Christian me solta para aceitar o abraço do homem mas mantém os olhos sobre mim.

— Obrigado, Ethan. Se lembra da Ana? — o loiro se vira para mim com uma sobrancelha arqueada. — Querida, esse é Ethan Walton.

— Anastasia Steele, de Harvard? — ele parece genuinamente impressionado enquanto estende a mão na minha direção. — Então é verdade, você finalmente conseguiu fisgar a garota que te deixou de joelhos na faculdade.

As bochechas do Christian coram num vermelho intenso e eu mordo o lábio inferior para não rir da cara dele.

— É um prazer, Ethan. Desculpe não me lembrar de você, sou péssima com fisionomias. — ele dá de ombros e joga um braço sobre os ombros do Christian.

— Se importa de eu roubá-lo por um momento? Prometo não demorar muito.

— À vontade, só não o canse muito. Preciso dele mais tarde. — pisco com um sorriso e Ethan dá um tapa no peito do Christian, puxando-o para longe enquanto faz piadas sexuais sem graça.

Carter se contorce no meu colo novamente e eu suspiro, acariciando a cabeça dele. Ele não vai se acalmar com essa bagunça e depois ficará impossível controlá-lo.

Olho ao redor e vejo a Mia numa discussão acalorada com o Elliot e outras pessoas, Christian do outro lado do quarto com Ethan e Robert.

Acho que ninguém vai sentir a minha falta por alguns minutos.

Passo rapidamente entre as pessoas e, depois de alguns esbarrões e pedidos de desculpas, consigo chegar ao corredor. O barulho diminui consideravelmente assim que fecho a porta e Carter finalmente se acalma um pouco.

— Vamos dar um passeio pelo jardim, bebê? Talvez as borboletas te acalmem.

Fazemos uma descida tranquila até o lobby vazio do hotel. Elliot deu a ideia de reservarmos o último andar, piscina e jardim até o meio-dia de amanhã e essa foi a melhor ideia do mundo.

Não é só o Carter que fica nervoso com barulho e movimentação excessiva, eu sofro do mesmo mal.

A recepcionista sorri e me dá os parabéns assim que passo por ela. Retribuo a gentileza com um sorriso e saio para a área externa do hotel.

Tiro os saltos e coloco o Carter no chão. Ele fica com medo no início, mas relaxa e vem até mim quando me sento na grama verde.

O som dos passarinhos cantando e a brisa da primavera trazem de volta a minha paz.

Foram semanas tão corridas e intensas, tantos acontecimentos que viraram a minha vida de cabeça para baixo que simplesmente sentar e curtir a solidão parecem o prêmio do século.

Ouço passos atrás de mim e olho sobre o ombro com um sorriso.

Seria melhor não ter olhado.

Eu preciso aprender a controlar a minha curiosidade.

Carrick estreita os olhos quando me vê sentada na grama, a expressão de insatisfação deixando evidente o quão insuficiente e inadequada ele me acha.

Calço os meus saltos novamente e pego o Carter nos braços, me levantando num pulo.

Não era para ele estar no mesmo lugar que nós, mas sinceramente não me surpreende que se rebaixe a tal nível.

Ele é um psicopata, afinal.

Bato as mãos nas minhas roupas e ergo o queixo, ignorando a presença desagradável dele. Carrick dá três passos para trás e se coloca na frente da porta, interceptando o meu caminho.

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