Os olhos de Larda dançaram pelo local e captaram a bandeira de Casco pendendo em um pequeno mastro, com outros onze suportes vazios cercando-a, em seguida, virou para a bancada onde estavam os cinco do conselho.
Subiu os três degraus que deixavam a bancada acima do resto da sala, foi direto ao rei que estava ao centro das cadeiras.
Virou o vinho no cálice incrustado de jóias do nobre, em seguida se dirigiu ao cálice de Allanis.
- Ele não pode fazer isso. - Ouviu Allanis dizer ao pé do ouvido de Marcius. - Isso é um ultraje. Se seu pai estivesse aqui esse aí já teria sido morto, independente de onde quer que tenha vindo.
- Meu pai está morto. - Rebateu o rei. - Quem decide o que fazer agora sou eu. - Allanis se calou de pronto, pegando o cálice com o líquido de tom bordô.
Larda se dirigiu para servir Paliott, que fez um gesto dispensando-a.
A garota virou por trás das cadeiras, indo até a outra extremidade da mesa, mas antes que pudesse servir Aminor, o tesoureiro disse:
- Traga-me cerveja.
- Será providenciado, meu Senhor. - respondeu Larda com um leve dobrar de joelhos.
Se virou para servir o comandante das tropas. Encheu-lhe o cálice até o meio, antes que retirasse a jarra da boca do copo de Gestur, agarrou-a mão e tornou a virar o vinho até quase transbordar.
Um leve ranger de porta chamou a atenção de todos, e isso era um sinal para Larda se retirar, e assim o fez sem que fosse notada.
Pela porta entrou um homem com a postura de um cavalo treinado para a marcha; segurando uma haste que se estendia dois palmos acima de sua cabeça, com um estandarte fixado na ponta.
A árvore negra, com raízes fartas e galhos que se espalhavam em várias direções, bordada em um tecido prata indicava quem seria o anunciado.
Em uma reverência rigida, com um rápido dobrar de tronco o porta estandarte disse:
- Senhores, venho anunciá-lo. Ele, que veio das terras da árvore sagrada, que finca suas raízes fundo no seio da terra, cujo o tronco é duro feito o aço e flexível como a seda. Que tem galhos que se estendem e grande amplidão, que com sua seiva nos alimenta e nos mantém fortes para as batalhas vindouras. - Fez uma curta pausa. - Anúncio Arlan Toz, filho de Arlanc, filho de Hariland, O arrogante; primogênito de Heri, O antigo. Anúncio seus comandantes, vindos dos nove reinos do Cinturão, anuncio a âncora de Partagos do Imperio Kaaerin. - Levou o estandarte e o colocou ao lado do de Casco, em um dos suportes vazios. Em seguida fez uma reverência mais inclinada e demorada e logo após retirou-se da sala.
Arlan fora o primeiro a passar pela porta, viu os quatro conselheiros ao lado do rei, permaneceu em silêncio enquanto seus comandantes entravam e os estandartes dos outros nove reinos, juntos com o de Partagos eram colocados nos demais suportes. Mesmo depois disso conservou-se calado até que fosse incômodo aos presentes, por fim arqueou uma das sobrancelhas e disse:
- Esperam que eu os desçam no colo? - Indagou. - Não sou a ama de vocês. Vamos, temos muito o que tecer para vencermos essa guerra. - Incitava-os com os braços para que viessem até ele.
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O Elmo de Blake - O conto dos Esquecidos
FantasyA guerra derrubou Kaaerin e deixou o caminho livre para Hakon dominar três dos seus cinco reinos. Teve Paimé, o rei árvore que o deteve por certo tempo, mas depois que Hakon conseguiu o conhecimento das runas antigas para criar os generais de ferro...
O Conselho
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