Capítulo 7

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 Novamente, Ari encontrava-se sentada em um palco com a Stage

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Novamente, Ari encontrava-se sentada em um palco com a Stage.33 tocando. Mas, dessa vez, não eram cem pessoas na plateia como na Ritus, eram doze mil na Pedreira Paulo Leminski, vindas de outras cidades e países da América Latina. Com um mar de luzes de lanternas do celular, que pareciam estrelas na terra, cantavam a primeira música que Nico compôs para ela, chamada "O caos tem poesia". Ela olhou para cada integrante e sentiu saudade daqueles dias tranquilos e dos pequenos shows na Ritus. Quando seus olhos cruzaram com os de Nico, ele sorriu cantando e seu coração ousou bater mais forte. Também sentia saudade de ser feliz ao lado dele.

Após a última música, os quatro agradeceram e se abraçaram no palco. Nico tirou a camiseta que usava e arremessou para a plateia, estava eufórico e Ari podia sentir a energia pulsar pela fita em seu punho. Ela se sentia perdida andando atrás dele e tentando não atrapalhar, era tanta gente chamando, perguntando coisas, gritando em comemoração. Bob e Cris vieram correndo nos bastidores para abraçar todos. William já organizava as vans para que pudessem tomar um banho antes de irem para a Riff, uma casa noturna grande do mesmo proprietário da Ritus, comemorar o último show. Porém, antes de saírem, deram uma entrevista rápida para uma rede de televisão local e atenderam membros dos fãs clubes oficiais do Brasil, Argentina e Uruguai. Ari não entendia como ainda conseguiam fazer aquilo, ela estava cansada só de olhar.

No hotel, que William reservou perto da Riff, Ari esperou Nico tomar o banho fora do banheiro, ficou sentada no chão encostada na mesma parede que dava para o box. A fita era capaz de atravessar.

— Desculpe não ter conseguido te dar atenção — disse ele, saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e secando o cabelo com outra.

— Não tinha nem como, Nicolas. É sempre assim? — respondeu ela, disfarçando para não encará-lo.

— Caótico? Quase sempre, mas hoje estava mais por ser o último show da turnê.

— Pelo que entendi, agora vocês vão para a Riff.

— Sim, mas não devo ficar muito tempo lá, vou dar o ar da graça e logo vamos pra casa. Não pretendo nem beber.

— Mas a ideia não é comemorar o último show?

— Sim, mas essa era a ideia antes de estar na situação que estamos. Agora me parece complicado, mesmo sabendo que não é amanhã que vamos resolver isso. Theo mandou mensagem com o endereço da casa, marcando o encontro às 19h na terça-feira.

— Então, paciência para esperar até lá — falou Ari, fechando os olhos ao perceber ele pegando as peças de roupa em cima da cama.

— Paciência — disse, vestido a cueca boxer e uma camiseta com estampa do David Bowie.

Nico vestiu uma calça preta, calçou as botas e pegou a velha jaqueta. Olhou para Ari, que ainda mantinha os olhos fechados, e sorriu. Já sentia a adrenalina baixar aos poucos, o que sempre era um problema nos outros shows. Quando ela baixava, ele bebia para tentar recuperar e esquecer as antigas lembranças que voltavam para assombrar naquele momento. Agora, sentia-se estranho, não era como sempre sonhou, mas ela estava ali.

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