interpretar outras.

Ele senta de costas para Finn, ficando na ponta da cama, mas não suficiente para tocar seus pés no piso.