Stay with me - Aonung x Neteyam

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Visão do Neteyam

Acordei bem cedo hoje, o sol nem nasceu ainda, meu pai disse que eu tinha que ser produtivo e me acostumar com a rotina dos metkayna. Ainda ninguém tinha acordado, meus pais e meus irmãos estavam dormindo. Decidi que iria pescar com meu arco, como estava com poucas pessoas acordadas seria mais fácil. Peguei a arma e fui em direção à praia, cheguei na água, armei meu arco e atirei no peixe. Pesquei mais um pouco, fiquei com cerca de 5 peixes, já era o suficiente então iria voltar. Comecei a pegar o caminho de volta só que senti uma mão no meu ombro.

- Menino da floresta? O que tá fazendo acordado essa hora?

- Não estava conseguindo dormir mais, então vim pescar.

- Eu vi, parece que você é muito bom nisso. - Ele olhou para o arco.

- Aprendi com minha mãe.

- Legal. Bom, hoje eu vou te ensinar a falar de com as mãos, assim você consegue se comunicar debaixo da água.

- Ok, que horas iremos fazer isso?

- Quer ir agora?

- Só tenho que guardar isso.

- Vamos, eu te acompanho. - Estrenhei, o menino que até ontem zoava eu e meus irmãos agora está se oferecendo para me acompanhar.

- Tá bom.

Fomos indo para minha tenda, eu usando cheguei pedi para ele esperar um segundo para eu guardar, achei que todos ainda estavam dormindo, porém meu pai já estava acordado.

  - Neteyam? Bom dia filho.

  - Bom dia pai, olha eu trouxe esses peixes, está bom?

  - Está ótimo, obrigado.

  - Agora vou indo, tenho que ir treinar.

  - Isso mesmo, vai lá. - Saí da tenda e Aonung estava me esperando.

- Onde iremos?

- Vou te levar em um lugar mais calmo para aprendermos, precisamos de silêncio.

- Tudo bem. - Dei um sorriso e ele só virou a cara e começou a andar.

Fim da visão de Neteyam

Visão de Aonung

Esse sorriso que ele lançou para mim, se não tivesse virado a cara com certeza soltaria um de volta. Não posso negar, o garoto é bonito, um dos mais que eu já vi, mas nem por isso vou gostar ou gosto dele, como o herdeiro metkayna vai ficar com um homem? Eu tenho que ter herdeiros! Pensando bem, não seria uma má ideia. Logo então chegamos no lugar, levei ele para um rochedo afastado.

- Cara, esse lugar que você me trouxe é longe de tudo, você não está tentando me matar né? - Ele fala e nós dois rimos com o comentário.

- Se eu quisesse te matar eu não precisava de todo esse esforço, era só eu te afogar.

- Muito engraçado, sério, você é um piadista. - Ele disse um um tom sarcástico.

- Senta aqui, vem. - Puxo seu braço para nos sentarmos no topo da pedra. - Vamos aprender as coisas básicas, perigo vindo. - Faço o movimento e ele repete certinho.

  Depois de mais algumas frases como: "nos siga", "subir para respirar", "está tudo bem?"...

  - Olha, como desafio tenta descobrir o que isso significa. - Falei uma frase em língua de sinais.

  - Não faço ideia do que significa, o que seria?

  - Descubra por conta própria.

  - Deixa disso, fala logo!