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HOJE EH DIA 4/5!! Ou seja, aniversário do meu querido Rafajay ( RafaNakahara) FELIZ ANIVERSÁRIO DOCINHO!! ESPERO Q SEJA UM DIA INCRÍVEL<3

E obrigada a Moni ( @nwtuno no spirit fanfics) pela capa LINDA DEMAAAAAAAAAAIS

fic:

Chuuya não conseguia dormir, ele fitava o teto em sua frente entediado, ouvindo a respiração alta de Dazai, seu amigo – que estava mais para um ficante casual – que dormia pacificamente no colchão, com os cobertores todos jogados no chão, dado que ele não conseguia parar quieto enquanto dormia.

Depois de alguns minutos, cansado de olhar para o teto, Chuuya vira de lado e começa a encarar Dazai. Ele era muito bonito realmente, e isso não era novidade para ninguém. Os dois começaram a ficar em uma festa de sua amiga, Yosano. Eles ainda não tinham nada definido, eram namorados? Amigos coloridos? Ficantes? Nem eles mesmos sabiam.

– O que há de errado? - Dazai tinha acordado, e ao ver os olhos oceânicos de Chuuya os encarando, ele logo fez essa pergunta, já que o ruivo deveria estar dormindo agora, mas aí que está o problema, ele não sabia o que estava de errado, na verdade não tinha nenhum problema.

– Não sei, na verdade...- o Nakahara respondeu Osamu, voltando a fitar o teto

– Como assim? E olha pra' mim, é feio ignorar os convidados, ChuChu - Dazai puxava Chuuya para o seu colchão, enquanto o mesmo lhe desferiu vários xingamentos.

– Acho que não tem problema nenhum, na real, só tô entediado pra' caralho, acho que tomar café às oito da noite não foi uma boa ideia...- o Nakahara se arrumou no colchão, sentando do lado do "amigo".

– Você só "acha"? Óbvio que não foi uma boa ideia Chuuya!! - Dazai dizia em meio aos risos, "talvez fingir que estava dormindo era uma boa ideia", o ruivo pensava, mas ver Osamu assim era muito bom, realmente.

– Quando a gente ficar velho gagá, vamos nos arrepender disso?? - Chuuya começou a falar, chamando a atenção do moreno - A gente ainda é muito novo pra entender essa merda toda, sabe? E...enrolar só adianta quando tem uma vantagem nisso, entende?

Dazai o olhava com uma cara enigmática, de quem não entendeu nada do que a pessoa disse, e era exatamente esse o caso. Mas depois de pensar um pouco, finalmente o moreno entendeu, ele estava falando dos status da relação deles.

– Chuuya, a gente bem que poderia ver o Sol se pôr esses dias, né? Eu não evitaria perguntar se está entediado, a gente ia se divertir...o que cê' acha? - fazendo uma pergunta para evitar outra pergunta, típico Dazai - E se você se sente sozinho, pode me falar, Chuu...

Os dois se encaravam, nenhuma palavra foi trocada por alguns – longos – minutos, dava para ver os resquícios que o Sol ia nascer em breve pelas frestas da janela, o barulho do ar-condicionado, as pernas de Chuuya batendo no colchão, mas nenhuma palavra de ambos.

– Me conta, antes que isso vire uma memória, e quando me dizer, espero que seja a verdade, para que eu não tenha que mentir também...- Chuuya estava mais perdido que peixe no deserto.

Era nítido que ele nutria uma paixão por Dazai, o jeito que ele ficava ansioso toda vez que tinham trabalhos em dupla, apenas para Osamu ir na sua casa. Tudo isso só podia dar em um resultado, amor. Um sentimento tão perigoso, mas tão incrível ao mesmo tempo, que nem poderes de super-heróis ou super-vilões.

Nos poderes, você está correndo um risco ao usá-los, mas é tão magnífico quando os utiliza, a sensação, o controle, tudo. Mas há uma diferença com o amor, você não escolhe amar, você apenas ama.

Você não olha para uma pessoa e fala: "Eu vou amar ela", não, é algo inconsciente, e sem nem perceber seu coração já está palpitando quando vê ela, você gagueja, tudo parece ficar colorido nesse mundo horrível, é lindo.

– Eu sinto, que te conheço a vida toda, Dazai, como se nossas vidas passadas fossem conectadas, e estamos aqui agora, eu consigo ver quando mente, e...eu sinto como se estivéssemos conectados agora!! Entende? - Chuuya disse em um único suspiro, como se puxasse algo que estava guardado há muito tempo, bem lá no fundo – Eu não sei, que tipo de relacionamento você tá procurando agora, mas eu quero ficar do seu lado!! Me conte como está se sentindo, a gente pode superar os medos sem se abalar, né? Já aguentamos tanto...

Dazai sabia o que Chuuya queria lhe dizer, os dois estão nessa faz tanto tempo, quase um ano, é claro que era confuso, Osamu também sentia isso. Mas ainda sim, sua cabeça toda vez que pensava em entrar num relacionamento sério, pifava, parava de funcionar e parecia que ia explodir.

– Como eu disse, Chuuya, a gente pode ver o sol se pôr juntos, sabe? Só nós dois...- mesmo com medo de adentrar nesse mundo do amor, ele queria se arriscar por Chuuya.

Ele via como Atsushi sorria enquanto Akutagawa beijava ele, e como Ryuunosuke mudou para melhor desde que começou um relacionamento com Nakajima. Como Poe parece mais feliz desde que Ranpo o pediu em namoro, um menino escritor que era tão tímido, agora parecia mais vívido, não é algo que dá para explicar totalmente.

E talvez, com Chuuya ele já tivesse essa felicidade que namorados têm, essa vontade de estarem juntos, nem era preciso falas, apenas a companhia um do outro era suficiente, era pedir demais? Um relacionamento que dê certo em sua vida, já teve muitos desastrosos, que só aumentaram as cicatrizes em seu coração. Mas talvez Chuuya seja aquele que irá curá-lo.

– Eu iria adorar, Dazai, se for só nós dois, eu sinto que posso ser eu mesmo, e não apenas "Chuuya Nakahara, o popular da escola"...- Dazai deu um leve sorriso ao ouvir isso, colocando sua mão em cima da mão de Chuuya - o que eu quero dizer é, obrigada, obrigada por existir.

Osamu não poderia encontrar palavras nesse momento para responder Chuuya, então ele apenas lhe deu um beijo, saboreando o gosto da boca doce do Nakahara, aquele sabor que tanto amava, e que era o único a provar. O beijo logo foi correspondido pelo ruivo, que colocou as mãos no rosto do moreno. E talvez, eles sejam namorados agora, mas isso não passava na cabeça deles no momento, eles queriam apenas curtir o momento, deixar a vida levá-los para onde quiser.

E se eles forem reencarnações, a sorte os abençoou, fez eles se encontrarem novamente, anos, ou talvez séculos depois, mas não era importante, eles estão juntos, e nada mais era relevante para os dois jovens apaixonados, que se encontravam aos beijos naquele quarto. Se passou tanto tempo desde o início da conversa, que o Sol estava nascendo. E isso poderia simbolizar que algo novo saía dali. E era essa a verdade, os dois estavam felizes, apenas isso importava.


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