Acabando

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Pov Ana...
Eu estaciono meu carro logo atrás da caminhonete do meu pai.
- vamos vovó?
Ela sorri de alguma forma pra mim.
- sim meu amor.
O velório do filho do senhor Jackson é uma tristeza sem fim e eu fico de braços dados com minha avó enquanto ouço as palavras do pastor.
- então esse é o filho mais velho do senhor Grey?
Questiona vovó ao olhar pra um homem alto e lindo de farda branca e olhar implacável.
- pelo que todos estão dizendo sim!
Falo.
- eles eram muito amigos segundo a senhora Jackson.
- que triste.
- você pode me levar pra casa?
- claro...
Eu estou no meu quarto corrigindo provas quando vovó entra.
- seu namorado está na aqui.
Eu franzo a testa.
- Jack?
- é aquele imbecil.
- vó.
Ela ri.
- o que você quer aqui Jack?
- vim pedir desculpas.
Eu rio.
- qual é! Pedir desculpas por transar com a secretaria do seu pai?
- Ana! Eu não ..
- olha! Não foi a primeira e não vai ser a última então por favor não me procura mais!
- você não pode terminar assim comigo!
- não posso?
- não!
- mais eu estou! Aliás já tinha te avisado pra não me procurar nunca mais!
- eu posso dificultar a sua vida nessa cidade.
- pode?
- você sabe que sim!
- Jack! Vá pro inferno tá bom?
- Ana..
- se quiser prejudicar a minha vida fique a vontade! Não tô nem aí....
Vovó está radiante enquanto bate uma massa de bolo.
- pra quem é esse bolo?
Ela suspira.
- pra senhora Jackson.
- ahh..
- ela sempre gostou das minhas coisas eu vou levar pra ela junto com umas flores.
- é muita gentileza sua vó.
- eu adorei o que disse pra aquele homem!
- voce anda ouvindo atrás da porta?
Ela gargalha.
- não! 
- é bom saber!
- nem eu e nem o seu pai gostamos dele.
- eu sei vó.
- ele é um idiota.
- eu sei...
Na escola enquanto observo meus alunos fazerem a maior bagunça com tinta eu sorrio pra Ella Grey.
- você tá bem querida?
- sim tia Ana! Só triste pelo meu avô.
- o que tem o seu avô?
- ele está triste porque meu tio Cristian foi embora.
- ahhh...mais ele tem o trabalho dele a vida dele.
- o médico do trabalho dele disse que ele não pode voltar aí o meu pai chamou ele pra ficar um tempo aqui! Tomara que ele aceite.
- é...vai dar tudo certo querida.
Já tinham se passado 15 dias da morte do filho mais velho dos Jackson e não se falava em outra coisa nessa cidade a não ser que Cristian Grey não poderia voltar pro exército por problemas psicológicos! Mais eu não acho que ele sofra de alguma coisa quem vê ele correndo pelas ruas da cidade ou andando de bike pode ver que ele é normal.
- ahh que droga..
Reclamo ao parar o carrinho do mercado ao lado do meu carro.
- não acredito nisso.
Vejo meu pneu vazio.
- tudo bem?
Eu me assusto.
- meu pneu furou.
Ele sorri
- eu posso ajudar você! Tem um kit?
Eu o encaro de boca aberta! Alto forte os cabelos castanhos e os olhos mais lindos que já vi em um homem!
- Cristian! Cristian Grey!
Eu reviro os olhos.
- eu sei quem você é!
Ele da um riso.
- e a senhorita é?
- Anastácia! Anastácia Steele.
Ele franze a testa.
- nova na cidade?
- eu me mudei faz 2 anos! Meu pai quis vir pra cá mais eu sou de Seatlle.
- entendi!
Ele se abaixa e depois me encara.
- tem uma caixa de ferramentas?
- aham...
Ele troca meu pneu com uma agilidade que me deixa de boca aberta.
- eu nem sei o que dizer!
Digo enquanto ele desce o carro do macaco.
- não precisa dizer nada! Eu só quis ajudar.
- obrigada.
