𝐒herlock tinha um único medo, jamais decepcionar alguém.
𝐌as ele não conseguiu escapar alguém, e decepcionou alguém.
𝐒ua melhor amiga. Sua igual.
𝐒𝐔𝐀 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀.
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...
𝐁𝐄𝐂𝐊𝐘 𝐄 𝐒𝐇𝐄𝐑𝐋𝐎𝐂𝐊 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀𝐌 se estranhando. Desde o fadatico dia em que a trocas de olhares aconteceu e quando Sherlock sentiu a aquela vontade impulsiva de beijá-la. Eles nao estavam se falando
De manhã eles trocavam um "bom dia" e Becky já saia para o seu trabalho. Ela voltava de noite e Sherlock não estava em casa, ela sempre deixava um pedaço de bolo para o mesmo comer antes de dormir. E quando Sherlock acordava, ele mesmo fazia um bolo ── Mesmo que não fosse tão bom assim. Em forma de agradecimento
Becky não se sentia confusa, a mesma só estava envergonhada. Pela forma como Sherlock olhou para ela, da forma em como ele olhou para os lábios dele e suspirou. Como se ele quisesse mais. Ela não sabia como o encarar depois daquilo. Depois que ela sentiu que ele queria beijá-la. E que ela sentiu aquela mesma sensação que sentiu quando tinha oito anos
Já Sherlock estava a beira de um colapso
Toda vez que ele via Becky só conseguia imaginar que ele queria beijá-la. Que ele toda vez que ele olhava para o lábio dela, ele sentia a boca seca, como se precisasse da dele. Ele não sabia o que estava acontecendo com ele. Mas sabia que não era normal
Sherlock era bom em mistério. Mas não sobre o mistério da paixão.
E ele preferia ignorar aquilo.
Mesmo que a cada vez que ele sentisse o cheiro do perfume dela. Aquele cheiro não saia da sua mente
Que quando ela entrava em sua mente. Era difícil de sair.
[...]
Quando Becky acordou, ela olhou para os dois lados do corredor antes de sair correndo. Ela não queria encontrar Sherlock tão cedo. Mas assim que ela foi para cozinha para pelo menos tomar um café. Lá esteve com uma xícara na mão e um jornal na outra
E ela pensou que ele estava bonito
Mas que!? Ela gritou no pensamento. Mas Sherlock a interrompeu
── Tentando fugir de mim? — Ele tentou esconder o sorriso
── Não seria surpresa não? — Ela tentou disfarçar o nervosismo ── É uma coisa das mulheres holmes
E ele gargalhou
E ela não pode deixar de sorrir
Ela tentou esconder o brilho dos dentes e se virou em direção para buscar café. Ela pegou sua xícara ── Que era já considerada dela na casa do Holmes. Ela pegou um pedaço de bolo e sentou na mesa.
Um desconforto subiu em cima dela. Ela não sabia o que conversar com o Holmes. O que ela poderia dizer?
