Capítulo 13

288 36 12
                                    

           NATASHA SINCLAIR vomitou todo o conteúdo do seu estômago na sanita

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

           NATASHA SINCLAIR vomitou todo o conteúdo do seu estômago na sanita.

Depois, vomitou o que já não tinha, apenas um líquido aguado que julgava ser necessário dentro do estômago... e não fora.

Tremia, as mãos agarradas na borda da sanita, os nós dos dedos brancos da força com que o fazia. Suor escorria-lhe pela têmpora, colando fios de cabelo à nuca, o uniforme parecendo mais apertado e quente do que nunca.

          Sentiu-o aproximar-se suavemente. As mãos que a rodearam eram gentis, o odor a sangue impregnado no casaco dele familiar e envolvente. Exausta, Natasha fechou os olhos, encostando-se ao seu peito.

- Estou aqui, minha Rosa. - murmurou Rafal, acariciando-lhe os cabelos - Estou aqui e não vou a lado nenhum.

          A ruiva suspirou, respirando com dificuldade. Os tremores e os suores frios não paravam, deixando-a gelada. Em busca de calor humano, encostou-se mais a ele, procurando o conforto do seu coração e do seu sangue...

            Um muro de gelo foi tudo o que encontrou. Rafal há muito que não tinha um coração que batesse, a imortalidade congelando-lhe as veias. Pressentindo o desconforto dela, Rafal agitou o dedo erguido, a ponta vermelha brilhante de magia. Uma manta de lã vermelha cobriu-a e Natasha soltou um gemido de alívio, abraçando-se mais em busca de calor.

- Tens de matá-lo. - disse o imortal, em voz baixa.

- Não vou fazer tal coisas - retorquiu Natasha, com firmeza - Não sou uma assassina.

- Terás de matá-lo ou morres tu. És uma vilã, Natasha...

          Os olhos azuis de Natasha abriram-se de rompante, fitando-o com uma fúria gelada ao dizer:

- Eu sou o que eu quiser ser, Rafal. Não é porque me trouxeste para esta escola infernal que decides o papel que tenho na minha vida. - engoliu em seco, procurando forças para continuar - Eu não vou ceder. Não vou matá-lo.

- Ele é o teu Némesis. - Rafal encarou-a com seriedade, o polegar demorando-se a acariciar-lhe a bochecha - Se não o matares, ele fá-lo-á.

- Ele não o faria.

- Estas assim tão confiante no coração Bom do Tedros?

            Natasha fechou os olhos, suspirando. Era a primeira vez que ouvia em voz alta o que rondava a sua mente há dias. Os pesadelos, a raiva, a sede do sangue dele...

           Sempre que fechava os olhos, via o sorriso de Tedros, os olhos azuis gentis, o sorriso arrogante... e só apetecia arrancar-lho à chapada. Os confrontos com a espada estavam cada vez mais violentos mas nem assim Tedros se afastava dela. Pareciam abelhas atraídas pelo mel, doentes pela proximidade e incapazes de ficarem longe.

EQUINOX - The School for Good and EvilWhere stories live. Discover now