— Nossa, que prático. — Ele gargalha.

Seguimos para sua casa a pé mesmo, já que é perto. Mando mensagem para casa avisando, que estou na casa de Pedro e volto mais tarde para casa. Subimos de elevador e sinto meus olhos pesarem de sono e cansaço. Pedro boceja e eu faço o mesmo. Entramos sem fazer barulho, para não acordar o pai dele. A casa está escura, já que as janelas estão fechadas. Ele é quem me guia pela casa escura. Segurar a sua mão me causa vários sentimentos diferentes. Entramos em seu quarto e ele fecha a porta e acende a luz. Está organizado e limpo. Ele tira a camisa e joga no cesto sujo e avisa que está indo tomar um banho.

Tiro meus sapatos cheios de areia e coloco em um canto. Coloco o celular para carregar e vou no armário dele, procurar algo para vestir e já aproveito e cato uma cueca nova. Escolho uma roupa para ele, já que não vi ele pegar roupa, apenas a toalha. Ele deixa a porta do banheiro aberto. Jogo as roupas para ele, assim que sai do banheiro todo molhado. Ele agradece e eu reviro os olhos e entro para me banhar. A água morna relaxa meu corpo ao ponto de quase dormir no box. Me seco e visto a roupa que peguei em seu guarda-roupa. A roupa ficou perfeita em mim, já que temos praticamente a mesma altura e peso. Só a cueca que fica um pouco mais apertada, já que eu tenho mais bunda que ele. Saio do banheiro e encontro o cara que falou que íamos assistir filme, dormindo e rocando só de cueca na cama, pelo menos não é pelado.

Não perco a oportunidade e tiro uma foto dele assim. Até gravo ele roncando, para mostrar a ele. Tento não admirar seu corpo, mas é impossível. Apesar de ter apenas 17 anos, Pedro já tem um porte de adulto, talvez seja genética. Não que eu pareça uma criança, mas minha altura e meu porte, me deixam um pouco mais novo, assim como meu estilo. O empurro para o lado e o cubro. Me deito de bruços, já que ele está de peito para cima. Deito a cabeça no travesseiro e apago.

Acordo primeiro que Pedro. Ele está todo aberto na cama e uma de suas pernas, está jogada em cima de mim. Seu rosto está tão sereno. Tão lindo. Queria que tudo isso fosse verdade. Queria poder beijá-lo quando quiser. Queria poder ficar feliz com esse pequeno gesto, que é sua perna em cima de mim. Ele se movimenta e eu fecho os olhos. Ele tira a perna de cima de mim e sou enlaçado em um abraço quente. Não me movo, apenas sinto seu corpo quente junto do meu. Sua respiração está próxima do meu rosto e seus braços me apertam com força. Volto a abrir os olhos e observo seu rosto, sentindo um frio na barriga.

— Hora de acordar, princesa. — Brinco e mexo com seu nariz. Ele tira minha mão e abre os olhos preguiçosamente.

— Para com isso. — Ele me solta e parece prestar atenção que está excitado e me abraçando. — Desculpe... Bom dia?

— Boa tarde, isso sim. — Sorrio e me levanto da cama. — Dormir de conchinha tá no acordo? — Brinco e ele sorrir envergonhado.

— A não ser, que queira algo duro encostando em você. — Ele coça os olhos. Engulo sem seco.

— Olha, não me provoque, que quando entro em uma briga, não saio como perdedor. — Brinco, mas com um toque de provocação, e ele sorri.

Após usar o banheiro, tiro meu celular da tomada e me atualizo sobre minha família e minha amiga. Estão todos bem e não tem polícia atrás de mim, o que é bom. Logo ele sai do banheiro, pega seu celular e olha as notificações. São 16h, ou seja, seu pai está quase chegando em casa. Pedro não me deixa sair sem almoçar/lanchar com ele. Pedimos pizza e enquanto aguardamos a pizza colocamos um filme para assistirmos. Eu coloco love, Simon sem Pedro ver. Ele não reclama da escolha do filme. Deita a cabeça no meu colo e levo minhas mãos à sua cabeça, iniciando um cafuné.

— Eu vou lá pegar! — Ele se levanta, quando a campainha toca.

— Eu nem ia me levantar mesmo. — Sorrio.

Uma Droga Chamada Amor.Where stories live. Discover now