Ele me encara dos pés a cabeça.
- agente se vê por aí!
Ele fala e eu concordo abrindo a boca enquanto ele entra em uma 4x4 preta e reluzente.
Papai me ajuda com as compras.
- nossa Ana! Quanta coisa!
Ele reclama.
- desculpa pai mais foi a lista que a vovó me deu.
- mamãe como sempre exagerada....
Eu acompanho Ella e mais duas alunas até a saída para serem entregues aos responsáveis.
- boa tarde senhora Grey!
Falo com a mãe de Ella que sorri pra mim.
- ola professora! Como vai?
Ela pergunta com seu sorriso gentil.
- estou bem!
Ela meche na bolsa e pega um papel.
- aqui! Esse é o convite para a festa de aniversário de Ella no próximo sábado.
- você vai me convidar?
- claro! Minha filha adora você! Eu e Elliot fazemos questão da sua presença leve sua avó e seu pai.
- tá bom...
Eu falo de testa franzida...
Vovó está como louca na cozinha batendo em uma tigela e vejo várias formas de de bolo na mesa.
- o que é isso tudo?
Ela ri.
- eu e vou ajudar na festa beneficente da igreja Ana! Vou fazer bolos pra vender.
- hummm...
Eu fico indecisa em ir na festa de Ella Grey! Eles são a família mais rica de Saint o avô dela é dono do banco e de mais um monte de coisas na cidade apesar de eu ser grata pelo senhor Grey ter arrumado um empréstimo pro meu pai eu não sou íntima deles e pra piorar a ex mulher dele Ella Hyde sempre que me encontra fica me encarando dos pés a cabeça.
- vá querida você precisa se divertir.
Fala papai.
- e a loja?
Ele ri
- Ana tá tudo bem! Vai se divertir.
Eu estou de vestido floral branco com azul e sandálias de salto azuis os cabelos soltos e maquiada levemente.
- eu espero que você goste meu amor.
Falo com Ella que sorri.
- obrigada Tia! Eu adorei os livros! Olha pai.
Ele sorri pra mim agradecido.
- obrigada professora! Venha por favor.
A casa deles é um escândalo de tão grande e a parte dos fundos não fica atrás...
- venha! Sente-se aqui!
Eu dou de cara com o irmão dele de blusa de linho azul e os olhos alegres.
- não sei se você conhece mais esse é meu irmão Cristian Grey!
- ele me ajudou outro dia com o pneu do carro.
Eu falo e vejo Elliot Grey franzir a testa.
- ah é?
- foi
Ele fala sério me olhando com atenção e parecendo gostar do que vê.
- por favor.
Ele fala se levantando.
- obrigada....
Eu me sento ao lado dele e sorrio pra Ella e Dulcie minhas alunas..
- então você é professora da minha sobrinha?
Eu sorrio sem graça pra ele!
- sim! 
Ele sorri e volta a atenção pras crianças.... Os pais de Ella me tratam muito bem mais quando só resta a família e a senhora Ella Hyde chega eu decido sair de fininho sem me despedir.
- Cristian filho por favor...
Eu ouço vozes vindo de trás dos arbustos e corro na direção da garagem não querendo ser descoberta.
Eu entro no Audi e bato a porta suspirando que diabos de gente complicada...
Eu manobro e quando começo a sair da rua vejo ele andando pela calçada!
- será que ele está a pé?
Eu reduzo um pouco e paro ao lado dele.
- você está a pé?
Ele parece perturbado de mais e abre a porta do meu carro e entra.
- você pode me deixar no centro por favor.
- tá bom!
Eu dirijo em silêncio e moto a tensão irradiar do corpo dele.
- qualquer lugar do centro?
Pergunto e ele me encara como se tivesse esquecido que eu estava aqui.
- sim! Eu tenho um apartamento agora.
- tá bom.
Eu estaciono e ele abre a porta.
- obrigada.
- de nada!
Ele olha pra minha boca mais suspira.
- agente se vê.
- tá bem..
Ele sai e eu franzo a testa!
- que homem estranho.

O RegressoWhere stories live. Discover now