14. Esperança 2.2

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          -    Vocês não acham que me enganaram com a história de só fazer chamadas de vídeo quando Pol estava no escritório,  não é?

          -    Cunhado, eu nào quis enganar. Só não estou pronto para falar sobre isso várias vezes.

          -    Sabia! Foram aqueles exames que você e Pol fizeram?

          Rak gelou. Sentiu o corpo tremer e não conseguiu firmar o olhar em Tawan. Buscou socorro em Chan, que lhe abraçou com carinho.

         Tawan percebeu tanto o destempero dd Rak quanto o carinho cúmplice de Chan.

         -    Tawan,  vamos para sua casa. Lá conversamos. Rak está cansado da viagem. Ainda nem descansamos depois do vôo.    

         Entraram no carro de Chan e terminaram o percurso.  Ao chegar à casa viram o carro de Pol. O som da música vindo da cozinha deram aos três o destino do outro dono da casa.

         Pol começou a conversa sem os cumprimentos como ele e Arm costumam fazer.

         -    Estou fazendo risoto de tomate seco, maninho. A receita de sua... nossa mãe.

         Desde que se enckntraram, Rak deu ao irmão os livris de re eita da mãe. Ele e o pai são uma negação na cozinha, mad o irmão mais velho é praticamente um chef. O mais novo sentiu-se em casa. De fato o perfume de manjericão estava pela casa.

         Rak abraçou o irmão com alegria. Sentiu-se vivo e grato. Os olhos úmidos alertaram Pol.

          -    Ei! Você vai viver muito para comer todas as receitas que a mãe marcou que são suas prediletas.

           A frase despretensiosa mexeu com Rak, que ficou tenso no abraço. Pol teve certeza que nào foi por ouvir da mãe wue o irmão se retesou em seus braços.

           -    Chega!  Conte o que há para seu hia. Agora.

           Sem soltar o irmão, desligou a panela e tirou da boca quente. Saiu da cozinha empurrando o mais jovem.

         Sentou Rak no sofá e abaixou-se em sua frente.

         -    Fala agora. Tudo.

         Os olhos úmidos de antes, agora vertiam lágrimas silenciosas.

           -    Os exames... Os nossos últimos exames... O meu veio errado...

           Tawan soltou uma imprecação. Pobre Rak!

            -    Diziam que eu tinha poucos meses de vida, hia... Eu ia perder você... logo depois de achar...

           Pol puxou o irmão para seus braços. Ele também chorando.

            -   Deveria ter dividido essa dor conosco. Por que fugiu?

            Rak apenas chorava. Vhan,  logo atrás do sofá,  olhava os dois sem saber como ajudar,  mas interferiu:

            -   Pol,  ele não euis contar para ninguém. Descobri por acaso e o fiz contar para o Vegas.

            -    Por que não para mim, Chan. Sou o irmão dele!

            -    Acha que não teimei com ele para se abrir com todos? Você me conhece, Pol!

             Pol e Vegas são os que mais se aproximaram de Chan, por isso o tom magoado dele ao falar com o amigo.

             -   Ainda assim, Chan! É meu irmão!  Ele ia morrer sem eu saber!

             -   Pol, eu soube que o exame estava errado tão logo ele me disse.  Seu irmão não tinha nenhum dos sintomas finais de um câncer agressivo. Esqueceu?

              Pol não tinha esquecido. Ele é o único que sabe. Rak olhou para os dois curioso,  mesmo que ainda nervoso por ter imaginado morrer e não ver mais o irmão que ele tanto tentou encontrar. A consciência de quase perda só se deu ali,  quando estava nos braçosdo de Pol e ele, inocente, ainda na cozinha,   brincou sobre a morte.

            "O que é que Pol sabe de Chan e não me contou?" O pensamento cruzou a mente de Tawan. Eles não têm segredos. Entretanto, a consciência o lembrou que todos têm segredos,  alguns inconfessáveis.  Ele mesmo guardou alguns na vida.

            Chan abaixou os plhos e Rak se soltou do irmão e foi ao encontro do outro homem e o abraçou.

           -    Você está bem, P'Chan?

          A preocupação era muito maior que a curiosidade.

          -    Estou. Fique calmo. Você é importante agira. Estamos falando do seu susto, meu anjo.

          Tawan notou o carinho ali. "Há mais entre esses dois. Talvez a história de Venice não seja assim tão fantasiosa."

          -    Como você descobriu sobre Rak, Chan?

         -     Ele estava no parque e o vi chorar lá. E ele disse que não queria fazer o tratamento.

         -     Nenhum médico ia fazer um tratamento agressivo ou invafivo sem novos exames, Rak!

        -    Hia,  você não viu como mamãe sofreu... -    Lágrimas voltatam aos olhos do jovem.

        -   Pol, o psicólogo disse que o falso diagnóstico desatou o luto por sua mãe e pelo irmão de vocês.  Ele precisa viver todas as fases da dor para ficar bem.

         Pol e Tawan  entreolharam-se e uma promessa silenciosa se fez entre ambos. São mais dois para cuidar de Rak.

          -    Como ele está agora, Chan?  -   Tawan perguntou, preocupado.

          -   Não sabemos de fato em qual estágio está,  mas está se recuperando bem. O psicólogo nos indicou um amigo aqui. Vimos ele a caminho daqui.    -    Chan não soltou Rak, que agora está mais calmo.

          -   Por que ele perdeu tanto peso, Chan?

          -    Hia, eu sentia que estava morrendo. Mesmo quando os primeiros exames desmentiram o diagnóstico.    -   A dor presente na voz dele feriu Pil,  que sentou-se sem forças.

          -    Eu nem pude ajudar você, maninho!

          -    Ajudou sim. Quando todos foram contra eu viajar com o Chan, você e Vegas me defendersm e apoiaram. Aqui eu não ia mesmo buscar tratamento.  Eu tinha aceitado morrer...

          -    Prometa, maninho, prlmeta nunca mais fazer isso!

          -    Prometo.  

          Para espanto de Tawan e Chan, ambos ergueram o dedo mindinho e os uniram em uma promessa infantil.

           Chan achou aquilo tão fofo que sorriu pela primeira vez desde que chegou a Hua Hin.







       

O Fruto Proibido 3    #ChanRakWhere stories live. Discover now