Arqueei as sobrancelhas.

— Deixaram cair no bueiro? Simples assim? Nossa, como são descuidados. — Comentei enquanto andava olhando pro chão, com medo de pisar em bosta de bicho.

JJ e Pope se entreolharam e depois olharam para o chão, como se estivessem me escondendo algo. Mas eu percebi seus olhares.

— Aconteceu mais alguma coisa lá? — Perguntei.

— Não, nada. — Pope respondeu.

Franzi as sobrancelhas em desconfiança, mas deixei passar.

— Esse é o canal norte. — JJ apontou, quando chegamos em nosso destino — Aquele bueiro daria aqui. Se a arma saiu dele, ela deve ter ido parar... No meio daquele lixo — Apontou para um monte de coisas nojentas no rio.

— Ew. — Sussurrei.

— A Kie está atrasada, então já vamos começar a procurar, para não perdermos tempo. — Pope falou.

Pope nos entregou um saco de lixo e logo começamos a recolher o lixo.

Passamos alguns minutos naquele local, a cada segundo eu ficava com ânsia e quase vomitava, mas até que consegui ajudar bastante.

O problema era que a arma não estava no meio do lixo, o que significava que...

— Está no bueiro. — JJ coçou o queixo.

— Nem fudendo — Me sentei no chão, cansada. — Alguém vai ter que entrar.

— Vamos... tirar pedra, papel ou tesoura? — Pope sugeriu. — Ordem alfabética?

— O mais velho vai. — Dei um sorriso debochado — JJ?

Ele ficou visivelmente irritado pelo meu comentário.

— Garota, você vai me pagar por tudo que tá me fazendo passar nessa sua puberdade. — Apontou pra mim e eu ri — Eu ouvi dizer que quem entra no esgoto pode pegar um verme específico. Entra na corrente sanguínea e só sai pelo pau. Então eu não entro nem fudendo.

— Eu também não quero entrar. — Pope se pronunciou.

Continuei olhando para eles sem entender o ponto da conversa, até que eu finalmente entendi.

— Vocês querem que eu entre, seus vagabundos? — Me exaltei, levantando-me do chão.

— Segunda parte do castigo. — JJ falou.

— Não. Não vou entrar. — Comecei a caminhar pra longe.

— Tina, pensa que, se conseguirmos incriminar o Ward, a Wheezie vai perceber que não tem porquê ela te culpar pelo roubo se o pai dela é pior ainda. — Meu irmão começou a me seguir.

Aquele argumento me fez parar e refletir. Ele estava certo.

— Você ensaiou isso? — Me virei para ele.

— Óbvio que sim. — Sorriu.

Revirei os olhos e voltei para a entrada do bueiro.

— Se eu morrer, você que vai pagar os 2 mil dólares da família Cameron. — Eu disse pra JJ.

— Não morra, por favor. — Ele se desesperou.

Dei de ombros e entrei no maldito bueiro.

O local era sujo e muito, muito nojento.

Tive que me arrastar naquela água suja e fedorenta até a bacia de captação.

— Tá tudo bem aí? — Alguém perguntou de longe.

𝗦𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗧𝗛𝗘 𝗢𝗡𝗘²' obxHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin